O Rio Grande do Sul poderá deixar, novamente, de vacinar de seu rebanho, sete anos depois da primeira experiência - mal sucedida. A iminência do estado vizinho, Santa Catarina, receber o status internacional de livre de febre aftosa sem vacinação deve aquecer o debate entre os gaúchos.
O Rio Grande do Sul poderá deixar, novamente, de vacinar de seu rebanho, sete anos depois da primeira experiência – mal sucedida. A iminência do estado vizinho, Santa Catarina, receber o status internacional de livre de febre aftosa sem vacinação deve aquecer o debate entre os gaúchos.
A discussão sobre a imunização é uma das bandeiras do atual secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, João Carlos Machado. Não há circulação viral desde julho de 2001 e os índices de vacinação no estado têm ficado acima de 90%. Em 2000, o Rio Grande do Sul parou de imunizar o rebanho, pleiteando junto à OIE o novo status – que seria analisado em maio de 2001. No entanto, passados nove meses da última campanha, surgiu um foco em Jóia, no Noroeste gaúcho.
“O risco hoje é externo. Temos de fazer uma avaliação, um mapeamento dos pontos a serem melhorados, reduzindo falhas. Afinal, a evolução do status sanitário é o caminho natural”, diz Fernando Groff, chefe de Fiscalização e Defesa Sanitária Animal da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul. Ele acredita que é um processo que pode levar até quatro anos para ser concretizado.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes (Sicadergs), Ronei Lauxen, também espera o fim da vacinação para uns três anos. Mas, no momento, os frigoríficos locais não querem mudança. “Não compensa colocar em risco todos os nossos mercados para buscar melhoria em algum mercado específico”, afirma. Em sua avaliação, algumas etapas anteriores deveriam ser cumpridas, como por exemplo, a rastreabilidade total do rebanho. No ano passado, o estado exportou cerca de US$ 500 milhões em carne bovina. A notícia é de Neila Baldi, para a Gazeta Mercantil.
Segundo matéria do Correio do Povo/RS, o superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, Francisco Signor, qualificou de prematura a intenção do secretário da Agricultura de debater a suspensão na vacinação do rebanho bovino gaúcho contra a febre aftosa. De acordo com ele, o RS não tem condições de adotar este procedimento, visto que registrou cobertura de apenas 30% no reforço da vacinação no ano passado, segundo auditoria do Mapa/RS. “Antes de pararmos a vacinação, temos que imunizar 100% do rebanho”, argumenta Signor.
O dirigente alerta que a ação implicaria no fechamento imediato da fronteira com o Uruguai e poderia atingir cadeias produtivas importantes como a avicultura e a suinocultura ligadas à produção de milho e soja. “Trabalhamos para algum dia suspendermos a vacinação. Entretanto, levantar essa tese agora é precipitado. Talvez em 2009 possamos suspendê-la”, enfatiza, lembrando que o órgão que pode intermediar mudança no status do RS é o Mapa. “Primeiro, temos que nos preocupar em georreferenciar todo o rebanho, cuidar da organização da cadeia”, afirma Signor.
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Senhores,
Essa conversa é tão absurda que não dá nem para comentar.
Por favor, não publiquem coisas que fogem a realidade!
Abraço
Deveríamos sim dar continuidade em um Plano Sanitário integrado junto com os países que mantemos fronteira para que em conjunto venhamos a controlar a aftosa e desta forma vencer as Barreiras Comerciais que se escondem por de trás das questões sanitárias.
Tendo um Plano Sanitário integrado todos saímos ganhando e a possibilidade de alcançar novos mercados ficará mais fácil.
A indústria junto com os produtores deveriam ser os mais interessados nesta proposta pois estaria sendo mantido status sanitário e com isto a oferta da matéria prima para o cumprimento de seus contratos.
Ricardo Vinhas
Produtor Rural