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27 de julho de 2010

Setor questiona estratégia de financiamento do BNDES

A estratégia oficial de turbinar frigoríficos para transformá-los em gigantes mundiais está prestes a bater a marca de R$ 18,5 bilhões recebidos do Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico e Social (BNDES). A maior parte desse dinheiro vem sendo aplicado no JBS e no Marfrig para financiar uma campanha agressiva de aquisições de concorrentes no Brasil e no exterior.

A estratégia oficial de turbinar frigoríficos para transformá-los em gigantes mundiais está prestes a bater a marca de R$ 18,5 bilhões recebidos do Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico e Social (BNDES). A maior parte desse dinheiro vem sendo aplicado no JBS e no Marfrig para financiar uma campanha agressiva de aquisições de concorrentes no Brasil e no exterior. Até agora, o banco estatal já desembolsou R$ 16 bilhões com o setor – R$ 6 bilhões em empréstimos e R$ 10 bilhões na aquisição de participação acionária. Outros R$ 2,5 bilhões foram prometidos na semana passada ao Marfrig, para financiar mais uma compra: a da americana Keystone Foods.

A política do governo de criar grandes multinacionais brasileiras voltou ao debate com a campanha eleitoral e a discussão sobre o papel do BNDES no próximo governo. Nos frigoríficos, a tática de “engorda” começa a entusiasmar os investidores, que enxergam oportunidades de lucro com os papéis dessas empresas. Mas incomoda concorrentes menores e pecuaristas, aborrecidos com a concentração de poder. Uma das críticas é que o BNDES estaria subsidiando empresários que poderiam se virar sozinhos. O banco, porém, afirma que a maior parte do dinheiro investido nos frigoríficos não é subsidiado pelo Tesouro Nacional, nem sai do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT). São recursos captados com investidores pela BNDESPar, subsidiária do banco.

Empresários do setor, que pedem anonimato por medo de contrariar o governo, questionam a escolha dos parceiros do BNDES. Cerca de 3 anos atrás, outro frigorífico importante, o Minerva, procurou o banco na tentativa de conseguir apoio para sua expansão. Saiu de mãos vazias. Enquanto isso, apoiado pelo banco estatal, o JBS tornou-se o maior produtor de carne processada do mundo. No setor, circula a versão de que um dos pontos fortes de JBS e Marfrig são suas conexões políticas. Líderes num setor que exibe margens de retorno baixas e riscos altos, a avaliação do mercado é que essas empresas não teriam ido tão longe sem o BNDES – já que os investidores passaram a olhar os frigoríficos com mais interesse há pouco tempo. Executivos da área também questionam o perfil das aquisições internacionais – boa parte são companhias em dificuldades financeiras.

As informações são da Agência Estado, publicadas pelo Só Notícias, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Luiz Sérgio Dias da Silva disse:

    A atividade frigorifica é privada.
    A estrategia deve ser Privada.
    Os recursos, sejam eles quais forem, devem ser distribuidos de forma equanime e proporcional entre todos que exercem a atividade. A concentração viria então de forma natural e como premio aos mais habeis/capacitados.
    Qualquer coisa que saia deste eixo soa como privilegio ou protecionismo.

    O volume de dinheiro ja entregue a apenas algumas empresas está muito, muito além do que manda o bom senso.

  2. Armando Gomes de Almeida disse:

    é impressionte, que o BNDS tem recusado financiamento de médios produtores, para financiar descaradamente,para os grandes frigorificos, criando monopólio, deixando os pecuaaristas sem opção para quem vender, não havendo plantas não há concorrencia , e o governo contribui para isso, tudo o que não pode acontecer

  3. GILMAR OCCHI disse:

    A coerência é a mãe da sustentação
    e não é que estamos vendo, o governo federal comete grave erro em amparar somente duas empresas do segmento frigorífico, concordo com a tese de fortalecer empresas com mais agressividade no entanto a pulverização de recursos em empresas do ramo sustenta mais o segmento, até porque amanha poderemos estar na mão de somente duas empresas e o BNDS estaria obrigado a manter em pé essas empresas mesmo que não tenham sustentação, o que esta acontecendo é muito perigoso no ponto de vista econômico e aos produtores de matéria prima o risco ainda é maior, pois esses podem manipular todo o processo, desde a produção até o fornecimento final do produto já pronto, Acredito que a forma de sustentar o segmento seria priorizar novas empresas mas, não como já tem acontecido jogar dinheiro ao vento emprestando para quem não provar sua sustentação, outro ponto importante é da parte produtora que ainda não acordou para processar seu próprio produto e isso seria muito facil se olharmos o potencial de uma associação ou cooperativa e com maior segurança a mãe BNDS.
    GILMAR OCCHI- MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL

  4. Marcos Renato de Miranda Gomes disse:

    Essa é uma afirmativa de apenas um lado das versões, pois, ao que consta a todos, ambas as empresas, JBS e Marfrig, ainda não fizeram nenhum tipo de investimento errado, ou seja, cada centavo que o BNDES investe, tem lucro de retorno garantindo, mostrando assim uma sustentação e segurança que tantos outros não fizeram, como os tantos frigoríficos que tem fechado as portas sem se quer honrar compromissos trabalhistas e compromissos com pecuaristas.

  5. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Bom….

    Pelo menos chegou a grande mídia esta situação.Vamos aguardar e ver no que dá…

    Talvez uma pizza ou um churrasquinho que com certeza será amplamente noticiado pela revista Caras.Como sinto falta da revista Bundas!!!

    Vamos votar em quem,Dilminha paz e amor,mãe do PAC,do trem bala,mãe do tchok?

    Este governo é mesmo muito curioso,o Lula não sabe de nada.Quando não é bom para ele,parece o Ricupero “O que é bom eu promovo,o que não é eu jogo para de baixo do tapete”,lembram disso?

    Como disse,o Lula não sabe nem que o filho dele,que antes dele (Lula) ser eleito,lá no primeiro mandato,era um subalterno numa empresa qualquer,parece que fazia programas para computadores,ai o Lulinha se elegeu,o cara (filho do Lulinha,paz e amor) comprou uma fazenda de porteira fechada no interior de São Paulo,mas tudo bem,terra em São Paulo é barato mesmo,quase de graça,qualquer um pode comprar.

    Depois o cidadão,filho do Lulinha paz e amor,virou sócio de outra mega empresa na área de computação.

    O Zé Dirceu,o Genuíno,e toda cambada que faziam parte do mensalão,são todos santos,só gente boa!

    Tenho certeza absoluta que eles não estão por traz destes pequenos empréstimos,de ninharias,poucos bilhões apenas,que vai para alguns poucos frigoríficos.

    Tenho absoluta certeza também que não tem,não existe,político neste país ganhando com este trem da alegria.

    O PT,baluarte da razão,baluarte honestidade,baluarte da ética,e ai vai….”Nunca antes neste país….”

    Rsrsrs,somos verdadeiros idiotas.

    O que se poderia esperar de um partido que nasceu de um sindicato?

    De dez entre dez sindicatos que existem neste país,quantos se prestam a fazer aquilo para que foram criados para fazer?

    Dimilnha paz e amor?!

    A pensar que a bolsa despencava e o dólar subia as estratosferas,quando o Data Folha informava que o Lula estava na frente….

    Os empresários em sua imensa maioria acreditavam que o país sofreria um choque de idéias comunas,rsrs,ta ai,os caras vão sair deste governo bilherdários,mas o Lula não sabe de nada.Continua pobrezinho de maré – maré.

    E o cassado foi o Color.Diga-se de passagem por muito menos.

    Ciranda,cirandinha vamos todos cirandar,vamos dar a meia volta,volta e meia vamos dar.

    Agradeçamos a São Lula,e outros santos de hierarquia menor,mas de apetite tão grande quanto ou ainda maior.

    O Lula não sabe de nada.E ta falado.

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.