Mercados Futuros – 04/06/07
4 de junho de 2007
Reposição Fêmea Nelore – 06/06/07
6 de junho de 2007

Rússia acusa Brasil de falsificar certificados

Segundo o chefe do Serviço Fitossanitário e Veterinário da Rússia, Sergei Dankyert, foram encontradas "graves irregularidades" no sistema de controle da qualidade da carne do Brasil exportada para o país. Segundo Dankvert, os certificados veterinários falsificados estavam sendo usados para reexportar cerca de 1 mil toneladas de carne para a Rússia via União Européia (UE), através da Lituânia.

Segundo o chefe do Serviço Fitossanitário e Veterinário da Rússia, Sergei Dankyert, foram encontradas “graves irregularidades” no sistema de controle da qualidade da carne do Brasil exportada para o país.

“As empresas brasileiras que aumentaram seu fornecimento de carne para a Rússia não a submeteram a controles suficientes de qualidade”, informou a agência russa de notícias Interfax.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o chefe do serviço veterinário russo afirmou que pelo menos 40 certificados veterinários foram falsificados e acusou as empresas exportadoras de adquirirem gado onde foram detectados focos de febre aftosa.

Segundo Dankvert, os certificados veterinários falsificados estavam sendo usados para reexportar cerca de 1 mil toneladas de carne para a Rússia via União Européia (UE), através da Lituânia.

A Rússia, maior importador da carne brasileira, comprou 157.060 toneladas de carne “in natura” até abril, segundo a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), gerando uma receita de US$ 304,43 milhões. Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério da Agricultura disse que não recebeu o relatório do governo russo.

0 Comments

  1. Veridiano Oliveira disse:

    É, em se tratando de Brasil, tudo é possível.

    Não precisamos disso. É muito lamentável.

  2. José Leonardo Montes disse:

    Põe lamentável nisto companheiro. O que fazer para conter este seres que não tem responsabilidade com a pecuária brasileira?

    Olha é muito sério, se estas falsificações realmente existirem, tem que ser procurado o responsável e puni-lo com rigor. Pois se não for feito o pecuarista mais uma vez pagará o pato.

  3. Ivan Albuquerque disse:

    Se isso é verdade as empresas exportadoras que emitiram atestados falsificados deveriam ser fechadas e os donos processados, como demonstração de seriedade à Rússia que ademais é líder de importação de nossa carne.

  4. Luiz F. A. Marques disse:

    Certamente a exportação vai perder, mesmo se nada for comprovado sobre a grave denúncia! Sempre custa muito caro recuperar o espaço comercial que já estava conquistado. Por outro lado, se for verdade, fica muito ruim, porque compromete a seriedade dos órgãos oficiais de fiscalização sanitária e de comércio exterior, de onerosa credibilidade.

  5. Aguinaldo Scheffer disse:

    Lamentável, se for verdade. Prejuízo para a pecuária brasileira e causa de descrédito de nossos controles oficiais.

  6. Jose Alberto Mendes Rios disse:

    Comentar o que, hoje com 57 anos de idade e 31 de formado em veterinária, e aparece um assunto de atestado falso no único nicho que pode mudar a nossa pecuária. Isso é demais tem que por o conselho atrás e punir os responsáveis se possível mandar até para a cadeia.

    José Rios, formado em julho 1976, com muito orgulho de ser veterinário pena que alguns não dão valor.

    Abraço

  7. Gladston Machareth disse:

    Estranho, a princípio, um comportamento como esse em empresas exportadoras. Embora, como disse o leitor Veridiano Oliveira, em se tratando de Brasil tudo é possível, esse assunto merecia uma avaliação mais rigorosa, antes de se acreditar na veracidade do fato, afinal quando se trata de negociações com somas tão alevadas, tudo é possível de ambas as partes e até de terceiros, com interesse nesse mercado tão grande.

    Não deixa de ser um alerta para nós, o que está rolando nos bastidores das negociações e, como pode ficar nossa imagem lá fora.

  8. Roberto Ferreira da Silva disse:

    Num país onde não se pode duvidar de nada, é lamentável tal situação. Porém não se pode castigar toda a cadeia pela ação de poucos. O difícil é que esses poucos são os que formatam o mercado.

    Deve-se dar nome aos bois!

  9. Dayanne da Motta Sanders disse:

    É muito triste ler este tido de notícia e saber que meus futuros colegas, já que estou me formando em Medicina Veterinária pela UFBA, estão adotando condutas tão errôneas. Agora é necessário que se faça uma investigação séria para punir os responsáveis e que eles sirvam de exemplo para que outros profissionais não adotem esta mesma conduta.

  10. Thompson Bispo de Souza disse:

    Falta mais rigor do governo, mas principalmente honestidade das certificadoras e dos produtores.

  11. Rodolfo Endres Neto disse:

    Quem falsificou os documentos?

    É só seguir o que o Sisbov determina : rastreabilidade! Porque até agora ninguém mostrou os envolvidos?

    Vamos dar nome aos bois. Se fosse pecuarista já estaria na cadeia.

    Este país virou a república da corrupção e da impunidade, basta ver o que ocorre no congresso nacional no executivo e no judiciário. Como disse o sr. Veridiano de Xinguara/PA; “é, em se tratando de Brasil, tudo é possível”.

  12. Milton Minoru Ogsuko Chui disse:

    Olha a seriedade da denúncia, se realmente ocorreram falsificações de certificados sanitários, acredito que o Mapa tem que rastrear o(s) responsável(is) e puní-lo(s).

    Infelizmente, quem perde novamente é o nosso Brasil, toda a cadeia produtiva da carne, e como diz, a denúncia foi lançada aos 4 cantos do mundo, e aí?

    Pelo que eu sei, os certificados para exportação necessitam de uma senha do inspetor do frigorífico habilitado para ser imprimido “via internet” em conexão com o Ministério da Agricultura, então aonde e como está sendo realizado a fraude ou falsificação de certificados?

    Isto deve ser levantado e como todos dizem: “Vamos ter que dar os nomes aos bois”, senão a impunidade continuará reinando e novamente os pecuaristas irão pagar o pato.

  13. Maria da Conceição dos santos disse:

    Em um pais que é o maior produtor comercial de bovinos do mundo, onde ainda existe febre aftosa, não é surpresa nenhuma o que está acontecendo, só que confiança uma vez perdida é difícil de recuperada.

  14. Antonio Silvio Abeid Moura ( Silvio Moura ) disse:

    Eu pergunto quem nunca passou por tal situação?

    Você vende um gado em época de vacinação, sem ter ainda vacinado o rebanho e o comprador diz: eu levo o gado, você compra a vacina e depois tira a nota, ou seja, aquele gado nunca será vacinado.

    É a mesma história dos certificados: quem é desonesto com pouco o será com muito.

    Pecuaristas, uni-vos!

    Abraços a todos

  15. Luciano Guimaraes disse:

    Como disse muito bem nosso colega Antonio Silvio Abeid Moura, o problema é mais sério do que pensamos. O problema é cultural. Se não houver uma união e conscientização geral e profunda da classe produtora, como teremos autoridade para cobrar seriedade da indústria?

    Precisamos perseguir a qualidade e a seriedade dentro de nossas fazendas para que possamos impor respeito para com o nosso patrimônio. E para piorar mais ainda temos um governo omisso em uma de suas funções básicas – punir os transgressores que colocam em xeque toda uma cadeia produtiva. Tudo é tratado com jeitinho.

    Pecuaristas, uni-vos!

  16. Fabricio Ferreira Lopes disse:

    Isso é uma vergonha, o Brasil como grande exportador que é não precisa desse tipo de falcatrua. Tenho pena dessas empresas que fazem esse tipo de coisa, pois isso faz com que as empresas que trabalham limpo e sério também fiquem sujas no mercado externo pois não foi dado nome aos bois então todas são culpadas até que se prove o contrário ou seja relatado as empresas falsificadoras.

  17. Fernando Gardino de Souza disse:

    Tenho que concordar com o nosso amigo Paulo Roberto Moreira, só que não basta dar nome aos bois para que os responsáveis sejam punidos, sabemos que se trata de um crime do colarinho branco, ficaremos sabendo quem são os falsários e não terá nenhuma punição como outros.

  18. Rogerio Aloizio Rodovalho disse:

    Sou veterinário a 27 anos, trabalhando com rastreabilidade, eu fico muito triste em saber que alguns colegas ainda pensam em dar atestados falsos para ajudar alguns produtores que não sabem o que é ética e respeito para com os outros (técnicos, produtores e certificadoras).

    Será que não esta na hora dos CRMVs e Mapa responsabilizarem estes profissionais, por seus atos que está prejudicando toda a cadeia produtiva brasileira, por irresponsabilidade de alguns.

  19. Pedro Junqueira Netto disse:

    Para mim não causa nenhuma estranheza, pois em um país que coloca goela abaixo uma rastreabilidade geral do gado inteiro brasileiro, depois tem que voltar atrás porque 80% das empresas de rastreabilidade foram excluídas, só podia dar nisso. O Brasil não é um país sério.

  20. José de Barros Vieira disse:

    Amigo Antônio Silvio: consulte a Resolução SAA 1 de 2002 – não precisa vacinar se o gado for destinado a abate imediato.

    Aos amigos Luciano, Fabrício e Rogério: parabéns, assim é que se fala!

  21. José de Barros Vieira disse:

    Concordo com o colega Rogério e ainda acrescento: os CRMVs deveriam não só ficar fiscalizando petshops e correr atrás de atualizar sua legislação, exigindo Responsável Técnico em propriedades pecuárias, de onde saem milhares de toneladas de carnes, não só em lojinhas que vendem ração para cachorro.

  22. Antonio Silvio Abeid Moura ( Silvio Moura ) disse:

    Caro José B. Vieira, talvez tenha sido um erro meu não explicitar melhor, mas eu me referia a bezerros desmamados pois tenho uma propriedade de cria. Mas agradeço a informação, me será util.

    Pecuaristas uni-vos!