Uma missão de empresários italianos anunciou nesta quarta-feira, em Chapecó/SC, o fechamento de acordo comercial para a compra de 3.000 a 5.000 animais vivos por ano.
As articulações comerciais e institucionais iniciadas em 2006 para Santa Catarina exportar terneiros para a Itália atingiram resultado positivo: uma missão de empresários italianos em visita à Exposição-Feira Agropecuária, Industrial e Comercial (Efapi 2009) anunciou nesta quarta-feira, em Chapecó/SC, o fechamento de acordo comercial para a compra de 3.000 a 5.000 animais vivos por ano.
Acompanhados do prefeito João Rodrigues e do coordenador geral da Efapi, Américo do Nascimento Júnior, os empresários Fúlvio Fortunati, presidente da União dos Importadores e Exportadores de Carne do sul da Itália (Uniceb), Carlo Siciliani e Saverio Siciliani, de Bari, e Gianluigi Sgarbi, de Monte Carlo, confirmaram o fechamento de acordo para a compra de terneiros. O primeiro embarque está previsto para o início de 2010, através do porto de Imbituba, no litoral catarinense. O montante em divisas que a venda gerará não foi revelado, pois dependerá da situação cambial e do mercado de carnes no primeiro bimestre de 2010.
A operação envolverá os criadores, o Ministério da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), explicou o presidente da Cidasc, Edson Veran, que acompanhou a comitiva. Os produtores rurais construirão em Imbituba um centro de condicionamento e quarentenário de animais. A Cidasc acompanhará o carregamento dos animais nos estabelecimentos rurais, o transporte e o alojamento no quarentenário. O Ministério da Agricultura emitirá as guias de exportação.
Serão investidos R$ 1,8 milhão na construção do centro de condicionamento, ocupando uma área de 33 hectares. Os recursos serão financiados pelo BNDES. Os terneiros serão alojados com peso entre 100 e 120 kg e permanecerão por 30 a 60 dias para serem embarcados em navios rumo à Europa. Na Itália, passarão por período de engorda e serão abatidos com peso entre 400 e 450 kg.
Os terneiros serão fornecidos por um grupo de 360 a 400 criadores das regiões do planalto e do oeste catarinense já selecionados pela Cidasc. Serão aceitos apenas animais de corte de raças européias criados em excelentes condições de sanidade para atender aos requisitos do exigente mercado europeu. O consumidor italiano prefere carnes magras e rejeita altos teores de gordura das raças não-européias.
“Essa será a primeira venda, mas outras operações comerciais se seguirão”, prevê o presidente da Cidasc. O prefeito João Rodrigues destacou que as vendas de terneiro para a Itália beneficiarão diretamente criadores do oeste catarinense, ampliando a renda das famílias rurais. O coordenador da comissão de agropecuária da Efapi, Ricardo Lunardi, festejou: “Santa Catarina começa finalmente a colher frutos da conquista de área livre de aftosa sem vacinação”.
O empresário italiano Fúlvio Fortunati também está analisando a compra de terneiros de raças leiteiras européias para produção de vitelo, opção que também interessa muito aos criadores catarinenses.
As informações são da Efapi, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Operação importante para os criadores de SC,porém ha de se cosiderar como se encontra a produção do produto na região, pois se encontrar-se nos mesmos percentuais da nossa região devera haver em detrimento da procura uma valorização maior pelos bezerros as vezes dificultando a vida dos brasileiros que precisam do mesmo produto para fazerem as suas reposições, produto este que atualmente ja se encontra com um indice de valorização bem acima em comparação com o produto final ” boi gordo “. Importante desenvolver uma forma de motivação para aumento do plantel de vacadas criadeiras para conseguir o equilibrio entre oferta e procura onde viabilizará o negócio nas duas pontas.
Abraços a todos tenham um bom dia…
Parabéns aos produtores de Santa Catarina!
Que esta negociação sirva de exemplo a todos nós pecuaristas.
Santa Catarina tem , de fato, representantes de classe e poder publico na defesa dos interesses de seus produtores rurais.
Sucesso aos pecuaristas catarinenses!!!