Esta foi uma semana de alta no mercado, ocorrendo valorização do indicador Esalq/BM&F (tanto de boi bordo quando de bezerro) e nas cotações do mercado físico na maioria das regiões pecuárias do país. A BM&F fechou em alta com variação positiva em todos os vencimentos e no atacado a carne também subiu. Depois de um período de quedas consecutivas o mercado voltou a firma e existe forte tendências de alta para os próximos dias.
Esta foi uma semana de alta no mercado, ocorrendo valorização do indicador Esalq/BM&F (tanto de boi bordo quando de bezerro) e nas cotações do mercado físico na maioria das regiões pecuárias do país. A BM&F fechou em alta com variação positiva em todos os vencimentos e no atacado a carne também subiu. Depois de um período de quedas consecutivas o mercado voltou a firma e existe forte tendências de alta para os próximos dias.
O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 62,44/@, nesta quarta-feira, alta de 2,78% em relação a semana passada. Da mesma forma o indicador a prazo teve alta de 2,74%, sendo cotado a R$ 63,09/@. Apesar da recuperação que vem acontecendo, a cotação atual ainda é 2,61% inferior aos valores de 30 dias atrás.
Diante da valorização do indicador de boi gordo a relação de troca na reposição também seguiu em alta durante a semana, saindo de 1:2,16 no dia 26/09 e chegando ao valor atual de 1:2,21. O indicador Esalq/BM&F bezerro MS à vista foi cotado a R$ 465,33/cabeça, alta de 0,28%, com relação ao mesmo período do ano passado o indicador de bezerro teve aumento de 25,23%.
O dólar recuou 1,18%, sendo cotado a R$ 1,827. Com isso o indicador de boi gordo em dólares está cotado a US$ 34,18/@, alta de US$ 1,32 na semana. De acordo com matéria do jornal o Estado de S. Paulo, a pesquisa Focus divulgada essa semana pelo Banco Central (BC) apontou redução nas projeções do dólar para o final do ano de R$ 1,90 para R$ 1,86. Mas há quem aposte em cotações ainda menores. “Se nada mudar no cenário econômico, o câmbio poderá terminar o ano em R$ 1,70”, disse o estrategista da Arx Capital Management, Sérgio Goldenstein.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
No mês passado o país arrecadou através das exportações de carne bovina in natura, US$ 291,30 milhões, a receita foi 4,9% inferior ao valor do mês de agosto. Foram exportadas 12.072 toneladas (10,9%) a menos do que no mês de agosto, em setembro o volume exportado foi de 98.500 toneladas. Essa diminuição no volume das exportações pode ser explicada pelo fato de estarmos no meio da entressafra, quando a quantidade de animais prontos para abate é menor.
Tabela 2. Exportações de carne bovina in natura
Gráfico 2. Preços médios das exportações de carne bovina in natura desde fevereiro de 2002
Em 14 de setembro, o mercado futuro de boi gordo da BM&F negociou, em um único dia, 11.201 contratos (224,02 mil cabeças), superando o recorde anterior (16 de agosto de 2007, de 11.023 contratos). Em setembro, foram comercializados 108.899 futuros de boi gordo, resultado 152,13% superior aos 43.191 contratos futuros de boi gordo negociados em setembro de 2006.
No acumulado de 2007, até o final de setembro foram transacionados 603.095 contratos de boi gordo (futuro e opções), o que representa 12,06 milhões de cabeças, crescimento de 146,25% em relação aos 244.913 contratos acumulados de janeiro a setembro de 2006 e 53,36% ante o volume total de 2006 (393.250 contratos).
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&F e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 26/09/07 e 03/10/07
O mercado de reposição segue no mesmo ritmo das últimas semanas, com pouco movimento. Neste momento mesmo com a arroba do boi gordo em alta nas principais regiões pecuárias do país e expectativas de preços mais altos, o mercado de reposição se mostra lento e ainda existe um clima de incerteza, que tem reduzido as negociações.
Os três cortes primários tiveram alta no atacado da carne bovina essa semana. Foram registradas altas de R$ 0,20 nas cotações do traseiro (R$ 5,10), dianteiro (R$ 3,10) e ponta de agulha (R$ 2,80). O equivalente físico acumulou alta de R$ 3,00, ficando em R$ 60,32/@. A diferença em o indicador Esalq/BM&F boi gordo e o equivalente físico está em R$ 2,13/@, sendo que a média de 2007 é de R$ 5,73/@. Lembrando que quanto menor a diferença maior é a margem bruta do frigorífico. Com o pagamento dos salários e o feriado da semana que vem o consumo deve aumentar.
Gráfico 4. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x equivalente físico
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Boi gordo hoje é mercadoria rara.
Até os marchantes do interior do estado da Bahia estão pagando preços próximos aos das grandes praças como Feira de Santana e Salvador, algo em torno de R$ 57,00 para terem mercadoria de boa qualidade para vender. É que só fica no interior vacas e o gado de 2ª, animais com 13@ em média.
Aqui, em Rondônia, apesar do excelente plantel os preços praticados pelos frigoríficos, são, em média,10 a 12 reais por @ a menos que São Paulo e os insumos são os mais caros do país. Todo ano ficamos aguardando os meses de outubro/nov/dez para ganhar algum dinheiro, e haja proteinado.
Nesse ano, parece que a coisa promete e deveremos ter um bom lucro (espero). No Brasil não tem boi, em Rondônia tem. Paguem um preço justo que o boi aparece. Novembro será o nosso mês.
Um abraço