A partir do pedido de uma comitiva de deputados de Rondônia, a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA) do RS analisará a liberação da importação de carne com osso daquele estado na próxima reunião da cadeia produtiva do setor, que deve ocorrer na segunda quinzena de março.
A partir do pedido de uma comitiva de deputados de Rondônia, a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA) do RS analisará a liberação da importação de carne com osso daquele estado na próxima reunião da cadeia produtiva do setor, que deve ocorrer na segunda quinzena de março. Eles solicitaram a revisão da portaria 15/07, que proíbe o ingresso no RS de carne com osso de qualquer parte do país e mostraram o trabalho que é desenvolvido pelas autoridades de Rondônia.
Apesar de ter adiantado que manterá a decisão de permitir ingresso apenas de carne maturada e dessossada de Rondônia, assim como dos demais estados brasileiros, o secretário João Carlos Machado, garantiu que apresentará todos os dados fornecidos pela comitiva à cadeia produtiva gaúcha.
O diretor do Departamento de Proteção Animal (DPA), Antônio Carlos Ferreira Neto, salientou que, dias antes de ser registrado o foco de aftosa na Bolívia, a tendência era de permitir a entrada de carne com osso de Rondônia. No entanto, a nova situação obrigou maior cautela.
Rondônia possui um rebanho de 11,48 milhões de cabeças de gado, o oitavo do Brasil, segundo os números do Mapa de 2005. A carne é responsável por 44% das exportações do estado. O último foco de febre aftosa registrado no estado foi em 5 de março de 1999.
As informações são da assessoria de imprensa do governo do RS.
0 Comments
Com a possibilidade de ingresso de carnes com osso de Rondônia, esperamos bom senso por parte dos pecuaristas e indústria frigorífica do RS, para que as carnes voltem a ter preços mais próximos dos demais praticados em todo Brasil, que está inviabilizando a comercialização no mercado de Santa Catarina, que é grande apreciador e consumidor da carne gaúcha.
Curiosidade!
Há 22 anos atuando na produção agropecuária, no RS, não tenho lembrança de outro período onde o RS fosse tão cotejado, objetivando remessas de carnes bovina ao estado. Pela pressão, teoricamente de diferentes grupos (ora é Sta. Catarina, a qual não tem condições de abastecer nem a si próprio, ora é Rondônia, ou o de praxe…Sicadergs) os interesses em jogo devem realmente ter significância econômica, e percebam que estamos falando de carne bovina com osso, pois a carne maturada e desossada pode entrar no estado sem limitações de volume (em 2005 entrou em torno de 90 mil ton.).
Em contrapartida, os pecuaristas gaúchos têm uma nítida lembrança do que foi o prejuízo e caos à pecuária gaúcha causado pelo evento da aftosa de 2001. Quantos anos ficamos penando… com quase todas portas fechadas… Sta. Catarina a muito custo e depois de longa data, nos concedeu apenas corredores de passagem. Os pecuaristas gaúchos arcaram sozinhos com os prejuízos, sem auxílios, boa parte a custa do abate de fêmeas.
Há menos de um ano trabalhávamos com preços similares a Marabá no Pará. Nesta ocasião o Sicadergs não vinha a imprensa falar sobre seus lucros! Agora vários grupos, que não sentiram o impacto no bolso, e que nunca sentirão, alegam que as margens de risco sanitário são mínimas. É cômodo traçar pareceres, quando o risco é assumido por outrem.
Mantemos de forma veemente, nossa posição favorável ao veto quanto a entrada de carne bovina com osso no estado
Julio Tatsch – Agropec. e Delegado repres. do Sind. Rural de Caçapava do Sul – RS.
O Governo do Estado do RS deverá manter a posição de cautela pois os focos recentes de aftosa no Equador e Venezuela bem como o abate oficial de mais de 6000 cabeças soro positivas no MS requerem o máximo cuidado com relação ao trânsito de carne com osso e maturada.
A estratégia adotada pelo gorverno de Rondônia e compreensível, mas a não flexibilização do trânsito por parte das autoridades do RS são totalmente necessárias.
Mais uma vez parabenizo o critério adotado pela SAA juntamente com seu Corpo Técnico.
Ricardo Vinhas
Prezado sr. José Realdo Marques DAvila,
Agradecemos a manifestação pública de apreciador da carne do RS.
Somente gostaríamos de esclarecer alguns pontos:
a) A liberação do trânsito de Carne Com Osso não é uma questão de Bom Senso, mas sim de risco sanitário, somente nós produtores sabemos a crise que enfrentamos após o último surto de Aftosa de 2001/2002.
b) Abastecimento esta permitido o trânsito de carne matura sem limitação de quantidade, ou seja existe trânsito de carne sem osso.
c) Sobre preços teríamos realizar difícil trabalho de analisar e explicar as margens do varejo!!!
Atenciosamente,
Ricardo Vinhas
Srs. Produtores,
Até quando vão se submeter a ter que abrir o jornal ou qualquer outro meio de informação, e ter que se sujeitar a ler críticas e pressões do sindicato da indústria com relação a entrada de carne com osso de outros estados? Até quando? Será que vai ser até o quilo do boi voltar ao patamar de R$ 1,60 que era pago em meados de 2006?
Pela inércia da classe, salvo algumas lideranças, me parece que não está em discussão o valor que deve ser pago pelo seu produto, que tanto lhe custa produzir. Pior de tudo, é que agora entram nas discussões alguns especuladores, que não investem em programas de gestão e em tecnologias que tornem mais intensivas a produção, e alegam que está muito cara a reposição.
De fato, enfrentamos o problema de reposição, mas devemos lembrar que muito disto se deve ao fato de em tempos não muito longínquos o seu produto não ter valor, ficando à revelia do preço pago pela indústria, o que levou ao envio desenfreado de fêmeas ao abate, pois a estância já não se sustentava mais somente com a produção, e começou a afetar a reprodução, pois para cumprir com suas obrigações se fizeram necessários abates de fêmeas o que nos leva a situação atual.
Acordem senhores, a briga está desigual, e a cada dia o governo cede mais as pressões da indústria e não bastasse somente isto, agora já tem até consumidores de outros estados se manifestando, pois apreciam a nossa carne, mas não querem pagar o que ela vale.
Entendo, que apesar de RO, ter seu status sanitário definido como área livre com vacinação, o RS deverá abster-se de cuidados em receber carne com osso, é uma questão de avaliar o risco sanitário, para eventualmente repensar.
Maria Selma Hage
Parabéns governo de Rondônia, por ter conseguido um status sanitário tão invejado por outros estados.
Parabéns por estar protegendo tão bem suas fronteiras nacionais e internacionais.
Parabéns produtores e criadores de Rondônia por criarem animais exclusivamente à pasto, com melhor custo-beneficio.
Parabéns Rondônia por estar completando 8 anos sem Febre Aftosa!
Adson Costa
Como médico veterinário considero que o debate tem que ser absolutamente técnico e transparente, o que talvez a “cadeia da carne” não queira realizar. Falo cadeia da carne, exceto produtores e consumidores, já que estes são os elos mais importantes, e também mais frágeis.
O produtor, por exemplo, é o único que não pode ter algum lucro em sua atividade. O consumidor ainda possui alguma barganha, já que pode migrar para outras carnes ,principalmente, frango e suíno quando a carne bovina encarece um pouco no varejo. A posição do Rio Grande do Sul tem que continuar sendo firme,amparada por estudos técnico-científicos, que hoje, apontam como decisão mais sábia o não abastecimento de carne com osso de Rondônia ou de outros estados.
Grato