Atacado – 05/05/11
5 de maio de 2011
Mercados Futuros – 05/05/11
6 de maio de 2011

Semana de baixa: indicador recua para R$ 104,62@

Nesta semana a pressão sobre os preços da arroba continuou forte e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista acumulou desvalorização de 2,37% nos últimos sete dias, sendo cotado a R$ 101,85/@ na última quarta-feira. O indicador a prazo registrou cotação de R$ 104,62/@, com variação negativa de 0,95%. Compradores pressionam e forçam retração nos preços da arroba de olho no frio e esperando maior oferta de animais para os próximos dias.

Nesta semana a pressão sobre os preços da arroba continuou forte e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista acumulou desvalorização de 2,37% nos últimos sete dias, sendo cotado a R$ 101,85/@ na última quarta-feira. O indicador a prazo registrou cotação de R$ 104,62/@, com variação negativa de 0,95%.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio

No mercado futuro, os contratos de boi gordo negociados na BM&FBovespa também acompanharam esta retração. O primeiro vencimento, maio/11, fechou a R$ 99,76/@ no pregão da última quarta-feira, acumulando desvalorização de R$ 1,44 na semana. Outubro/11 apresentou queda de R$ 2,28, fechando a R$ 103,82/@.

Gráfico 1. Variação semanal do indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista e dos contratos futuros de boi gordo negociados na BM&FBovespa

Segundo o Cepea, os frigoríficos estão mais resistentes quanto aos valores negociados, à espera de que a oferta aumente, segundo informam colaboradores. Isso porque, diante do clima mais frio, pecuaristas poderiam elevar a disponibilidade de boi antes que as pastagens percam qualidade e os animais emagreçam.

Lygia Pimentel comentou que as “escalas em SP hoje estão entre 3 e 4 dias. No mesmo período do ano passado, as escalas atendiam uma média de 8 dias. É safra, fato! Mas não tá fácil”.

“Acabei de falar com um frigorífico grande e a R$ 96,00 no MS não está comprando nada, escala para quarta-feira e bem vazia”, informou Giuliano Benez.

Segundo Breno Maia, “boi no MS já tem preço diferente e mesmo assim não teve muito sucesso não”.

“Boi abaixo de R$100,00 em São Paulo ainda não emplacou”, Caio Junqueira Neto.

Segundo Daniel Luizari Netoo mercado do boi gordo está sem oferta. “Pecuaristas resistem a preços menores do que foi comercializado, o gado que está na escala até dia 12 é de R$ 102,00 à vista”.

“As escalas começam encurtar em várias praças, demonstrando que nesses níveis de preços não entra boi com volume. Começam a surgir negócios com preços mais altos, tanto no MS como em SP, nas mínimas dessas duas praças praticamente não entra mais boi”, comentou Diogo Castilho.

Apesar da pressão e dos recuos da última semana, a maioria dos leitores do BeefPoint, que participaram da enquete sobre expectativas de preços da arroba, não aposta queda muito bruscas nos próximos dias. Até o momento foram mais de 160 participações e os resultados parciais estão nos gráficos abaixo. Clique aqui e participe também nos enviando suas opiniões.

Gráfico 2. Qual será o MENOR valor da arroba durante a SAFRA de 2011?

Gráfico 3. Qual será o MAIOR valor da arroba durante a ENTRESSAFRA de 2011?

Segundo o Boletim Intercarnes, a procura (atacado) segue inalterada contrariando as expectativas previstas. No contexto geral as ofertas se apresentam com volumes mais regulares. As tendência são de manutenção a estabilidade, ainda que atual quadro de mercado apresente-se truncado e indefinido com relação a procura e preços, porém as expectativas são de recuperação nas vendas (atacado e varejo) para o final semana.

Fabiano Tito Rosa comentou que a carne com osso está em baixa no atacado, como já era esperado e semana que vem deve cair mais. “O varejo já se abasteceu para atender pagamento de salários e dias das mães, o melhor momento para o atacado já foi”, completou.

No atacado paulista, o equivalente físico foi calculado em R$ 95,28/@, com variação positiva de 0,55% na semana. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente recuou para R$ 6,57/@, ainda acima da média dos últimos 12 meses que é de R$ 5,73/@.

Tabela 2. Atacado da carne bovina

Exportação de carne bovina in natura

Segundo os dados preliminares do MDIC, no mês passado os exportadores brasileiros de carne bovina in natura enviaram ao exterior 67.100 toneladas do produto, responsáveis pela receita de US$ 340,4 milhões.

A receita apurada em abril foi 13,41% inferior aos resultados do mês de março e 13,39% acima do realizado no mesmo período de 2010. Na comparação com o mês passado, o volume exportado apresentou uma retração de 15,70% e foi 14,44% inferior aos números de abril de 2010, quando foram exportadas 78.426 toneladas de carne bovina in natura.

Tabela 3. Exportações brasileiras de carne bovina in natura

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