As indústrias de suínos do Rio Grande do Sul poderão retomar as exportações de carne para a Rússia em janeiro. Essa possibilidade foi levantada ontem, quando a Secretaria da Agricultura anunciou que os resultados da sorologia em animais das regiões produtoras de suínos foram negativos. Foram feitos testes em 709 animais de Sarandi, Três Passos, Caxias do Sul, Santa Rosa, Encantado, Júlio de Castilhos e Lajeado, municípios que têm frigoríficos exportadores de carne suína. A realização dos exames, para comprovação da inexistência de febre aftosa, foi exigência da Rússia para retomar as importações de carne suína gaúcha, suspensas desde o surgimento da doença, em maio.
O secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, enviou ofício ao Sindicato das Indústrias de Suínos do Estado pedindo que o setor comece a preparar a documentação para voltar a exportar. A Rússia é o maior importador de carne suína do Brasil, respondendo por 50% dos US$ 350 milhões que o setor espera exportar neste ano.
“Derrubamos a última exigência que os russos faziam para voltarem a comprar a carne suína gaúcha. Agora, as indústrias têm que trabalhar para que isso ocorra o mais breve possível” disse Hoffmann. O secretário lembrou que o Estado ainda aguarda a abertura do mercado brasileiro para os produtos gaúchos. Esperamos sensibilidade do Governo Federal quanto à liberação da saída de animais e carne com osso do RS para outros estados. Aguardamos a boa nova o mais rápido possível, finalizou.
O presidente do sindicato, Daltro Giacomazzi, comemorou a informação, mas disse que exigências burocráticas farão com que as exportações ocorram somente em janeiro. De acordo com o dirigente, os gaúchos deixaram de vender mensalmente o equivalente a 2 mil toneladas de carne suína para a Rússia. A perda nos seis meses em que perdura a proibição chega a US$ 12 milhões.
Fonte: Zero Hora(RS) e Governo do Estado do Rio Grande do Sul, adaptado por Equipe BeefPoint