Mercados Futuros – 18/05/07
18 de maio de 2007
Formulação exclusiva pode render até R$ 35,00 a mais por animal
22 de maio de 2007

Rússia suspende embarques de 11 frigoríficos

Os frigoríficos Friboi (MT, SP e GO), Rio Grandense (RS), as três unidades do Minerva em São Paulo e a de Goiás, Frinorte (TO), Intercoop (MT) e Três C (RS) estão impedidos de exportar para a Rússia. A suspensão aconteceu na quinta-feira (17) e teria sido motivada pela exportação de carnes de estados não autorizados.

Os frigoríficos Friboi (MT, SP e GO), Rio Grandense (RS), as três unidades do Minerva em São Paulo e a de Goiás, Frinorte (TO), Intercoop (MT) e Três C (RS) estão impedidos de exportar para a Rússia, informou notícia do jornal O Estado de S.Paulo. A suspensão aconteceu na quinta-feira (17) e teria sido motivada pela exportação de carnes de estados não autorizados, segundo reportagem de Assis Moreira, Mauro Zanatta e Vanessa Jurgenfeld, do Valor Econômico.

Segundo Antônio Camardelli, diretor da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec), o que acontecia eram exportações do carne de estados habilitados através dos portos de Santa Catarina e Paraná, e nunca de carne proveniente de estados não habilitados.

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, disse que recebeu da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) a informação sobre o embargo da Rússia a frigoríficos brasileiros. O governo, de acordo com ele, ainda não recebeu um comunicado oficial do governo russo.

Mas nesta semana o Ministério da Agricultura tentará convencer os russos que casos de fraude têm sido combatidos com rigor no Brasil, mostrando como exemplo a falsificação de certificados sanitários envolvendo um frigorífico de porte médio, e operações em vários estados, que apreenderam cargas com irregularidades no porto de Itajaí (SC) que deve ser descredenciado do mercado externo pela Secretaria de Defesa Agropecuária nesta quarta-feira.

O ministério também aposta na ampliação das alterações no sistema de certificação para garantir o mercado russo. “Vamos ampliar a certificação eletrônica das cargas e passar a usar um papel especial feito pela Casa Moeda na documentação dos embarques para evitar fraudes”, destacou o diretor de Inspeção de Produtos de Origem Animal do ministério, Nelmon Oliveira.

0 Comments

  1. Edson Nilo Padilha Freitas disse:

    Infelizmente o velho “jeitinho brasileiro”ainda continua em uso. É inadmissível que ainda ocorram atitudes como esta. Uma pena não divulgarem o nome desta empresa, para que tenhamos conhecimento de quem são esses amadores que querem dar uma de esperto e acabam prejudicando uma cadeia produtiva inteira. Uma pena se as empresas citadas também estavam enviando carnes de estados não autorizados, pois à continuar desta forma, em breve todos os frigoríficos serão descadastrados.

  2. Daniel Simões Targa disse:

    Diante dos interesses imediatos de grupos, que preferem ignorar as regras estabelecidas, há um reflexo negativo em toda a cadeia da carne, afetando toda a nação. Um país que se orgulha de ser o maior produtor de carne do mundo não pode admitir práticas que não condizam com esta realidade, sob pena de sofrer as conseqüências ao se ver refém de imposições dos países importadores.

  3. Jaime de Carvalho Neto disse:

    Mais uma vez o interesse econômico, sem limites e escrúpulos, de alguns integrantes da cadeia da carne coloca em risco toda a lucratividade da atividade pecuária evidenciando a fragilidade dos nossos controles sanitários e fiscais.

    Ampliar o controle fiscal nas plantas frigoríficas e o controle sanitário nas fronteiras seriam medidas mais acertadas.

  4. Fabricio Ferreira Lopes disse:

    Infelizmente a gana de ganhar dinheiro é maior que a vontade de trabalho honesto, é onde o Brasil ainda perde muito e é justíssimo o embargo dos frigoríficos. Pois eles pagam e muito bem pela nossa mercadoria, e nos não estamos dando a eles o verdadeira boa qualidade da carne.