O setor de alimentação animal confirmou as projeções otimistas divulgadas no primeiro semestre e informou avanço de 15,4% no acumulado de janeiro a setembro/2007. De acordo com estimativas do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a perspectiva é de crescimento de quase 11% em 2007, em comparação a 2006. No acumulado de janeiro a setembro, o segmento que apresentou maior crescimento no consumo de ração em relação ao mesmo período do ano anterior foi a bovinocultura.
O setor de alimentação animal confirmou as projeções otimistas divulgadas no primeiro semestre e informou avanço de 15,4% no acumulado de janeiro a setembro/2007. De acordo com estimativas do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a perspectiva é de crescimento de quase 11% em 2007, em comparação a 2006.
Segundo o Sindirações, os fatores conjunturais e interdependentes que delinearam essa mudança de cenário foram: a recuperação dos plantéis de aves, que sofreram forte retração em 2006; a recuperação da suinocultura, que devido aos surtos de aftosa no final de 2005 tiveram o desempenho prejudicado; o favorecimento do consumo de ração na bovinocultura de corte pelas exportações, bons preços do boi vivo e sensível migração para o regime de semi-confinamento; o estímulo da produção de rações na bovinocultura leiteira através dos bons preços do leite no período.
A evolução na quantidade produzida de ração, entretanto, tem sido ofuscada pelos altos custos operacionais, mão-de-obra, energia, serviços, combustíveis e transporte, além do forte aumento dos insumos que comprometem a lucratividade.
Ao mesmo tempo, os insumos básicos importados (vitaminas, aminoácidos e enzimas) apresentaram custos de aquisição elevados neste ano e devem manter essa tendência por causa da forte demanda global. Na mesma direção seguem as commodities agrícolas (milho, soja e farelo de trigo), influenciadas pela cotação internacional e avidamente disputadas no mercado externo.
No acumulado de janeiro a setembro, o segmento que apresentou maior crescimento no consumo de ração em relação ao mesmo período do ano anterior foi a bovinocultura. A demanda de rações para aves subiu quase 13%; enquanto para suínos, 12%.
No último trimestre do ano, o melhor desempenho relativo deve ficar com a produção de rações para a bovinocultura de corte, com crescimento de 54% em relação ao mesmo período do ano passado.
Enquanto 2006 fechou o ano com produção de 48,4 milhões de toneladas de ração, esse ano deve encerrar com mais de 53,5 milhões de toneladas – em um setor que deve movimentar US$ 10 bilhões. Em relação ao ano passado, analisando as projeções para o fechamento do ano, o maior crescimento percentual na produção de rações deve ser na bovinocultura, com mais de 21% – considerando-se apenas os bovinos de corte, essa porcentagem sobe para 35%.