A Secretaria da Agricultura e Abastecimento do RS (SAA) ampliará a fiscalização da vacinação contra a febre aftosa no rebanho bovino e bubalino gaúcho. Isso só será possível porque, a partir de janeiro de 2005, data da nova etapa da imunização, a SAA não fará mais a aplicação do medicamento nas propriedades.
O chefe de Fiscalização e Defesa Sanitária do Departamento de Produção Animal (DPA) da SAA, Nilton Rossato, explica que a medida está sendo tomada devido à conscientização do produtor e ao status sanitário do Rio Grande do Sul. “Isso não é nenhuma novidade em outros estados. A legislação da febre aftosa determina essa obrigação como sendo do criador. Nós organizaremos, distribuiremos as doses via inspetorias e fiscalizaremos”, garante.
Atualmente, os técnicos da SAA ainda fazem a vacinação nos municípios das regiões Centro, Norte e Nordeste do Estado. A decisão não implicará queda de imunidade para os 13,8 milhões de animais a serem vacinados no ano que vem, segundo Rossato.
O DPA prepara uma campanha para lançar a medida aos produtores. “Faremos reuniões com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag) e com a Federação da Agricultura do RS (Farsul) para mostrar que é dever do produtor vacinar”. Em sua avaliação, será possível aumentar o efetivo no campo e, então, será realizada a sorologia a fim de verificar se o pecuarista imunizou o seu rebanho. “A lei número 11.099 prevê multa para aquele que não fizer”.
O presidente da Fetag, Ezídio Pinheiro, embora afirme ter ainda que conhecer melhor a proposta para opinar, disse que, se a medida é para aprimorar a fiscalização, a secretaria não terá êxito. “Se for para melhorar o controle, eles terão que, além de colocar a vacina à disposição, vacinar”, observou o dirigente.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint