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Sindicarne prevê estabilidade em GO

Ao contrário do que acham as entidades de pecuaristas, o Sindicato das Indústrias de Carnes do Estado de Goiás (Sindicarne) prevê que os preços do boi gordo permanecerão estáveis pelo menos nos próximos 30 dias. O presidente do sindicato, José Magno Pato, argumentou que a oferta continua normal e o consumo estável, nada fazendo supor movimento brusco das cotações para cima ou para baixo.

Ele considerou que, em princípio, os preços de animais para abate devem iniciar o movimento de alta a partir do final de junho, dependendo do comportamento dos próprios pecuaristas.

Pato explicou que é comum nessa época do ano, principalmente quando ocorre frios mais intensos, os produtores se apressarem em descartar animais de abate, para que não percam peso com o ressecamento das pastagens. “Se isso ocorre, é claro que há uma inversão das expectativas, pois o excesso de oferta acaba induzindo á baixa de preços, apesar da entressafra”, argumentou.

O sindicalista acrescentou, ainda, que se o câmbio continuar em baixa poderá tornar-se mais um fator atenuante das expectativas de alta para o boi gordo, já que a carne brasileira perderá competitividade no exterior e se voltará para o mercado interno, gerando excesso de oferta.

A avaliação do presidente do Sindicarne é de que até agora a oferta e a procura por animais de abate continua equilibrada no estado, em parte porque ainda não ocorreu temperaturas baixas o suficiente para deteriorar as pastagens. Segundo ele, a arroba do boi gordo vem sendo cotada entre R$ 48,00 e R$ 50,00, dependendo da região, enquanto a da vaca, que há dias se mantinha estabilizada em R$ 43,00, no final de semana apresentou uma pequena reação e ontem já era comercializada a R$ 44,00.

Ele prevê que o aumento será repassado para o consumidor, até porque o preço da vaca-casada no atacado, ao redor de R$ 2,50 o quilo, também está baixo. “Para que haja um certo equilíbrio, é preciso que esse preço aumente pelo menos para R$ 2,70 ou R$ 2,80”, avaliou. Ele ponderou, porém, que embora o consumo não esteja em baixa, o segmento sempre demonstra grande sensibilidade às elevações de preços.

Fonte: O Popular/GO, adaptado por Equipe BeefPoint

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