A cadeia de gado e carne da Argentina aguarda com grandes expectativas a abertura tardia do mercado norte-americano após a reunião entre os presidentes Donald Trump e Mauricio Macri já que, segundo a comunicação oficial, “os dois líderes destacaram seu compromisso contínuo com a expansão do comércio e investimentos entre a Argentina e os Estados Unidos.”
Nessa comunicação, também se afirma que “reconhecendo a importância do comércio de produtos agrícolas para a relação econômica entre a Argentina e os Estados Unidos, os presidentes instruíram seus gabinetes para traçar rapidamente um caminho para a resolução de questões agrícolas bilaterais de acordo com princípios científicos e padrões internacionais.”
“Este acordo poderia finalmente desbloquear o processo de abertura para a carne argentina, um negócio de 20 mil toneladas que, em termos econômicos, poderia chegar a US$ 100 milhões por ano”, disse Ulises Forte, presidente do Instituto para a Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA).
Vale lembrar que o Instituto colabora há anos com recursos financeiros significativos para o apoio de ações internacionais realizadas pelo Governo Nacional para a reabertura do mercado.
Na mesma linha, a cadeia espera que a próxima visita do presidente Macri para a China e o Japão sirva para aumentar as exportações de carne argentina.
No caso da China, o atual principal comprador em volume, há anos está trabalhando na expansão do protocolo sanitário para enviar carne com osso e refrigerada. Por outro lado, o governo do Japão parece disposto a abrir a discussão para a entrada da carne argentina após a sua visita ao país, ocasião em que elogiaram o sistema nacional sanitário e avançaram na abertura da Patagônia.
Sendo que a Argentina cumpre todos os padrões sanitários estipulados pela OIE para os países livre de aftosa com vacinação e considerando os elogios do Japão ao sistema de produção do país, o encontro entre os líderes poderia significar o pontapé inicial para uma abertura mais cedo.
O mercado japonês é quase uma “meca” para os exportadores globais, dados os altos valores pagos.
Fonte: Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.