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Síntese Agropecuária BM&F – 19/12/02

Por Fabiana S. Perobelli

O ano de 2002 foi marcado por fatores que ampliaram a volatilidade dos preços, dentre eles as alterações climáticas – que possibilitaram o deslocamento da entressafra para novembro. O pico de preços do boi ocorreu no dia 14 de novembro, quando atingiu R$59,07 a vista no indicador Esalq/BM&F, em São Paulo.

Outra modificação, em termos de preço, foi a reversão da tendência de queda após o pico no início de dezembro. A elevação é explicada pela indisponibilidade de bois e pela alta nos preços das aves (em função do aumento nos preços do milho e da soja), que permitiram repasse para os cortes de boi. Além disso, o mercado internacional teve o retorno da Argentina após o equacionamento de seus problemas sanitários.

No Brasil, a rastreabilidade foi o tema do ano, a fim de se adequar às exigências do mercado europeu. Assim, o ano 2002 permitiu oportunidades interessantes para os agentes do mercado pecuário fixarem antecipadamente seus preços e não correrem os riscos da variação de preços no físico.

O mercado futuro de boi gordo negociou mais de 150 mil contratos, o equivalente a 3 milhões de cabeças. Em outubro de 2002, foi lançado o contrato futuro de bezerro, no momento em que a cadeia da bovinocultura de corte se encontra em estágio de fortalecimento e em que se realiza esforço coordenado para promover e obter o reconhecimento mundial quanto à qualidade da carne brasileira.

A BM&F, como parte da cadeia pecuária, atendeu à demanda do mercado ao lançar o contrato futuro de bezerro, que possibilitará ao pecuarista administrar com eficiência a troca entre boi gordo e bezerro e permitirá a melhor administração dessa relação, possibilitando ao confinador fixar o preço de venda do boi gordo e o de aquisição do bezerro. Para os criadores, o contrato permitirá fixar preços de venda remuneradores a sua atividade. Para aqueles que utilizam o sistema de produção integrado, isto é, fazem a cria e a recria, os contratos de boi gordo e bezerro serão sinalizadores de qual atividade está melhor remunerando: a cria ou a engorda. A partir disso, os agentes poderão planejar de forma eficiente sua atividade e fixar antecipadamente sua rentabilidade.

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