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Sadia recebe nova recusa Perdigão e retira oferta

Depois que a nova proposta feita na quinta-feira para comprar a Perdigão foi recusada, a Sadia revogou a oferta pública na sexta. Antes disso, o comando da Sadia tentou até o último minuto convencer os fundos de pensão, principais acionistas da Perdigão, a negociar.

Na quinta-feira, três executivos da Sadia foram até a sede da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil e maior acionista individual da Perdigão, com 15,31%. “Foi uma conversa fria. A sensação que ficou do encontro foi a de que eles não queriam uma nova oferta”, disse Walter Fontana, presidente do conselho de administração da Sadia.

O desempenho econômico da Perdigão pode ter reforçado a recusa. Segundo a direção da empresa, os fundos obtiveram uma rentabilidade anual de 25% acima da variação cambial durante 11 anos seguidos. O crescimento anual de 14% do negócio também foi um dos motivos alegados já no início da semana para os fundos permanecerem no controle.

Com as ofertas, as ações da Perdigão dispararam, as avaliações sobre o valor da empresa melhoraram, a visibilidade internacional aumentou. Além disso, a empresa ainda ganhou a oportunidade de explorar a situação em campanha publicitária, segundo reportagem de Agnaldo Brito, com colaboração de Márcia Furlan, para O Estado de S.Paulo.

Da acordo com notícia do jornal Valor Econômico, a aquisição da Perdigão seria a melhor estratégia para a Sadia enfrentar a gigante americana no setor de alimentos, Tyson Foods, e se expandir nos negócios internacionais. A saída, acreditam analistas, é adquirir empresas menores por aqui ou investir em unidades de produção no exterior, como a companhia fará na Rússia, onde começará a construir uma fábrica ainda neste ano.

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