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Seca no RS e chuva no MT preocupam mercado da soja e refletem em alta na bolsa de Chicago

Na Argentina, depois de um período bastante chuvoso, a seca preocupa. O noroeste do Rio Grande do Sul também enfrenta problemas com a estiagem. No município de Santo Ângelo, onde as lavouras estão formando vagens, não chove há 15 dias. Em Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, o temor é com o excesso de chuvas.

Problemas climáticos em regiões produtoras de soja na Argentina e no Brasil já provocam nervosismo no mercado, com reflexos sobre os negócios na bolsa de Chicago, principal referência para a formação dos preços da commodity. Ontem (22), pressionados pelas tensões com o tempo, os contratos para entrega em março fecharam em alta de 1,58%, cotados a US$ 14,3925 por bushel.

Na Argentina, depois de um período bastante chuvoso, a seca preocupa. O noroeste do Rio Grande do Sul também enfrenta problemas com a estiagem. No município de Santo Ângelo, onde as lavouras estão formando vagens, não chove há 15 dias. “Mesmo que volte a chover, 8% a 10% da produtividade projetada inicialmente pode estar comprometida”, afirmou Laurindo Roberto Nikititz, vice-presidente do Sindicato Rural do município.

Em Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, o temor é com o excesso de chuvas. Na cidade de Nova Mutum, onde chove sem parar há 22 dias, os grãos já estão prontos para a colheita em 15% das propriedades que usam variedades super precoces, mas não podem ser retirados do campo porque as máquinas não entram no terreno molhado.

Em Silomar (GO), 15 dias de chuvas contínuas já fizeram a produtividade esperada cair de 55 sacas para 52 sacas por hectare nos primeiros relatos de colheita. Em Mato Grosso do Sul, as precipitações nas regiões de Coxim e Sonora também já põem a produtividade em xeque, segundo Leonardo Carlotto, engenheiro agrônomo da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). As primeiras amostras revelam rendimentos entre 40 e 45 sacas por hectare, ante uma expectativa inicial de 55 sacas.

No começo do mês, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma produção de soja recorde, de 82,7 milhões de toneladas – crescimento de 24,5% em relação à safra passada.

Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

 

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