Exportando mais que partes nobres do boi, o Brasil está diminuindo a dependência dos tradicionais compradores de carne bovina, ao conquistar novos mercados. Um deles é a Rússia, que se firma como um dos principais compradores mundiais de carne bovina, pois sua produção cresce apenas 3% ao ano, enquanto o consumo avança 10%.
Exportando mais que partes nobres do boi, o Brasil está diminuindo a dependência dos tradicionais compradores de carne bovina, ao conquistar novos mercados. Um deles é a Rússia, que se firma como um dos principais compradores mundiais de carne bovina, pois sua produção cresce apenas 3% ao ano, enquanto o consumo avança 10%. A análise faz parte dos Indicadores Pecuários, pesquisa feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as importações totais do produto pelo governo russo devem subir de 720 mil toneladas em 2007 para 990 mil toneladas em 2008.
A Rússia está em busca de carne com preços menores que os praticados na União Européia, devido ao forte crescimento da indústria de fast food.
De janeiro a outubro deste ano, 32% do volume e 25% do valor da carne bovina exportada pelo Brasil tiveram a Rússia como destino, totalizando US$ 735,6 milhões no acumulado de dez meses, um crescimento de 41,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em volume, o total é de 361,6 mil toneladas, 64% a mais do que foi registrado de janeiro a outubro de 2006.
Mas enquanto a qualidade favorece o Brasil, a possibilidade de o real se valorizar frente ao rublo (moeda russa) pode prejudicar esse crescimento porque tornaria a carne brasileira mais cara e abriria espaço para a concorrência. Além disso, a Rússia fez uma série de acordos com os Estados Unidos para liberar a importação de carne norte-americana, o que também pode fazer o Brasil diminuir a participação no mercado russo.
As informações são da CNA.