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Rússia: embargo brando prejudica menos exportações

O efeito do foco de febre aftosa em Mato Grosso do Sul deve ter extensão menor do que se previa nas exportações. Pelo menos é o que se pode prever da análise de documento do Ministério da Agricultura da Federação Russa que circulou na terça-feira.

Segundo o Serviço Federal de Veterinária e Fitossanitário daquele país, as restrições às importações serão impostas apenas ao estado de Mato Grosso do Sul.

Essa posição, ainda não repassada ao Ministério da Agricultura, é um grande alívio para os estados vizinhos. Afinal, o acordo sanitário do Brasil com a Rússia prevê que, no caso do aparecimento de foco de aftosa, as importações seriam suspensas por dois anos no estado onde ocorrer o foco e por um ano nos estados limítrofes. Nesse caso, Paraná, São Paulo, Goiás e Mato Grosso vão ficar livres de restrições das importações russas.

As notícias de ontem são importantes porque a Rússia importou 25% de toda a carne in natura exportada pelo Brasil de janeiro a setembro. Uma posição mais drástica daquele país colocaria pecuaristas e frigoríficos brasileiros em situação ainda mais difícil.

Já o castigo imposto pela UE, que compra cerca de 17% das exportações brasileiras, foi maior do que o esperado. No balanço dos estados afetados, a situação mais dramática é a de Mato Grosso do Sul, que, além das barreiras externas, teve fechadas suas fronteiras com os estados vizinhos.

As restrições ao Brasil só não são maiores porque há forte demanda mundial de carne. Muitos países optam por uma restrição branda para não ter de disputar os elevados preços da carne australiana com os japoneses.

Fonte: Folha de S.Paulo (por Mauro Zafalon), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Edson Carlos Poppi disse:

    Se esta notícia se confirmar, a coisa pode não ser tão feia.