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Sanidade recebe menos do que necessita

Enquanto as exportações totais de carnes cresceram 156%, entre 2002 e 2005, de acordo com dados da Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os gastos públicos aumentaram 96% no mesmo período, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Enquanto as exportações totais de carnes cresceram 156%, entre 2002 e 2005, de acordo com dados da Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os gastos públicos aumentaram 96% no mesmo período, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Levantamento da instituição mostra que no ano passado os governos estaduais e federal aplicaram R$ 68 milhões em defesa sanitária animal, menos do que os R$ 72 milhões alcançados em 2000.

A previsão é de que o governo destine não mais do que R$ 100 milhões à fiscalização de sanidade animal neste ano, montante pequeno e ainda não investido em função das eleições.

Entretanto, o secretário de Defesa Agropecuária, Gabriel Maciel, para 2007 estão previstos R$ 196 milhões em defesa agropecuária. Ele garantiu ainda que não haverá cortes no próximo ano, ao contrário do que ocorreu no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A reportagem é de Neila Baldi, para o jornal Gazeta Mercantil.

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  1. Daniel Savazzi Abreu disse:

    A carne tende, em breve, tornar-se a commoditie mais exportada pelo Brasil, superando a soja – isso deve ocorrer, muito provavelmente, já em 2008 e poderia ter acontecido já em 2006, no máximo 2007, não fossem os focos de febre aftosa encontrados no MS e PR.

    O que fica evidente nestes cortes de verbas proporcionados pelo governo federal com o único intuito de gerar um superávit primário maior – que salta aos olhos dos especuladores internacionais – é que falta foco estratégico na aplicação da verba pública (vide os 96% de aumento nos gastos públicos).

    Verba para agricultura o governo federal tem, pois somente com pessoal do Mapa gasta por ano mais de 1,5 bilhão de reais, na última quarta-feira (01/11) foi liberado verba de 1 bilhão de reais para os leilões de soja e esse ano, o café recebeu nada menos que uma cifra de 1,5 bilhões de reais para custeios de produção.

    A questão sanitária não é simples de se resolver, mas com um esforço conjunto entre governo e iniciativa privada pode ser resolvida em breve.

    O pecuarista brasileiro já possui o bom senso de vacinar o gado, entretanto ainda existem as “maçãs-podres” que acabam por estragar toda a caixa e é justamente neste ponto que o governo deve estar mais atuante, fiscalizar estas tais “maças-podres” e efetivamente atuar na fronteira, evitando o trânsito ilegal dos países vizinhos (principalmente Paraguai e Bolívia).

    A verdade é que o empresário do agronegócio brasileiro é um super-herói, pois além de ter de arcar com os gastos da união, com o recolhimento de impostos exorbitantes, vê-se desprotegido e obrigado a manter-se com custos elevados, decorrentes de embargos que levantam aos seus produtos, gerados por inoperância (incompetência) da união – sem contar os problemas logísticos (mas deixemos esse assunto para uma outra oportunidade).

    A pergunta que fica é a seguinte: será que nosso excelentíssimo senhor presidente da república sabe quanto custa um frigorífico parado?