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Sicadergs entra com mandado de segurança para garantir inspeções

A greve iniciada ontem pelos fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também começa a causar transtornos no Rio Grande do Sul. Cento e quarenta caminhões com cinco toneladas de produtos estão parados nos postos de fiscalização estadual, com exceção do Porto de Rio Grande. O Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do RS (Sicadergs) entrou com processo na Justiça para garantir que o setor não seja prejudicado.

Os fiscais gaúchos, cuja adesão, segundo o presidente da associação da categoria no RS, Mário Lopes, é de quase 100%, decidiram manter a paralisação até amanhã, quando ocorrerá nova assembléia geral.

Segundo ele, a categoria manteve os serviços emergenciais de fiscalização animal e vegetal, como os realizados em frigoríficos e em pontos de fronteira no RS. “Só não estamos realizando a certificação. Não vai haver desabastecimento”.

De acordo com a Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários do Mapa (Afama), os profissionais decidiram manter a greve por tempo indeterminado, rejeitando o prazo para negociação sugerido pelo Mapa, de 15 dias.

Em nota divulgada ontem, o Sicadergs informa que ingressou com mandado de segurança na 4a Vara Federal Cível da Capital, pedindo garantias para que a inspeção dos abates e a comercialização de carnes não sejam prejudicadas. A ação foi impetrada conjuntamente pelos sindicatos das indústrias de Produtos Suínos, de Laticínios e Produtos Derivados, de Produtos Avícolas e da Alimentação do RS.

Conforme o documento, a interrupção do trabalho repercute em mais de 50 mil empregos diretos. O frigorífico Mercosul, com plantas em Bagé, Capão do Leão e Alegrete, onde ocorrem abates para exportação, poderá ter uma redução, a partir de hoje, de 25% em sua produção “perda próxima a um milhão de dólares por semana”, calcula o diretor da empresa, Mauro Pilz.

O delegado do Mapa no RS, Francisco Signor, afirma que a delegacia no estado acompanha a mobilização. “Queremos tentar minimizar os efeitos negativos, evitando maiores prejuízos”.

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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