Ao longo de 2003, de acordo com levantamento da Scot Consultoria, a defasagem média da cotação do boi gordo rastreado paranaense em relação ao boi gordo paulista, tomando como base os valores a prazo, foi de 1% ou R$0,67/@. Este ano, até ontem (25 de outubro), a defasagem média estava em 2%, ou R$1,25/@.
Contudo, nos últimos dias, a diferença saltou para 6%, ou R$3,50/@. No mesmo período do ano passado, esse deságio era praticamente inexistente. Aliás, era o que realmente se observava no período de entressafra: preços quase iguais entre São Paulo e Paraná.
A defasagem atual é a mais alta registrada desde o final de outubro de 2002, quando também chegou a 6%.
Nos últimos 30 dias a cotação do boi gordo paulista reagiu 2%, enquanto que no Paraná não houve variação. Ao contrário do que se pode imaginar, as escalas paranaenses não estão longas. Atendem, em média, 3 ou 4 dias.
O problema no Paraná é que os abates, para fins de exportação, se concentraram em uma única grande indústria, que no início de setembro deste ano comprou a principal concorrente. Agora, com duas unidades no Estado, a capacidade de abate do frigorífico dobrou, o que lhe confere certa tranqüilidade no atendimento aos pedidos.
Uma das saídas dos produtores paranaenses é negociar com frigoríficos paulistas, que chegam a ofertar, atualmente, R$60,00/@, a prazo, para descontar o funrural pelo boi gordo rastreado do Paraná, R$2,00/@ a mais do que propõem os compradores locais.
Fonte: Scot Consultoria