A cadeia produtiva da carne do Rio Grande do Sul vai apresentar modificações quanto aos prazos estipulados pelo Sistema de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) ao Fórum Permanente da Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.
As alterações, informa o presidente da Comissão da Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Fernando Adauto de Souza, prevêem alongamento do prazo de adesão de animais que irão participar de feiras nacionais, internacionais e remates para 31 de dezembro de 2004, e do prazo de 40 dias na base de dados do Sisbov, ao invés de 90 dias a partir de 31 de maio, antes do animal ser abatido para exportação.
A intenção é discutir a proposta antes de encaminha-la à Câmara Setorial da Carne Bovina do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Vamos afinar documento único para a pecuária. Mato Grosso do Sul e Goiás já apresentaram projetos e Mato Grosso também está propondo modificações”.
Entre os motivos, alega o dirigente, está o estrangulamento, por parte das certificadoras, na fabricação de brincos. O que está gerando, segundo representantes da indústria, falta de matéria-prima para abate. “Precisamos tentar manter os volumes de exportação”, alertou o diretor-presidente do Frigorífico Mercosul, Mauro Pilz.
Em contrapartida, avisa Adauto, o objetivo é propor que o Mapa obrigue a rastreabilidade aos animais recém-nascidos a partir de 31 de julho deste ano.
O delegado do Mapa no RS, Francisco Signor, observa que houve tempo para frigoríficos e produtores adaptarem-se à nova legislação e defende mudança na cadeia produtiva. “É preciso ser rigoroso para melhorar a pecuária gaúcha”. Ele lembrou ainda que rastreabilidade e certificação são um direito do consumidor que daqui para frente cada vez mais precisará ser respeitado.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint