Parcerias pecuárias – IV
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28 de janeiro de 2003

Saúde animal comemora resultados de 2002

A indústria de produtos para saúde animal encerrou 2002 com o faturamento de US$ 620 milhões e queda de 2,6% sobre o resultado de 2001: US$ 636,6 milhões. As empresas do setor acabam de superar, com méritos, um ano extremamente difícil, marcado pela explosiva desvalorização do real frente ao dólar, fator que afeta diretamente a saúde dos laboratórios, já que o País importa matérias-primas e produtos acabados de várias partes do mundo.

Além disso, as indústrias não suspenderam os investimentos previstos. Novos produtos, modernas tecnologias e serviços exclusivos aos produtores marcaram o ano.

O setor considera-se parceiro do sucesso das exportações de carnes em 2002. Os recordes da carne bovina, suína e de frangos significam, em última análise, a melhoria da saúde dos plantéis brasileiros, já que é consenso que as questões sanitárias são as novas barreiras não-alfandegárias no mercado internacional.

Em que pese à ocorrência de doenças bovinas do Terceiro Mundo, como brucelose, tuberculose, leptospirose e febre aftosa, são incontestáveis os avanços na prevenção. Em 2002, brucelose e tuberculose foram incluídas, pela primeira vez, no Plano Agrícola, com verba de R$ 30 milhões. Nesse ano, as vendas de vacina contra aftosa bateram recordes, alcançando 325 milhões de doses: crescimento de 2,5% sobre 2001, ou oito milhões de doses a mais. Para 2003, a expectativa é utilizar 349 milhões de doses e a indústria já conta com 49 milhões/doses em estoque.

Ainda em relação à aftosa, é preciso mencionar que os laboratórios atenderam à solicitação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e doaram 500 mil doses à Bolívia, para imunização dos rebanhos da fronteira com o Brasil.

Em 2003 haverá muitas novidades. O setor veterinário está em vias de receber um novo regulamento, que substitui o anterior, de 1969, que incorpora boas práticas de produção e moderniza a legislação de registros e a comercialização, além de aprimorar a fiscalização de produtos e estabelecimentos ilegais. Trata-se de uma lei elaborada por técnicos do governo e da indústria durante mais de três anos e vem coroar o trabalho sério de uma atividade que contribui para o fortalecimento do agronegócio brasileiro.

Além disso, entra em vigor a selagem dos frascos de vacinas contra raiva dos herbívoros, já definida pela Instrução Normativa 69, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que certamente proporcionará muitos benefícios ao controle dessa doença.

Fonte: Diário de Cuiabá/MT, adaptado por Equipe BeefPoint

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