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Sadia e Aurora investem na carne bovina

Com as exportações do complexo carne consolidadas, grandes empresas que atuam no ramo de suínos e aves, como Aurora e Sadia, apostam também no ramo de carne bovina.

A Cooperativa Central Aurora lançará até o fim deste mês, seis kits para churrasco. Entre as novidades, está um que levará ao consumidor uma peça de picanha bovina temperada, lingüiça toscana e coxa de frango. “Trabalhamos nesse projeto ao longo de um ano. O intuito, além de facilitar a vida do consumidor e aumentar o leque de opções, é diversificar o mercado”, explica o diretor industrial da Aurora, Vincenzo Mastrogiacomo.

A cooperativa já atuava no setor com hambúrguer e espetinho de carne bovina há pelo menos quatro anos. A carne para fabricação desses produtos e para o lançamento é obtida por meio de uma parceria com o grupo Bertin. “Ainda não temos a intenção de produzir carne bovina. Por isso, a tendência é que continuemos trabalhando por meio de parcerias, uma vez que esse é apenas um ponto de partida. Caso a demanda seja ampliada, poderemos lançar novos produtos”, afirma o executivo.

Segundo ele, a diversificação é uma ótima forma de fidelização. “Os consumidores poderão encontrar as principais opções de carne da Aurora. Além de fidelizar, fortaleceremos ainda mais a marca”, acredita.

E a empresa pretende exportar a novidade. “Ainda não possuímos volume suficiente para embarcar esses produtos. No entanto, não deixa de ser uma pretensão, uma vez que poderíamos agregar ainda mais valor aos produtos”, avalia Mastrogiacomo.

A Sadia é outra das grandes que aposta no ramo de carne bovina. A empresa voltou a investir na categoria e lança os cortes bovinos resfriados da marca Sadilar. São 12 opções: picanha, maminha, fraldinha, costela, miolo de alcatra, patinho, lagarto, coxão duro, coxão mole, cupim, contrafilé e filé mignon.

Um dos principais motivos que levou a Sadia a investir no segmento são os números da pecuária nacional. De acordo o Anuário da Pecuária Brasileira de 2004, o consumo per capita da carne bovina é de 36 kg por ano. Essa quantidade é quase 14% maior do que a demanda por carne de frango e três vezes maior que a procura por carne suína.

Positivo

Segundo o diretor executivo do Sindicato da Indústria do Frio (Sindifrio), que representa os frigoríficos paulistas, Hélio Toledo, a atuação dessas grandes empresas no ramo é muito positiva. “Essas empresas são muito fortes e tendem a oferecer uma segurança ainda maior para o setor”, acredita.

Para Toledo, o principal motivo para essas empresas buscarem uma outra opção é o status da carne bovina. “Quando o segmento de bovinos vai bem, os outros componentes do complexo carnes tendem a crescer. Além disso, existe uma tendência de crescimento constante para a carne bovina nos próximos anos, uma vez que temos preços competitivos e melhoramos cada vez mais a qualidade do nosso rebanho”, avalia.

Fonte: DCI (por Márcio Rodrigues), adaptado por Equipe BeefPoint

1 Comment

  1. Gustavo de Souza Thomaz disse:

    Agora sim!

    Vejo com bons olhos a entrada desses dois grupos Aurora e Sadia no mercado de carne bovina.

    Eles, com a experiência dos suínos e aves, descobriram o caminho da propaganda, da divulgação do produto, o que há muito tempo é necessário para conseguirmos alavancar o consumo per capita de carne bovina no Brasil.

    Assim equilibramos oferta/demanda, e os preços com certeza tenderão a melhorar para o produtor do animal em pé.