Mercado Físico da Vaca – 19/03/10
19 de março de 2010
Mercados Futuros – 22/03/10
23 de março de 2010

Ruralistas querem dobrar participação no Congresso

Cerca de 2 milhões de produtores ligados a sindicatos rurais, federações de agricultura e cooperativas iniciaram um amplo movimento político de mobilização para dobrar o tamanho da influente bancada ruralista no Congresso Nacional. Autorizadas pela nova lei eleitoral a doar recursos para campanhas, as cooperativas já preparam listas de candidatos que devem ser eleitos em outubro. Aprovada em setembro de 2009, a Lei nº 12.034 permitiu a doação de até 2% do faturamento bruto desse grupos a campanhas eleitorais.

Cerca de 2 milhões de produtores ligados a sindicatos rurais, federações de agricultura e cooperativas iniciaram um amplo movimento político de mobilização para dobrar o tamanho da influente bancada ruralista no Congresso Nacional. Autorizadas pela nova lei eleitoral a doar recursos para campanhas, as cooperativas já preparam listas de candidatos que devem ser eleitos em outubro.

“Vamos apoiar gente de todos os partidos. Não interessa a cor, mas o credo na doutrina cooperativista”, resume o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. Aprovada em setembro de 2009, a Lei nº 12.034 permitiu a doação de até 2% do faturamento bruto desse grupos a campanhas eleitorais.

Em São Paulo, as cooperativas farão, nesta semana, três seminários estaduais para pregar o voto em candidatos do segmento. “Mais do que doação financeira, nossa força estará nos votos”, diz o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Edivaldo Del Grande. “Temos que fazer o lobby saudável e eleger uma bancada com os nove milhões de votos potenciais de que dispomos”.

Dona de uma base composta por mais de um milhão de produtores, a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) incorporou a meta de apoiar e buscar doações a campanhas de parlamentares ligados ao setor. “É lobby, sim. Mas é lobby positivo. Vamos nos organizar financeiramente para que nossos candidatos sejam apoiados”, diz a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), pré-candidata ao governo estadual.

Batizada de Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a bancada ruralista tem hoje 266 deputados e senadores filiados. Mas os membros “efetivos” se resumem a 90 congressistas. A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) reúne 227 congressistas, dos quais apenas cerca de 30 membros têm atuação decisiva nas disputas de bastidores. Ou seja, o movimento politico dos ruralistas poderia aumentar essa “efetividade” para até 240 parlamentares. “Se dobrar mesmo, será ótimo. Mas os eleitos têm que se comprometer com as demandas do setor”, diz Kátia Abreu.

O reforço na mobilização dos ruralistas reflete, em boa medida, as disputas da bancada contra militantes ambientalistas do Congresso. As brigas pela reforma das leis ambientais converteram um grupo maior de produtores para a luta política. O senador Osmar Dias (PDT-PR), pré candidato ao governo do Paraná, atribui as dificuldades em aprovar a reforma do Código Florestal ao tamanho reduzido da bancada ruralista. “Mas o setor despertou, entendeu que o Congresso interfere na vida diária dos produtores”, diz. “As cooperativas também acordaram que, sem representantes, perdem espaço econômico e político. Por isso, vão nos ajudar”, afirma o senador ruralista.

A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. João Adalberto Ayub Ferraz disse:

    Chegando tarde a consciência para formação da bancada, será que o maramo do produtor rural vai se mobilizar?
    Espero milagres. A dor ensina gemer.
    Vamos la companheiros…………

    J.Ferraz

  2. Geraldo Perri Morais disse:

    Acho que este é o caminho correto porque , somente com uma firme força de parlamentares que apoiam o setor, teremos sucesso em nossas verdadeiras demandas.

    Geraldo Perri Morais—ABRAPEC

  3. José Brígido Pereira Pedras Júnior disse:

    A noticia que nos chega, através da equipe AgriPoint sobre matéria de MAURO ZANATTA, estampada no Jornal Valor Econômico, de que ruralistas querem dobrar participaçào no Congresso, é alvissareira.
    É necessário que o produtor rural, essencialmente de espírito democrático, se movimente, pelos meios legítimos, para defesa da grande alavanca mundial que é a produção agropecuária. É necessário, como estamos num Estado Democrático de Direito, que nos unamos e nos movamos com o propósito de nos fazer reconhecidos e respeitados perantes dos detendores do Poder Público. Assim, estão de parabens nossas lideranças rurais – e as temos competentes, valorosas, bem intencionadas – quando procuram nos conduzir, nós produtores rurais, para um caminho democrático de luta pela eleição de pessoas comprometidas com o setor rural, ou, em outras palavras, com o bem estar do povo brasileiro. É desnecessário assinalar que é na produção rural que está a salvação de nossa querida Patria. Parabens. José Brígido Pereira Pedras Júnior