Suspeita de febre aftosa no Paraná
21 de outubro de 2005
Lúcio Cornachini, vice-presidente da Lagoa da Serra
25 de outubro de 2005

Ruralista quer que OIE apure aftosa no Paraguai

Um dos líderes da bancada ruralista do Congresso, o pecuarista e deputado federal Abelardo Lupion (PFL-PR), disse ontem que o setor agropecuário brasileiro vai pressionar a OIE (Organização Mundial para a Saúde Animal) para que fiscalize o Paraguai.

Segundo ele, a fronteira seca do país vizinho com o Brasil foi o caminho da contaminação do gado da fazenda Vezozzo, em Eldorado (MS), por aftosa. “Nós sabemos que a origem do foco é o Paraguai. Contaminou o gado de Mato Grosso do Sul e, por meio de uma exposição [a Eurozebu, de Londrina], veio contaminar o do Paraná”, acusou.

Lupion cria 800 cabeças de gado da raça nelore no norte do estado, região não atingida pelas suspeitas de aftosa, mas afirmou que fechou sua fazenda. Segundo ele, antes de surgirem as suspeitas no Paraná, ele esteve “a semana inteira com várias testemunhas que viram os focos no Paraguai”.

O pedido à OIE será feito, segundo o deputado, por meio da bancada ruralista e da Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara dos Deputados.

Ele afirmou que veterinários brasileiros “entraram no Paraguai e viram sintomas clínicos perfeitamente compatíveis com aftosa em alguns animais”. O deputado disse considerar “imoral e ridículo” a reação do governo paraguaio de fechar as fronteiras para o gado brasileiro.

Desde o início das notícias sobre aftosa no Brasil, o governo do Paraguai reagiu descartando qualquer foco no seu território e acusando o Brasil de irresponsável por não controlar seu rebanho.

Fonte: Folha de S.Paulo, adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.