A Secretaria de Estado da Agricultura e Política Rural de Santa Catarina vai reunir-se, em breve, com o Sindicato da Indústria da Carne (Sindicarne) em busca de um acordo para beneficiar as futuras exportações catarinenses do segmento. A idéia é agendar também reuniões no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e com o governador Luiz Henrique da Silveira.
A meta é obter R$ 2,5 milhões para a implantação, em Santa Catarina, de um projeto elaborado pelo Instituto Zooprofilático, da Itália, com a intenção de conseguir um certificado no qual o estado seja reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Internacional de Epizootias (OIE). Na etapa inicial do projeto seriam consumidos R$ 1,5 milhão.
O anúncio foi feito ontem, em Florianópolis, pelo secretário Estadual da Agricultura e Política Rural, Moacir Sopelsa, que esteve na Itália a semana passada. “A Itália tem um modelo que pode ser aplicado ao Brasil”, afirmou o secretário.
Circuito pecuário
Segundo Sopelsa, durante o encontro com o diretor do Instituto, Vincenzo Caporale foi feito um contato com a sede da OIE. Apesar de demonstrar ceticismo quanto à implantação de uma política para a sanidade animal no Brasil, a OIE, através de seu presidente, Romano Marabelli, admitiu a possibilidade de declarar ainda este ano Santa Catarina como área livre de febre aftosa sem vacinação.
“Solicitei à OIE que ajude o estado a criar o Circuito Pecuário Catarinense, já que hoje Santa Catarina está junto com o Rio Grande do Sul e Paraná no Circuito Pecuário Sul”, disse Sopelsa.
De acordo com Sopelsa, se conquistar a chancela da OIE, “Santa Catarina abrirá definitivamente as portas para o exigente mercado da Europa”. Atualmente, são poucos os países europeus que importam os produtos agrícolas catarinenses. Enquanto a Holanda é o único importador de suínos, a Itália, Alemanha, França, Bélgica, Dinamarca e Espanha compram frangos e seus derivados.
Fonte: Diário Catarinense (por Sérgio Kraselis), adaptado por Equipe BeefPoint