O Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados do Estado (Sicadergs) quer mais atenção na divisa com Santa Catarina para impedir a entrada de carne clandestina com osso, cuja demanda no RS aumenta nesta época do ano.
O Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados do Estado (Sicadergs) quer mais atenção na divisa com Santa Catarina para impedir a entrada de carne clandestina com osso, cuja demanda no RS aumenta nesta época do ano. Por isso, a entidade solicitará amanhã, ao secretário estadual da Agricultura, Quintiliano Vieira, a intensificação da fiscalização.
Segundo reportagem do Correio do Povo/RS, a indústria decidiu que não solicitará a abertura das fronteiras, como vinha cogitado anteriormente. “Teríamos a necessidade de comprar carne do centro do país, em função do aquecimento do mercado, mas a questão sanitária fala mais alto”, comentou o presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen.
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Seria bom se entidades como a citada tratassem as questões sanitárias com mais seriedade. No caso, querem fazer o gaúcho pagar mais caro pela carne com osso.
Se a questão é aftosa, não há aftosa no centro-sul do país. Áreas recentemente afetadas já estão liberadas. Inúmeros estados como Minas Gerais, S. Paulo, Bahia, Mato Grosso, Rondônia e outros, estão livres de febre aftosa há bastante tempo. No Paraná, recentemente liberado pelo Ministério da Agricultura, há controvérsias no meio técnico sobre a ocorrência da doença.
Esta atitude vai de encontro à política de exportação do país. Se nossas carnes são rejeitadas no mercado interno, como defender a qualidade das mesmas lá fora? Os irlandeses, com certeza, estão atentos a estas questões.
Não podemos privar os gaúchos da costela de ripa – corte especial, com 3 ripas -, produzida no centro-oeste. Temperada com sal grosso.
Parabenizo o Dr. Fernando José Ferreira da Silva, por sua lúcida interpretação da questão envolvendo a decisão equivocada do Estado do Rio Grande do Sul em não permitir o ingresso de carne bovina com osso, oriunda dos estados brasileiros livres de febre aftosa com vacinação e que portanto não apresentam restrições sanitárias de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Gostaria de acrescentar que pior ainda é o não reconhecimento por esse estado, do status sanitário de Santa Catarina, como Livre de febre Aftosa Sem Vacinação, desde maio de 2000 pelo MAPA, já que não permite o ingresso de carne bovina com osso, assim como de animais suscetíveis a febre aftosa do território catarinense.
Como poderá o Brasil participar dos grandes e competitivos mercados internacionais se ainda demonstramos atitudes desta natureza. Parece que não queremos ser reconhecidos como um país sério.