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Rússia e União Européia cancelam reuniões com o Brasil

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, afirmou que a Rússia e a União Européia cancelaram reuniões que teriam nesta semana com técnicos brasileiros para discutir o embargo a carne.

Segundo o secretário, o problema com a Rússia foi a agenda dos técnicos locais. “Eles não tinham disponibilidade”, garantiu Maciel. Uma missão brasileira partiria ainda ontem para Moscou para, num primeiro momento, pedir explicações sobre o embargo imposto pela Rússia para compra da carne e produtos de oito estados brasileiros.

Questionado se o cancelamento era uma resposta à indefinição da questão sanitária no Brasil, o secretário disse que não viu o adiamento desta forma.

Esta não é, no entanto, a interpretação do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Rubens Valentini. “O recado da Rússia foi claro: se entendam no Brasil e depois venham negociar”, disse o presidente da ABCS.

Para ele, a divergência entre o governo federal e o Paraná sobre os focos de aftosa “colocou o país numa situação muito grave”. Segundo ele, o adiamento da reunião foi melhor, pois qualquer missão seria muito questionada e poderia prejudicar a situação do Brasil no mercado externo”, avaliou.

Fonte: Estadão/Agronegócios (por Fabíola Salvador), adaptado por Equipe BeefPoint

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  1. Leocádio Cezar Ribeiro Cunha disse:

    Os recentes episódios de foco de febre aftosa no Brasil e o risco do avanço da gripe aviária no mundo exigem fortes e imediatas reações, quais sejam: O fortalecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a necessidade de ampliar os investimentos na defesa sanitária, posição que os exportadores e a indústria de carnes vêm defendendo há tempos.

    O resultado disso tudo, refletiu-se no desempenho alcançado pelas exportações de congelados via terminal Ponta do Félix na cidade de Antonina, litoral do Paraná, quando foram embarcadas somente 25% das cargas congeladas para a Rússia programadas para o mês de novembro.

    Os motivos desencadeadores foram: Primeiro os anúncios, em outubro, de surtos de febre aftosa no gado paranaense, segundo, a greve dos fiscais federais agropecuários em novembro. Os dois fatores provocaram uma redução no faturamento do terminal que chegou a 30% em novembro.

    A Ponta do Félix tinha programado embarcar para a Rússia, carnes congeladas em sete navios no mês de novembro, porém, apenas duas embarcações confirmaram e receberam as cargas.

    Ressalte-se que o previsto era o embarque de 26 mil toneladas e apenas 6,6 mil toneladas foram embarcadas, resultando numa quebra de 75% em relação ao previsto.

    Para dezembro, da previsão inicial de 04 navios de congelados, até o momento apenas três estão confirmados. Para o mês de janeiro de 2.006, existem 05 navios programados e dependendo das negociações da comitiva brasileira que estaria hoje, 13/12 para a Rússia, poderão ser cancelados.

    Os chamados TPAs, trabalhadores portuários avulsos – estivadores e arrumadores ligados a sindicatos de Antonina -, ficaram parados durante 15 dias em novembro e poderão sofrer as consequências em dezembro e janeiro por conta do embargo russo .

    Com o anúncio na última sexta-feira dia 09/12, da extensão do embargo total aos Estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e R. G. do Sul para as carnes de bovinos e suínos, a situação se tornou crítica. As principais empresas exportadoras embarcam até 80% da sua produção de carne de porco para a Rússia.

    A partir do dia 13 de dezembro, começou a vigorar a ampliação das restrições comerciais da Rússia ao Brasil em função da ocorrência de febre aftosa. Além de restringir a compra de carne de toda espécie, do leite e de seus derivados produzidos no Mato Grosso do Sul, medida adotada em outubro, o governo russo passará a embargar a importação de animais vivos, carnes suína, bovina e de aves do mesmo Estado e também do Paraná.

    Além disso, os russos não poderão importar os equipamentos para a manutenção, o abate e o processamento de animais paranaenses e sul-mato-grossenses.

    A situação é realmente crítica, haja vista a região sul do Brasil, concentrar a grande maioria dos produtores de carne suína e empregarem mais de 20.000 pessoas apenas no abate, transporte e armazenagem e além disso, aproximadamente 80% da produção de carne suína está voltada para exportação.

    Leocádio Cunha
    Assessor Comercial
    Terminais Portuários da Ponta do Félix
    Antonina – Paraná

  2. cristiano pereira barbosa disse:

    Estou como o presidente da ABCS.