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Ruminando o Workshop

O lugar onde foi realizado, com grande êxito diga-se de passagem, o Workshop Pecuária Sustentável, em 16 de julho de 2009, não podia ser melhor do que num auditório do Centro Imigrantes da Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo. Assistimos um raio-X e diagnóstico dos problemas e as possíveis soluções sobre o tema, apresentados em 18 palestras que deram assim a largada para um processo continuo e virtual de troca de idéias, experiências e recomendações sobre como melhorar a sustentabilidade da pecuária brasileira e também como melhorar a imagem que a pecuária tem no Brasil e no Mundo.

O lugar onde foi realizado, com grande êxito diga-se de passagem, o Workshop Pecuária Sustentável, em 16 de julho de 2009, não podia ser melhor do que num auditório do Centro Imigrantes da Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo.

Assistimos um raio-X e diagnóstico dos problemas e as possíveis soluções sobre o tema, apresentados em 18 palestras que deram assim a largada para um processo continuo e virtual de troca de idéias, experiências e recomendações sobre como melhorar a sustentabilidade da pecuária brasileira e também como melhorar a imagem que a pecuária tem no Brasil e no Mundo.

Ficou claro como, cada vez mais, as grandes redes de supermercados aqui e lá fora procuram saber o que os seus clientes querem e valorizam, além do que eles consideram como pontos negativos, assim não se dispondo em comprar produtos de empresas que se enquadram neste sentimento de rejeição.

Além disso, as redes de supermercados assumem cada vez mais um papel de educadoras do comprador e se dispõem assim a ensinar seus clientes para que eles realmente saibam comprar o que eles querem valorizar e assim não trocam um gato por uma lebre.

Um dos mais importantes recados foi dado pelo Prof. Dr. Jean Yves Carfantan que foi enfático em falar da necessidade que as indústrias têm de investir pesado e urgentemente no relacionamento pessoal e direto com os gestores dos supermercados para mostrar na prática o que a cadeia de carne bovina está fazendo no Brasil. Porque pelo jeito ainda poucos tem uma visão adequada; a maioria não parece conhecer a realidade brasileira.

O que devia ter sido uma jóia na coroa do Workshop, para mim, ficou devendo e tenho a impressão que a ABIEC não acompanhou em estrutura e investimentos o tremendo crescimento das exportações da carne brasileira nos últimos seis anos e pelo jeito o seu atual diretor executivo, Otávio Cançado, tem muito serviço para satisfazer a demanda que cresce a cada dia em termos de relações públicas, possibilitando assim a ABIEC ser uma verdadeira ponte entre as indústrias e os seus clientes e consumidores.

A palestra da CNA sobre códigos florestais foi muito ilustrativa e até tragicômica no sentido que mostrou claramente a dificuldade que os Três Poderes têm em formular uma legislação adequada neste assunto tão importante.

De grande importância foi a palestra da Aliança da Terra, este grandioso trabalho precisa ser muito mais divulgado e usado como modelo para muitos pecuaristas e indústrias que querem trabalhar para melhorar o rendimento dos seus associados num regime que me pareceu ser uma espécie de cooperativa à distância.

Devagarzinho os elos pensantes da cadeia estão se organizando e imprimindo um perfil novo e valioso para a atividade na qual participam indústrias, procurando fornecedores de primeira linha, e estes se associando e tendo um peso cada vez mais forte no resultado final.

Este pessoal não se preocupa muito com o lero-lero de ambientalistas ou ruralistas, mas em vez disto se perguntam o que precisa e pode ser feito para conseguir a satisfação do consumidor.

A palestra sobre Rondônia foi bem fundamentada e junto com as outras moldou um trilho visível e viável de como virar o jogo.

A Torre de Babel em Gasolandia

A confusão está correndo solta em Gasolandia onde está se generalizando e enquadrando o aquecimento global como sendo o resultado de emissão dos gases, que chamamos hoje de contribuintes ou até os causadores do efeito estufa, porém ignorando por completo as origens, a pureza e qualidade e até a composição real destes gases.

Parece que nas contas da emissão e seqüestro do carbono, o CO2 produzido no reino vegetal tem exatamente o mesmo peso do que o dióxido de carbono que é emitido pelas indústrias e cidades, que para mim não faz sentido nenhum e que pode no meu ver até ser qualificado como pura heresia.

Confesso que sou absolutamente leigo no assunto de purificação de gases na Natureza, mas sei e acredito que nada é por acaso e que os gases, que chamamos hoje de contribuintes ou até causadores para o efeito estufa, como CO2 e CH4 entre outros tem um papel fundamental na vida. Por isto creio piamente que os conjuntos de gases emitidos pelas indústrias, transportes e esgotos nas cidades são sim altamente poluidores e danosos para o meio ambiente e por isto devem ser tratados como sendo totalmente diferentes dos gases com os mesmos nomes que estão circulando na Natureza.

A principal razão é porque creio que por lá, na Natureza, as partes nocivas não ficam soltas e isoladas, mas fazem parte integral e necessária de um ciclo que tem um círculo virtuoso de transformação, renovação e purificação.

No outro lado temos também, por sorte nossa, um mecanismo que eventualmente consegue neutralizar e transformar os efeitos nocivos dos gases poluentes emitidos, mas o preço é o aquecimento global.

Sugiro que se faça um estudo mais profundo sobre este assunto e pode ser que se descubra que o Brasil é de fato um dos maiores e mais importantes países em termos de purificação de gases no mundo.

0 Comments

  1. Cristina Marcia Coppede disse:

    Gostei muito de seus comentarios, assisti a todas palestras e concordo em genero e numero, participei da Aliança em seu inicio no Xingu visitando e conhecendo as propriedades da região, e conheço bem o trabalho de campo sei que a Aliança da Terra tem feito um bom trabalho pq faz, e não fica jogando pedra em avião como outras ONGs tem feito em vez de serem proativas e fazerem de conta que as pessoas se alimentam de sol. O cadastro de compromisso socioambiental é uma ferramenta de trabalho que conscientiza o produtor ter um raio X de sua propriedade e além de se preocupar em produzir, ele se planeja também para recuperar areas degradadas e mitigar seus problemas ambientais, de forma transparente para o fornecedor.

  2. Louis Pascal de Geer disse:

    Olá Cristina Marcia Coppede,

    Muito obrigado pela sua carta e informações sobre o trabalho da Aliança da Terra, que deixam claro que a gente tem que agir e fazer o que deve ser feito usando o comprometimento e o bom senso de cada um.

    Um cordial abraço, Louis