Síntese Agropecuária BM&F – 28/02/05
28 de fevereiro de 2005
Ciência, mercados e políticas agrícolas
2 de março de 2005

Senhor dos Mares fatura R$ 6,09 milhões

O faturamento do leilão Senhor dos Mares, que ofertou 42 lotes de embriões nelore de elite, chegou a R$ 6,09 milhões, valor superior ao ano passado, que registrou R$ 5,5 milhões em negócios.

Diferentemente de 2004, quando foram vendidas somente prenhezes, nesta segunda edição o Senhor dos Mares negociou em cotas 50% da propriedade do bezerro Netuno, que alcançou o preço de R$ 1,68 milhão. Com este diferencial, a média geral do leilão também superou a do ano anterior, chegando a R$ 141,8 mil por lote. Se consideradas apenas as prenhezes, a média foi de R$ 105,2 mil.

O lote mais caro foi a prenhez da vaca Essência com o touro Big Ben, vendida por R$ 280 mil. O comprador foi Alfeu Crozato Mozaquatro, da Agropecuária M4, de São José do Rio Preto (SP). O vendedor do embrião foi também o empresário que mais faturou no leilão, Márcio Mesquita, da Unimar, Universidade de Marília (SP).

“Foi um resultado compatível com a expectativa, está provado que a qualidade fala mais alto, nem é preciso ser fazendeiro para investir na raça nelore”, comemorou um dos idealizadores do leilão, o empresário Frank Wlasek, da Fazenda Oriente, de Valença-RJ.

O evento foi transmitido ao vivo pelo Canal Rural, que garantiu boa parte dos lances por telefone. O leilão a bordo de um navio foi realizado pela primeira vez no ano passado, mas os pacotes turísticos do mini-cruzeiro eram abertos ao público em geral. Mais de 500 pessoas fizeram o cruzeiro, além de criadores que embarcaram somente na noite do remate. “É um leilão difícil de promover mas, como se trata da abertura da temporada de negócios, o esforço vale a pena”, diz o criador Oswaldo Pitol, de Londrina (PR), do grupo organizador do evento.

Pitol entrou há apenas um ano nos negócios do nelore de elite. O pecuarista iniciou a compra de embriões nelore de elite no primeiro Leilão Senhor dos Mares, em fevereiro de 2004. Com negócios em sete ramos de atividade, entre os quais as indústrias química e farmacêutica, além da produção de sementes de soja, Oswaldo Pitol calculou em detalhes as possibilidades de ganho ao ingressar nos leilões da raça. “É um dos raros negócios no Brasil atualmente em que o retorno do investimento vem em três anos”.

Fonte: Clic RBS/Agrol, adaptado por Equipe BeefPoint

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