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Sicadergs: abates caem 16,5% no RS até março

O balanço trimestral dos frigoríficos gaúchos apontou queda de 16,5% nos abates com inspeção estadual e federal. Este ano foram abatidas 404.766 cabeças. Os frigoríficos alegam que um dos problemas é a alta do preço do boi gordo.

O balanço trimestral dos frigoríficos gaúchos apontou queda de 16,5% nos abates com inspeção estadual e federal. Este ano, até março, foram abatidas 404.766 cabeças.

Para o presidente da Federação da Agricultura (Farsul), Carlos Sperotto, a situação é reflexo da abertura do mercado russo para os demais estados brasileiros, reduzindo o volume importado do Rio Grande do Sul.

Já os frigoríficos alegam que um dos problemas é a alta do preço do boi gordo. “Desde o início do ano vivemos um período de pouca oferta de gado. Isso tem aumentado os preços e tirado a competitividade. Ainda há falta de gado, o que tem causado esse desempenho negativo”, argumentou o presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen.

O resultado da crise, segundo o Sicadergs, é que 750 funcionários dos 7,5 mil empregados das 60 indústrias filiadas teriam sido demitidos neste ano. Informação desconhecida pelo presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Rio Grande do Sul, Darci Rocha.

Para o responsável pelo grupo de pecuária do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Estado, Fernando Adauto Souza, a crise da pecuária e a seca de 2004 e de 2005 são as razões para a atual redução da oferta de boi gordo no estado. As informações são do jornal Zero Hora.

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  1. Julio M. Tatsch disse:

    Dois aspectos essenciais o Pres. do Sicadergs omite.

    Primeiro, o volume de carne maturada e desossada importada pelos seus afiliados são em volumes muito superiores aos anos de 2005 e 2006. Os frigoríficos estão preferindo importar carne, a abater os bovinos gaúchos. Pois os preços de compra da carne são inferiores aos gaúchos e as diferenças estão sendo embolsadas pelos demais entes da cadeia da carne, não sendo repassados aos consumidores finais. Portanto oferta existe, o que não existe é vontade de compra.

    O segundo ponto são os preços da reposição, todos superiores ao quilo do gado gordo, resultado dos preços praticados pelos frigoríficos nos anos anteriores, abaixo do custo de produção, com conseqüente abate excessivo de fêmeas, desestruturando o setor produtivo.

    Portanto os frigoríficos estão colhendo o que semearam. Agora chegou o momento de devolverem aos pecuaristas parte dos seus gordos lucros do passado. Ou a lei da oferta e da procura, só vale quando se está obtendo lucro?

    Lembrando ainda que a carne gaúcha possui o maior percentual de raças européias, com qualidade diferenciada, reconhecida internacionalmente, portanto merecendo preço diferenciado.

    Julio Tatsch