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Síntese agropecuária BM&F – 31/01/2006

O mercado de boi gordo começou o ano pressionado, seguindo a tendência do final de 2005 e refletindo a chegada da safra. O Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F a vista atingiu, em 23 de janeiro, sua marca mínima histórica de R$48,41/@. Já o Indicador de Preço Disponível do Bezerro Esalq/BM&F, com formação em Mato Grosso do Sul, foi cotado, em 24 de janeiro, a R$333,66/cabeça a vista e R$336,39/cabeça a prazo.


O mercado físico se caracterizou neste início de 2006 por um aumento da oferta de bois de pasto prontos para o abate e pelo lado da demanda, por um desaquecimento. Em função desse desaquecimento, os frigoríficos trabalharam com escalas curtas. O preço dos cortes no atacado contribuiu para pressionar o preço da arroba do boi gordo. Após leve recuperação com as festas de final de ano, o preço da carne no atacado voltou a cair, totalizando desvalorização média de 9% nos principais cortes. Em 23 de janeiro, os preços no atacado foram: dianteiro a R$2,17/quilo; traseiro a R$3,95/quilo; ponta de agulha a R$2,06/ quilo; e carcaça casada a R$3,01/quilo.


Iniciaram-se os trabalhos da missão enviada pela União Européia, que tem por objetivo verificar propriedades e frigoríficos do Mato Grosso do Sul e do Noroeste do Paraná, onde foram registrados focos da febre aftosa. A visita pode representar o primeiro passo para o fim do embargo da União Européia contra a carne brasileira. As recentes notícias de febre aftosa na Rússia e vaca louca no Canadá podem contribuir para que os embargos à carne brasileira sejam suspensos, pelo fato da Rússia precisar importar carne para suprir seu consumo interno. Provavelmente, o Canadá enfrentará novas restrições para exportar para países como o Japão, que terão de ser abastecidos por Austrália e Nova Zelândia. A partir disso, o Brasil poderá encontrar oportunidades nos mercados não supridos por aqueles países.

O mercado futuro acompanhou o comportamento do físico e mostrou tendência de queda. A partir de 24 de janeiro, o mercado reagiu à inversão do físico e em 26 de janeiro se apresentou da seguinte forma: janeiro/06, R$48,59/@; fevereiro/06, R$50,15/@; março/06, R$50,70/@; abril/06, R$51,20/@; maio/06, R$51,34/@; junho/06, R$52,96/@; julho/06, R$54,85/@; agosto/06, R$56,38/@; setembro/06, R$57,92/@; outubro/06, R$59,46/@; novembro/06, R$60,00/@; dezembro, R$59,60/@; e janeiro/07, R$59,63/@. O preço futuro do bezerro permaneceu estável: fevereiro/06 a R$320,00/bezerro. A relação de troca boi gordo/bezerro ficou a 2,53 no vencimento fevereiro/06 e 2,39 no mercado físico em 24 de janeiro. O minicontrato de boi gordo, que corresponde a 10% do contrato normal, ou seja, 33 arrobas, negociou em janeiro 10.933 contratos, o equivalente a 21.866 cabeças de gado. O minicontrato de boi gordo é uma boa alternativa para se aprender a operar nos mercados futuros.


O pecuarista já deve observar diariamente a evolução dos preços dos contratos futuros para a entressafra de 2006. Em 26 de janeiro, o vencimento outubro/06 fechou em R$59,46/@ e o novembro em R$60,00/ @. Naquele dia, o milho para maio/06 estava a R$16,66/saca. O pecuarista deve fazer suas contas e verificar se esses preços cobrem o custo de confinamento. Se cobrirem, deve procurar uma corretora pelo site www.bmf.com.br.

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