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RS: sindicatos contestam escassez de gado

Os sindicatos rurais de Dom Pedrito, Alegrete e Caçapava do Sul reagiram negativamente, às informações do Sicadergs de que há escassez de matéria-prima, o que estaria provocando uma ociosidade próxima a 50% na indústria gaúcha de carne bovina.

Os sindicatos rurais de Dom Pedrito, Alegrete e Caçapava do Sul reagiram negativamente, às informações do Sicadergs de que há escassez de matéria-prima, o que estaria provocando uma ociosidade próxima a 50% na indústria gaúcha de carne bovina. Os pecuaristas acusam o Sicadergs de traçar um cenário irreal para pressionar o governo estadual a autorizar o ingresso de carne com osso no RS e forçar a redução do preço do boi gordo. O presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, não foi localizado para comentar as críticas.

Os três municípios concentram cerca de 10% do gado destinado ao abate do RS, totalizando 230.114 cabeças em 2006. Um dos principais argumentos do setor baseia-se na manutenção da oferta. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Dom Pedrito, Arthur Villamil de Castro, dados das Inspetorias Veterinárias da Secretaria da Agricultura, considerando a emissão de GTAs, indicam que o número de bovinos destinados ao abate nos três municípios em janeiro de 2007 foi de 22,54 mil exemplares contra 22,18 mil em 2006 (-1,5%).

Na região da Campanha, o preço ao produtor subiu 5% no último mês, oscilando entre R$ 2,00 e R$ 2,10 o quilo, calcula o dirigente. “Achamos correto os atuais níveis de valor para reposição como forma de repor perda e estimular investimentos na reestruturação do setor”.

Os pecuaristas ainda questionam o comportamento dos preços ao consumidor, já que as carnes maturadas e desossadas oriundas de outros estados são adquiridas por preços inferiores aos do RS, mas ofertadas a valores semelhantes aos dos cortes gaúchos. O ofício ratificando o apoio dos municípios ao veto à entrada de carne com osso no Estado e de animais suscetíveis à aftosa foi entregue ao Secretário da Agricultura, João Carlos Machado.

As informações são do jornal gaúcho Correio do Povo.

0 Comments

  1. Edson Nilo Padilha Freitas disse:

    No Rio Grande do Sul, não é de hoje que impera o monopólio. Há pouco tempo, antes do mercado externo se abrir, o monopólio já estava na mão de alguns grupos porque os mesmos cumpriam os pagamentos em dia, e o produtor com medo de levar calote, acabava por vender somente para eles. O que não deixa de ser uma forma de garantir os clientes, afinal, é um diferencial.

    Só que à partir do momento que estes grupos começam à se aproveitar do produtor e colocar preço no produto, pagando muitas vezes bem menos do que vale, aí já é abuso. Agora, que a situação se reverteu, o nosso mercado está aberto para o mundo, temos produto com qualidade e indústrias com capacidade operacional e financeira, porque buscar subterfúgios para seguir esmagando o ganho do produtor?

    Está na hora de a indústria começar desenvolver o pensamento de parceria, e o produtor se especializar para cumprir com sua parte no acordo, que é garantir o produto, e assim terminarem estas picuinhas, de o sindicato da indústria dizer uma coisa e o sindicato dos produtores dizer outra.

    Hoje o produtor tem a razão, porque durante muito tempo amargou prejuízo, mas deve ter em conta que os preços estão chegando a patamares justos. Não pode incorrer no erro de querer segurar produto para obter preços ainda maiores, e com isso prejudicar a cadeia e utilizar-se de estratégia que tanto contesta na indústria.

    É isto aí pessoal, acho que entendimento é melhor que briga. Os canais do diálogo devem se abrir, para evitar esta discussão pela imprensa, e buscar soluções para os problemas como um todo, e não repassando esta briga para o consumidor, que acaba sendo o maior prejudicado com tudo isto.

  2. Antonio Juarez F Machado disse:

    esta briga é antiga e não sé no RS. Ningúem ganha com isto. Este setor devia ser mais unido para beneficio de todos. Produtores não se entedem com frigorificos. Há uma falta de parâmetros de negociação que a gente que estuda para entrar no mercado (de uma maneira bem modesta) fica com um certo receio.

    Acho que está na hora de cabeças e pensamentos novos com novas pessoas serem ouvidas por aqueles que dirigem o setor .Há pessoas que estão há décadas no comando, merecidamente, quer seja pela competência, quer seja pelo tamanho da sua produção, mas toda renovação é salutar.