Após cinco meses de sua criação, o Grupo Institucional de Combate ao Abigeato e Abate Clandestino (GI) apresenta hoje, no Seminário Estadual de Combate ao Abigeato, na Farsul, em Porto Alegre, as principais medidas para frear os crimes no Estado. As ações integradas, especialmente na área da segurança pública, já surtiram efeito. No primeiro semestre, o roubo de gado caiu 18,19% em relação ao mesmo período de 2003, somando 4.476 ocorrências.
Somente em abril, as 27 ofensivas da força-tarefa permitiram a prisão de 16 pessoas em Alegrete, Uruguaiana, Barra do Quaraí, Santana do Livramento, Bagé, Aceguá e Candiota, além da apreensão de produtos. O trabalho do GI envolve as secretarias estaduais de Saúde, Fazenda, Justiça e Segurança, Meio Ambiente, sob coordenação da Secretaria Estadual de Agricultura (SAA). A diretora do Departamento de Produção Animal (DPA) da SAA, Ildara Vargas, afirma que nessa região foi intensificado o controle sanitário, fiscal e policial, com inspeção de veículos, propriedades rurais, frigoríficos e abatedouros.
O abigeato e o abate irregular estão entre os principais fatores de prejuízos na pecuária gaúcha no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembléia Legislativa, aprovado em dezembro de 2003. O presidente da Comissão de Agricultura da AL, Jerônimo Goergen, considera o avanço, mas garante que só a ação policial não irá parar as quadrilhas. Ele voltou a defender reestruturação da vigilância sanitária. “Tratar o abigeato como mero caso de polícia é errado. A alta escala de roubo deve-se à existência de abatedouros clandestinos”.
Fonte: Correio do Povo, adaptado por Equipe BeefPoint