O controle nacional da aftosa será tema de conversa de secretários de Agricultura de 16 estados com o ministro Reinhold Stephanes. O encontro está marcado para amanhã, em Brasília. Sete estados de fronteira vão apresentar as propostas para intensificar o controle da doença na região da fronteira brasileira com Paraguai, Argentina e Bolívia.
O controle nacional da aftosa será tema de conversa de secretários de Agricultura de 16 estados com o ministro Reinhold Stephanes. O encontro está marcado para amanhã, em Brasília.
Sete estados de fronteira (Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) vão apresentar as propostas para intensificar o controle da doença na região da fronteira brasileira com o Paraguai, Argentina e Bolívia.
Também participarão do encontro os secretários de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Pará, Sergipe e Tocantins. O secretário da Agricultura de São Paulo, João Sampaio, também discutirá o problema dos embargos. “A União Européia e Chile precisam olhar São Paulo mais de perto para que este status sanitário seja alterado. Os prejuízos já ultrapassaram os limites do nosso pecuarista”, defendeu o secretário.
Cada um dos estados de fronteira vai apresentar seu projeto, com a indicação dos recursos necessários para intensificação do controle da aftosa. A reivindicação é pela aprovação dos projetos e liberação total das verbas para a defesa sanitária.
O uso do exército para controle do trânsito de animais e produtos na fronteira também será debatido. Os secretários de Agricultura pedirão, ainda, que o governo federal intensifique as negociações com os países vizinhos para, juntos, se adequarem a todas as normas de vigilância sanitária. As informações são da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo.
0 Comments
Acredito que a “tecla” que mencionei na minha entrevista ao BeefPoint poderia ser repetida novamente neste comentário para que os leitores menos atentos possam ter acesso a informação que enfatiza de certa forma parte do editorial do Miguel sobre a crise da aftosa no Brasil. Contudo, tendo em vista o espaço reduzido, acredito ser pertinente dedicá-lo mais uma vez ao comentário do Diretor Executivo da Associação dos Exportadores de Carnes Argentinas:
“La nota del Dr. J. Oshiai aborda varias cuestiones de interés para el éxito futuro de las exportaciones de carnes bovinas del MERCOSUR. El propósito de la presente es destacar sólo dos que considero necesarias y determinantes para construir un modelo internacional competitivo:
a) desarrollar a nivel MERCOSUR un sistema armonizado de información con registro de predios, identificación, registro y trazabilidad del ganado que atienda todas las necesidades de información, tanto en el campo sanitario como para formular estrategias y políticas sectoriales y;
b) contar en la región con un plan de erradicación de aftosa y una organización institucional sanitaria supranacional tanto para esta enfermedad como para todo lo relacionado con la certificación sanitaria de exportación.
Es impensable una agroindustria bovina exitosa del MERCOSUR si no se otorgan garantías creíbles a la certificación y si no se remueve definitivamente la fiebre aftosa de los rodeos de la región.
Por lo que parece oportuna la sugerencia del Dr. Oshiai para crear un sistema sanitario armonizado en el MERCOSUR y una instancia institucional supranacional similar a la SANCO de la UE a lo que agrego la necesidad de armonizar los sistemas para la identificación, registro y trazabilidad del ganado»
À luz do que precede, e tendo em vista as recentes iniciativas dos Secretários da Agricultura de diversos Estados brasileiros em relação ao tema de aftosa, me parece óbvio que existe interesse das autoridades competentes em agir de forma pró-ativa para tentar obter uma “resposta” favorável da parte comunitária para uma crise que ultrapassa 17 meses. Deixo aqui um “food for thought” para a nova liderança do MAPA que conta inclusive com novo assessor (Ribas) e novo Secretário da Defesa Animal (Kroetz) que talvez ainda não tenham lido o conteúdo da minha entrevista com a devida atenção – favor não tentar inventar a roda que já existe!
Cordialmente,
Jogi Humberto Oshiai