A alta do boi gordo no Rio Grande do Sul está provocando uma crise no mercado da carne. Com a queda na competitividade, a indústria demitiu 10% dos trabalhadores e deu férias a outros 15%. No município de Erechim, por exemplo, o gado é vendido a US$ 32,70 a arroba, 18% mais que em São Paulo. "O Rio Grande do Sul está fora do mercado. Com esse preço não podemos competir", reclamou o diretor-executivo, Sindicato das Indústrias de Carnes do RS (Sicadergs), Zilmar Moussalle.
A alta do boi gordo no Rio Grande do Sul está provocando uma crise no mercado da carne. Com a queda na competitividade, a indústria demitiu 10% dos trabalhadores e deu férias a outros 15%. As exportações caíram pela metade, de 20 mil toneladas por mês para 10 mil, segundo reportagem de Neila Baldi, da Gazeta Mercantil.
No município de Erechim, por exemplo, o gado é vendido a US$ 32,70 a arroba, 18% mais que em São Paulo. “O Rio Grande do Sul está fora do mercado. Com esse preço não podemos competir”, reclamou o diretor-executivo, Sindicato das Indústrias de Carnes do RS (Sicadergs), Zilmar Moussalle.
Desde dezembro de 2005 que o boi gordo gaúcho custa mais que a média nacional. No entanto, os produtores amargaram quatro anos com cotações inferiores em até 15% a São Paulo.
Assim como o boi gordo, as cotações dos bezerros no estado são as maiores do país. Por isso, o pecuarista Ricardo Vinhas, da Campanha Gaúcha, reduziu em 40% a terminação dos animais. Ele vende o boi gordo a R$ 2,10 o quilo, mas o bezerro não é comprado por menos de R$ 2,80.
Vinhas acredita que a solução, em curto prazo, é a entrada de animais de outros estados. Em médio prazo, é o investimento em matrizes e produtividade.
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Está claro que os pecuaristas do Rio Grande do Sul estão com toda razão ao dar um basta para a degradação da atividade pecuária levada ao extremo pelos frigoríficos cartelizados. Bem feito!
Tomara que os frigoríficos dos demais estados percebam que já deveriam ter dado fim na exploração do pecuarista e é chegado o momento de realmente pagar ao produtor o preço justo por um boi gordo. Apertem seus cintos senhores donos de frigoríficos e entendam que o mundo sempre dá muitas voltas.
Parabéns pela reportagem feita pelo colega do RS. É assim mesmo, os exportadores de carne verde estão achatando os produtores, principalmente do MS.
Aqui estamos trabalhando de teimosia pois os valores praticados em @ de boi gordo, é prejuízo no bolso.
Penso que isto também deve acontecer no estado de SP. Ainda veremos muitas plantas de frigoríficos fechadas e até abandonadas. Principalmente daqueles que só atendem o telefonema do pecuarista na época da entressafra.
Dada a situação das balanças dos frigoríficos, só vendo gado no peso vivo e pesado em balanção de terceiros. Na época da safra eles propõe redução no % de aproveitamento da carcaça. Na entresafra, vivem correndo atrás da gente.
Parabenizo o Sr. Wagner pelo seu comentário. Estou cem por cento de acordo com o escrito. Acredito que agora deverá ser a vez dos produtores receberem o valor justo pela arroba. Estamos cansados de sermos espoliados pelos frigoríficos cartelizados, sem falar do conhecido golpe das balanças desreguladas. O mundo sempre da muitas voltas!