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Saiba as novas mudanças do Banco JBS

Com um capital de R$ 2 bilhões, o Banco Original - novo nome da instituição resultante da união entre JBS e Matone - quer atingir uma carteira de crédito de R$ 10 bilhões focada principalmente no agronegócio.

O banco JBS assumiu em agosto uma instituição de varejo, focada no crédito consignado, o Matone. Mas, ao que tudo indica, o maior interesse da J&F, holding que controla o banco e o frigorífico JBS, é mesmo no crescimento dos empréstimos para as empresas da cadeia produtiva do agronegócio.

Com um capital de R$ 2 bilhões, o Banco Original – novo nome da instituição resultante da união entre JBS e Matone – quer atingir uma carteira de crédito de R$ 10 bilhões focada principalmente no agronegócio. Hoje, o saldo de empréstimos e financiamentos da instituição é de R$ 2,3 bilhões.

“Queremos ser o maior banco privado do setor do agronegócio. Estamos em um setor com baixa exposição ao crédito, que é o pecuário”, diz Joesley Batista, presidente da holding J&F e do conselho de administração do JBS. “Vamos ter o benefício de ter uma oferta maior de boi para comprar.”

O motor do salto da carteira do banco serão os créditos concedidos às empresas ligadas à agricultura e à pecuária, já que a carteira de crédito com desconto na folha de pagamento (consignado), principal negócio do Matone, deverá manter o patamar atual, de R$ 1,8 bilhão. “Consideramos que o consignado já atingiu o patamar adequado”, afirma Emerson Loureiro, presidente do Original.

A previsão do banco, criado em 2008 para financiar a cadeia de fornecedores do frigorífico JBS, é que já no próximo ano o saldo de créditos para o agronegócio salte de R$ 500 milhões para R$ 1 bilhão.

Na parte do varejo, os planos do Original passam pela ampliação de produtos que serão oferecidos na rede de 73 lojas que herdou do Matone, conhecida como Bem-Vindo. Além do crédito consignado, a instituição passará a vender seguros e títulos de capitalização.

Até agosto, o JBS era um banco com patrimônio de R$ 100 milhões e com uma carteira de crédito de cerca de R$ 450 milhões. Ao assumir o Matone, banco que estava com deficiência de capital, a holding fez um aporte de R$ 1,8 bilhão, bastante superior à cifra necessária para cobrir o déficit do Matone.

Os recursos foram totalmente financiados pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), em uma operação de longo prazo que conta com a garantia de ativos da holding de mais de 100% do valor do empréstimo. Questionado sobre o empréstimo do FGC, Joesley apenas confirma que houve “apoio do FGC”.

O Original surge agora com um capital de R$ 2 bilhões, uma carteira de crédito de R$ 2,3 bilhões e um índice de Basileia – que mede a capacidade de alavancagem das instituições – de 28%, bastante acima do mínimo de 11% exigido pelo Banco Central.

Fonte: jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é… de Frigorífico a filial do BNDES…

    Curioso é que a captação no BNDES possui  uma taxa de juros bem abaixo da taxa que o  novo banco repassa a seus eventuais clientes…

    Acredito que o capital do Banco JBS foi feito com parte dos  recursos tomados do BNDES para a atividade produtiva… mas… aos amigos do rei tudo é permitido…

    E se todos os frigoríficos fizerem isso? pensando melhor, e se todos pudéssemos fazer isso?  pelo menos seria mais republicano e democrático…