Como já era esperado, o governo da Rússia anunciou a introdução de cotas de importação de carne de aves, bem como cotas de importação sujeitas a tarifas às importações de carnes bovina e suína.
Oficiais da Rússia disseram que esta medida era necessária devido às recentes investigações de “salvaguardas” referentes à prática de dumping em produtos alimentícios, medidas que mostraram que havia níveis “excessivos” de importações da União Européia (UE), de acordo com informações publicadas no país.
As importações de carne de aves estarão sujeitas a uma cota anual de 1,05 milhão de toneladas, com uma tarifa de importação de 25% sobre seu valor aduaneiro. Não será permitida importação acima desta cota.
A proposta determina também uma cota anual de importação de carne bovina de 420 mil toneladas, com uma tarifa de 15% ou não menos que 0,15 euros (15,8 centavos de dólar) por quilo. Importações acima desta cota estariam sujeitas a uma tarifa de 60% ou não menos que 0,6 euros (63,27 centavos de dólar) por quilo.
As importações de carne suína estarão sujeitas a uma cota anual de 450 mil toneladas, com uma tarifa de 15%, não podendo cair a menos que 0,25 euros (26,36 centavos de dólar) por quilo. As importações acima desta cota estarão sujeitas a uma tarifa de 80% ou não menos que 1,06 euros (US$ 1,11) por quilo.
Restrição russa preocupa exportadores alemães
Os exportadores de carne bovina da Alemanha disseram que acreditam que ocorrerá uma séria perda nos negócios como resultado destas restrições às importações de carnes impostas pela Rússia.
O chefe da Associação da Indústria de Carnes da Alemanha, Heike Harstick, disse que cerca de 20% das exportações de carne bovina alemã para a Rússia poderá se reduzir. Harstick é o chefe executivo da associação Verband der Fleischwirtschaft.
Grupos de produtores de carne da Itália e da Holanda também expressaram preocupações com relação à atitude da Rússia.
Fonte: The MeatingPlace.com (por Dan Murphy) e AgricultureLaw.com, adaptado por Equipe BeefPoint