O Sindirações – Sindicato Nacional da Indústria da Alimentação Animal – anuncia que, em 2003, a produção global de ração balanceada para animais atingiu a marca de 40,8 milhões de toneladas, uma queda de cerca de 2,5% em relação ao ano anterior. Apesar da retração do mercado, o faturamento global do setor manteve-se na casa dos US$ 7 bilhões, representando quase 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2004, as metas são ambiciosas: as indústrias projetam um crescimento de até 5%, retomando a série de resultados positivos dos últimos anos.
A retração na produção em 2003 interrompe um ciclo de crescimento continuado que se registrava há anos, particularmente desde 2000 (naquele ano a produção fora de 34,4 milhões toneladas, passando para 38,8 milhões em 2001 e 41,6 milhões em 2002). De acordo com o Sindirações, os fatores que mais contribuíram para a queda na produção foram a redução do poder aquisitivo do brasileiro e o desemprego. Mesmo o recorde nas exportações de carnes bovina, suína e de frango (cujas indústrias são grandes compradoras de ração) não compensou a baixa no consumo nacional.
Para 2004, a entidade prevê, ainda, que uma possível alta dos preços da soja e do milho (que compõem 80% da ração animal) possa refletir-se nos preços para o consumidor final das carnes de frango e porco (já que a ração representa 70% do preço final da carne). “Os custos serão repassados ao consumidor final. Assim, dependemos do aumento do poder aquisitivo do brasileiro para atingirmos nossas metas”, alerta Mario Sergio Cutait.
O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações – é o principal fórum de discussão de todos os temas relacionados à alimentação animal, além de ser o porta-voz do setor. Entre os 125 associados, encontram-se fábricas de rações comerciais e pet food, indústrias de premix, produtores de suplementos minerais, fabricantes nacionais e multinacionais de ingredientes e matérias primas, traders, agroindústrias, granjas, etc. O setor movimenta em torno de US$ 7 bilhões anuais, ou cerca de 1,5% do PIB. O segmento ainda gera 62 mil empregos no País, diretos e indiretos.
Fonte: Assessoria de imprensa do Sindirações, adaptado por Equipe BeefPoint