Principais indicadores do mercado do boi – 08/11/11
8 de novembro de 2011
Suporte nutricional pode ser o grande diferencial do pecuarista no período das águas
8 de novembro de 2011

SISBOV 2012

Quase todos os dias, ao longo de 2011, fui questionado sobre o futuro do SISBOV. É impressionante o número de pessoas ligadas ao agronegócio que me perguntam: "E ai Luciano, o que mudou no SISBOV?" A resposta que sempre dou é simples: ABSOLUTAMENTE NADA.

Quase todos os dias, ao longo de 2011, fui questionado sobre o futuro do SISBOV. É impressionante o número de produtores, reporteres, políticos e pessoas ligadas ao agronegócio que me perguntam: “E ai Luciano, o que mudou no SISBOV?” A resposta que sempre dou é simples: ABSOLUTAMENTE NADA.

Explicar esta resposta é que acaba levando um bom tempo. Brinco com as pessoas dizendo que o SISBOV é o Rocky Balboa dos programas de governo. Apanha, apanha, apanha mas continua de pé. E tal qual o personagem do filme, parece cativar a platéia com seu poder de encaixe, de não desabar a cada soco que leva e conseguir reagir quando parece exausto. Pois hoje o SISBOV é isso mesmo. Embora ainda existam muitos querendo derrubá-lo, um grande número de pessoas passou a respeitar o sistema, a tê-lo como referência de segurança alimentar e a apoiar o seu desenvolvimento (vide União Européia, comerciais em rede nacional do JBS-Friboi e filme institucional da ABIEC, e isso são apenas alguns exemplos).

Mas as comparações com nosso boxeador não param por ai. O SISBOV envolve muito dinheiro ao longo de toda cadeia da carne e, justamente por isso, não faltam aqueles empresários de novos talentos esportivos que vemos nos filmes que surgem do nada para abocanhar um quinhão quando acham que descobriram mais uma mina de ouro.

O número de oportunistas que já surfou na onda SISBOV daria para encher um tsunami pranchas. Voltando a pergunta que tanto me fazem, volto a resposta: desde que foi publicada a IN 17, em junho de 2006, as regras do SISBOV nada mudaram.

Mas então o que aconteceu? Mais uma vez a resposta é simples: exatamente o que tinha que acontecer. As regras começaram a ser cobradas com maior rigor, as propriedades rurais foram “aprendendo a fazer fazendo”, como tanto se diz nos processos de gestão moderna, o MAPA, as delegacias e agências estaduais foram amadurecendo, as certificadoras foram se aprimorando e sendo depuradas em auditorias e estamos entrando num 2012 com a seguinte perspectiva: Um SISBOV baseado na IN 17, sem os excessos de exigências que foram necessários para corrigir os desvios de rumos, ficando apenas as empresas que realmente tem condições e estrutura para serem certificadoras, crescendo em muito o papel do MAPA em auditar fortemente a atuação destas.

Vejo também um 2012 com boas chances do Brasil ter autonomia para indicar as fazendas (a Europa voltou a confiar no SISBOV), e com mais agilidade nos processos. O decréscimo de quase 10% de propriedades na lista TRACES de 2011 deve se transformar num acréscimo de mais de 200% em 2012. Isso porque todo setor se beneficiará. São mais toneladas sendo vendidas para os mercados que pagam mais, é mais dinheiro circulando em toda cadeia da pecuária, é bom para todos e para o Brasil.

Só não podemos ter, assim como nas lutas do Rocky, provocações e tentativas de vencer as batalhas no grito ou nos boatos. Todos já sofreram demais por conta de garantias de mudanças que jamais ocorreram, pela implantação certa de projetos que jamais saíram do papel e para alteração concreta nas regras que nunca aconteceram.

O SISBOV é hoje um sistema respeitado, forte, auditável, de adesão voluntária e nacional. A condução do MAPA está sendo feita com maestria. E não esqueçamos nunca que as relações são entre países e não de países com estados.

Importante vermos o caso de Santa Cataria que mesmo tendo identificado todo seu rebanho, perdeu todas as propriedades TRACES por conta da não adêrencia ao programa SISBOV (não vamos esquecer que Santa Catarina é referência positiva em defesa animal).

No Rio Grande do Sul estão querendo fazer um programa que seja obrigatório, com o uso de brincos eletrônicos e que não seja integralmente aderente ao SISBOV. A intenção é a melhor possível mas o resultado, se assim for feito, será um knockout na pecuária gaúcha. Atenção aos líderes de todos estes processos pois quando somos responsáveis por levar todo um setor da economia a “beijar a lona”, podemos receber vaias da platéia.

38 Comments

  1. Luciano Medici Antunes disse:

    Prezado Chico, cita-se exatamente o que quis dizer no texto. União para o fortalecimento de algo que está consolidado e com grande futuro.

  2. Caciana Braganholo disse:

    Sábia comparação. E eu ainda diria mais é um Balboar bem brasileiro: Não desiste nunca!!! Vou pegar carona no seu artigo para  lembrar que todo "Astro" , conta com uma equipe, que nos bastidores andou apanhando bastante também . MAPA, Certificadoras e Produtores. Acredito que hoje somos capazes de agradecer cada pancada. Por ter nos tornado mais fortes. Hoje podemos dizer com orgulho que nós somos o responsáveis por este sistema de certificação, que é seguro e confiável.

    E ainda nos bastidores  aplaudimos de pé, o nosso sistema de rastreabilidade, reconhecido em rede nacional.

    Parabéns pelo artigo.  

  3. vivaldo dutra faria disse:

    Estou neste segmento desde o inicio da rastreabilidade no Brasil, acompanhei

    todas evoluções do SISBOV, e todos nossos clientes hoje em dia, afirmam que

    não conseguem ficar sem a rastreabilidade neste modelo que esta hoje, isso

    porque ajuda no controle dos animais na propriedade, as auditorias das certifi-

    cadoras e tambem do Ministerio, a preocupação dos peões com o manejo do

    gado, deu uma consistência maior no controle do rebanho. Fora isto quase sem-

    pre recebem uma bonificação hora boa hora razoavel, pelo trabalho da rastreabi-

    lidade do gado. Não entendo o porque de ter alguns seguimentos do governo que

    opinam contra o sistema do SISBOV, esse sistema tem a credibilidade dos compradores europeus, não vejo motivos pra mudanças, pelo contrario, esses

    sistema tem de ser é incrementado, apoiado, e não criticado.  abraço vivaldo

  4. Douglas Haas de Oliveira disse:

    Ao menos podemos perceber o que já era dito em várias oportunidades. O programa é de governo para atender demandas de países. Assim, todos os "socos" que o SISBOV recebeu, sejam para agradar setores ou políticos, foram posteriormente substituídos por elogios. O Brasil é o maior produtor de carne do mundo e deve agir com o profissionalismo que este fato pede. Não cabem mais amadores ou setores que buscam vantagens ilegais em troca de favores políticos. O profissionalismo deve chegar em toda cadeia, para continuarmos a sermos líderes nesse segmento.

    Belo artigo.

  5. Taulni Francisco Santos da Rosa disse:

    As propriedades que estão habilitadas tem na corrente sanguinea da equipe os princípios de Rastreabilidade.

    Todos que atendo dizem que a organização que a rastreabilidade trouxe para propriedade é muito válido e mesmo que ela não estivesse remunerando bem valeria a pena.

  6. Márco Mello Carnelossi disse:

    Muito bom para os frigoríficos, muito bom para as certificadoras, para o governo e para a imagem do Brasil lá fora. Ótimo, bom para todos, mas alguém aí já pensou em realmente bonificar o pecuarista, o produtor que identifica seus animais, faz uma super-fiscalização para mantê-los identificados, tem despesas com brincos, auditores, certificadoras, peões, etc… e no final é bonificado, quando é bonificado, com míseros 2 reais por arroba.

    É importante dizer também que só vale a pena rastrear seus animais se você abate mais de 300 cabeças por ano, caso sua produção seja menor, é prejuízo na certa. O Sisbov existe, ajuda realmente a organizar a fazenda e seu estoque de animais, mas, financeiramente, não é essa maravilha toda que estão dizendo, não.

  7. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Luciano,

    Como participante do SISBOV desde seu inicio vejo os enormes avanços feitos por todos os agentes envolvidos para se enquadrarem e cumprirem com as exigências estipuladas. Sejam produtores, frigoríficos, certificadoras, governo, etc. Avanços conquistados sempre respeitando a liberdade daqueles que não podem ou não desejam participar do sistema.

    E como pecuarista que não reside na propriedade ou próximo a ela não consigo imaginar abrir mão dos controles que passei a ter com a  adesão ao SISBOV. Rigidos controles de entradas e saídas de animais, com validação de terçeira parte e auditoria oficial, são o melhor de tudo para quem como eu delega grande parte da operação a terçeiros. Tudo isto a um custo razoável e rigor / precisão muito altos, só possíveis pela escala do SISBOV.

    E com um pouco mais de esforço e praticamente nehum custo adicional pode-se chegar a uma gestão moderna do prório negócio; com controles de pesagens, ganhos, rendimentos, preços de compra e venda, etc que podem ser construidos sobre as fundações sólidas do SISBOV

    Tb  vi o diferencial de preços entre boi rastreado e não rastreado oscilar muito ao longo do tempo, de acordo com a demanda e oferta da conjuntura, mas quase sempre o diferencial na minha região foi suficiente para cobrir os custos do processo e ainda contribuir para elevar o lucro da operação.

    Por isto qdo me perguntam o que acho de propostas alternativas de sistemas de rastreabilidade sempre digo que antes mostrem suas virtudes à campo. Que pilotos sejam postos a prova antes de impormos mudanças desnecessárias ou nocivas a cadeia. E que se ouça o relato dos pecuaristas que seguem rastreando seus animais e certificando suas propriedades no ambito do SISBOV, pois quem abandonou o sistema  a muito tempo não esta a par do atual "status quo" e muitas vezes comete injustiças em sua críticas.

    Mas uma coisa continua muito clara para mim. As exigências smepre crescem com o tempo. E quem quiser continuar no setor precisa estarsempre disposto a evoluir e prestar maiores informações sobre sua atividade, seja para seus clientes seja para a sociedade em geral.

    Att,

  8. Fernando Lopa disse:

    Luciano, quanto ao sistema obrigátório aqui do RS, tenho dito a mesma coisa, estamos dando um tiro no pé. pena que o governo atual não tenha nos consultado, como fez o anterior. Uma pena, jogar fora tanto esforço que poderia ser revertido em ações mais importantes para a pecuária do RS.

    Quanto ao a IN 17 não corroboro com o pensamento de que ela é boa, ou é só uma questão de profissionalismo…como presidente de certificadora (ProPampa), junto com a minha diretoria, decidimos manter o caráter de "suspenso" da mesma e não acertamos as discrepâncias de ‘pé de página" solicitadas pelo MAPA, por não concordar com a operacionalidade da IN17.

  9. Luiz Henrique Lameza Avante disse:

    È amigos,

    Para resumir, se funcionar com responsabilidade e ética é muito bom, mas infelismente no Brasil isso nao é muito facil!!

  10. Débora Fernanda Balbos disse:

    Caro Rafael Vilela, os profissionais da área já foram filtrados, os estabelecimentos aprovados tb, só que o que muitos que trabalham nessa área não entenderam ainda é que devemos nos reciclar constantemente, adquirir ferramentas que facilitem o trabalho do supervisor tecnico em campo, assim como fizeram os produtores que adquiriram softwares modernos, chips eletronicos e etc. Quanto ao artigo acho realmente a comparaçao do Luciano bem colocada, pq constantemente somos questionados sobre o que mudou na rastreabilidade e ai a resposta é "nada" agora eu costumo dizer que o que mudou foi o perfil dos personagens da historia, ou seja produtores, certificadoras, MAPA, fabrica de brincos, enfim todo contexto mudou, pq ficou no mercado realmente quem se adequou as exigencias cada vez mais concretas por parte de todos os envolvidos, inclusive do maior interessado em td isso o pecuarista, que antes aceitava uma resposta qqer para o questinamento e que hoje exige de nós supervisores sisbov resposta com total embasamento tecnico e não aceita um "acho que sim". Portanto companheira de missao da UE Caciana realmente é que vc disse agradecemos td que passamos pq hoje estamos mais creditados e firmes no sistema.

  11. dionizio marcelo moraes crepaldi disse:

    Meus parabéns Luciano, pelo artigo e pela extrema lucidez qto a s/ afirmativa; a rigor os anos se passaram e de concreto, infelizmente ainda ñ ocorreu "ABSOLUTAMENTE NADA".

  12. Carlos Hallai disse:

    Mesmo apanhando o SISBOV continua de pé, é realmente perfeita a comparação com os filmes Rocky Balboa. O SISBOV veio realmente para revolucionar a pecuária brasileira. O produtor que era um simples fazendeiro onde muitas vezes tinha dificuldade para administrar suas propriedades se transformou em um empresário rural, onde com a adesão a SISBOV aplicou Gestão nas propriedades,  até mesmo que saíram do SISBOV continuam aplicando alguns desses processos.  Com a liderança na produção mundial de carne e para  continuar crescendo e conquistando o mercado mundial é de extrema importância a rastreabilidade de nosso rebanho.

  13. angela m marini ferreira disse:

    CAMPO GRANDE-MS-Angela maria marini ferreira

    PARABÉNS ; o SISBOV é uma ferramenta (quase) perfeita de gestão.

    Não se admite mais ter gestão sem contole,sendo lamentável tanta resistencia de muitos ,todos ganham com o SISBOV

  14. angela m marini ferreira disse:

    o SISBOV proprciona uma gestão eficaz e responsável ,sua filosofia vem ao encontro da ética e da modernidade

  15. Luciano Medici Antunes disse:

    Agradeço aos inúmeros comentários e gostaria de reforçar o seguinte: é preciso termos propriedade e consistência para colocarmos notícias "na rua" que vão impactar nas decisões de negócios de centenas ou até de milhares de produtores. Muitos o fazem com propriedade. Mas muitos ainda o fazem de forma irresponsável. O artigo da ABIEC de hoje no Beefpoint elucida de forma clara o que queremos fazer, o que podemos fazer e o que temos condições de fazer. Ações concretas e sólidas. Muito bom o texto. Já em um jornal, leio que está sendo decidido o modelo de rastreabilidade do RS. Existe um modelo NACIONAL, e esta é a base. Sem esta base de nada adianta. O RS não é um País, é um Estado, por mais que digamos que "sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra". Fala-se também em definir como será o sistema de identificação, algo mais do que consolidado no mundo inteiro. Se baixássemos a guarda das vaidades e seguirmos construindo em cima do que já existe de sólido, aí sim teremos chance. No SISBOV parece que todo mundo quer ser o "pai" da criança. Então desmancha-se tudo e os milhões já investidos e quer se partir do zero novamente. Isso, com perdão de todos é, no mínimo, falta de civilidade e de respeito pelo dinheiro público e pelas ações da iniciativa privada.  

  16. Jonas A. Sousa disse:

    Caro Luciano, parabéns pelo o artigo, gostaria de fazer um comentário que acho importante, a vários frigoríficos que não pagam premiação ao produtor, tem regiões no estado do Mato Grosso que isso chega ser vergonhoso, com tudo isso gostaria também de alertar todos os colegas da cadeia que o frigorífico paga ainda um bonus sobre boi cota Hilton, e isso também não é divulgado, gostaria que a equipe Beef Point fizesse uma matéria sobre isso, e essa conversa de acabar com o SISBOV é coisa de loco "politico" tinha que ser criado um incentivo fiscal para o produtor que rastrea boi, assim garantindo o diferencial!

    Grato!

  17. José Américo G. Dornelles disse:

    Prezado Luciano,
    Na minha opinião a IN 17 é um fator de incremento a boa gestão e a segurança alimentar.Felizmente o MAPA não se deixou influenciar por interesses estranhos e oportunistas.
    Finalmente assistimos e também somos agentes desta evolução,fruto da credibilidade avalizada pela UE e dirigida pelo MAPA.
    O RS ainda tem tempo de reavaliar sua política e aderir ao SISBOV.O FUNDESA precisa chamar mais gente para discutir este assunto.
    Assim aguardamos,ou vamos perder uma oportunidade de agregar valor a genética diferenciada do Bos taurus,aqui no RS.Mais valor no rastro da rastreabilidade!
    Parabéns pelo elucidativo artigo.
    J.Américo G.Dornelles
    CRMV RS 2423

  18. Jogi Humberto Oshiai disse:

    Caro Luciano,

    Vivemos no país dos "pais" da criança !

    Conhecemos a história do Sisbov da época em que no Brasil ainda não se falava em rastreabilidade ("traceability") levando em consideração que tudo iniciou na UE por um simples sistema de etiquetagem ("labelling") que gerou no Brasil o nome "Brazilian Beef".  Este nome tem somente uma "mãe" e um "pai". Dra Cristina Lombardi e os associados da ABIEC daquele período são testemuhas do meu depoimento !!!

    Meu amigo e parceiro de longas divagações inclusive sobre rastreabilidade, infelizmente por termos tantos "pais" de uma só criança  o "nó da questão" do Sisbov leva a tamanha falta de civilidade e de respeito não somente pelos fundos públicos, mas, sobretudo, pelos investimentos do setor privado !

    Devemos doravante apoiar as ações pragmáticas e os amigos do setor  que estão lutando contra ventos e correntes para suprir inclusive as deficiências do governo para o bem do setor. Vale recordar que o Itamaraty não foi capaz nem mesmo de dar assessoria ao ex-Secretario da Defesa Animal em 2006 ao ponto do MAPA ter iniciado contatos diretos com a Comissão européia para reconquistar a crediblidade perdida e punida severamente até hoje embora de forma discriminatória ao ponto de termos um "case" nas mãos para abrir um panel na OMC sem grandes problemas caso a UE não suspenda a 61 e, igualmente, os termos de definição do "Hilton beef"

    Um abraço,

    Jogi Humberto Oshiai

    Director for Public Affairs

    FratiniVergano – European Lawyers

    Rue de Haerne 42 – B-1040 Bruxelles

    Tel: +32 2 648 21 61 – Fax: +32 2 646 02 70

    j.oshiai@fratinivergano.euhttp://www.fratinivergano.eu

  19. João de Almeida Antunes Neto disse:

    Luciano,

    A repercussão do teu artigo já está falando por sí só!  Algo que desde o início defendiamos que era o grande ganho para o pecuarista, a gestão da sua propriedade, já tem o reconhecimento de muitos empresários do agronegócio que aderiram ao sistema!

    Esse ganho é mais difícil de ser medido, mas com certeza representa várias vezes mais do que os diferênciais que se pagam pela arroba.

    Acredito que a fase mais difícil já passou e os grandes ajustes já foram realizados, restando apenas o ajuste de sintonia fina.

    Como gaúcho vivendo e trabalhando fora do RS, fico muito decepcionado com essa "rastreabilidade farroupilha" que está sendo anunciada e que irá se efetivamente adotada terminar com  o diferêncial de produção do estado que é a carne gourmet para exportação e estará  repetindo o mesmo erro ocorrido e reconhecido no vizinho estado de SC que hoje possui o melhor status sanitário do país, mas não pode exportar carne bovina para a UE.

    Parabéns pela propriedade  e oportunidade do artigo!

  20. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é… o segmento se articulando em defesa própria…

    Mas… até o momento, ainda não conseguiram descobrir a origem dos animais que forneceram as "carnes", responsáveis pelos "Embargos" ainda pendentes… apesar de que os animais deveriam ser "sisbov  approved"… ou não eram?  se não eram, como tiveram partes exportadas?

    Pois é… a comparação foi realmente muito bem feita…
    – Filme medíocre,    ator canastrão  e "enredo" pobre, além de inverossímil…  tal como o "tal sistema"…

  21. Gilberto Daros disse:

    Meus amigos

    Li com atenção o artigo e os comentários.

    Tenho uma propriedade certificada, no norte do Mato Grosso, há varios anos.

    Com respeito a todos quero dizer que "rastreabilidade" tem conceito diferente do SISBOV.

    Vejam vcs como se pode considerar um "boi rastreado" com um passado de apenas 90 dias? Isso mesmo, em 90 dias, QUALQUER BOI que entra na BND é considerado rastreado.

    Isto é rastreamento? Não, isto é uma forma simplória de documentar um boi, jamais podendo ser considerado um rastreamento na acepção do termo.

    O SISBOV tem que mudar para o rastreamento das propriedades e não dos animais.

    Sómente uma propriedade certificada pode dar origem  a animais

    certificados e não a simples colocação de um brinco e, 90 dias após, com um passe de mágica, aquele brinco transforma o animal em "rastreado".

    Como está o SISBOV serve para as fabricas de brincos, as certificadoras, os grandes confinamentos e os frigorificos ganharem dinheiro.

    Ao pecuarista sério resta somente o trabalho: a constante queda dos brincos, sempre de péssima qualidade como da ALLFLEX e da PLAJAX, o controle insano, o manejo duplicado, as auditorias, as taxas e emolumentos, etc, etc,

    Qualquer pessoa que conheça o manejo de uma fazenda não pode elogiar o sistema.

    A nossa propriedade faz cria, recria e engorda. Portanto temos  vacas criadeiras. Pois bem, qual a necessidade de manter rastreada uma vaca por 10, 11 ou 12 anos? Por que temos que "brincar" as crias até aos 10 meses?  Ora, o "rastreamento" como é hoje

    necessita somente de 90 dias para a sua caracterização. Perguntas irrespondíveis.

    Assim, chega de elogios ao SISBOV, um sistema que penaliza o produtor, mas em compensação resolveu o problema dos grandes confinamentos e dos frigorificos.

  22. Walter Magalhaes Junior disse:

    Muito bem Gilberto.

    Acrescento para você pois creio que foi obra do esquecimento você não ter mencionado as certificadoras, também, como beneficiadas do sistema.

    Dou total apoio à afirmação de que quem fez está "coisa" não entende nada de fazenda.

    E truco doze também em todos os elogios que estão fazendo parte desta discussão pois são todos de pessoas ligadas a pessoas interessadas ou pretensos consultores pecuários.

    Quem faz pecuária de verdade sabe o quanto esse programa estupido se equivocou.

    PARABENS!!!

  23. Airton Pando Rodrigues disse:

    Prezado senhor Luciano: tenho dúvidas semelhantes  ao senhor Gilberto Daros.Gostaria que explicassenos esses detalhes.Porque é exigido do criador rastrear desde terneiros enquanto outros(invernadores) podem rastrear por 90 dias ?E o caso de vacas velhas : compensa  rastrear um lote maior (vacas de cria)   para vender o lote menor(bois) ?E quanto a qualidade dos brincos ?Queremos dados diretos e objetivos.Explicações baseadas no dia a dia de nossas propriedades.

  24. Andre Ribeiro Bartocci disse:

      Devemos lembrar que a Rastreabilidade antes de ser uma exigência de mercado é uma ferramenta de gestão que pode ajudar o produtor a aumentar o lucro por hectare, (o principal número de uma atividade rural- LUCRO/HA). Produtores que conseguirem enxergar isto utilizarão a RASTREABILIDADE  INDEPENDENTE DE QUAISQUER LEIS.

         Porém o grande problema  para acessar esta ferramenta nao é o custo, e sim NOSSA MÃO de OBRA. Independente das qualidades ou falhas do SISBOV, devemos estar conscientes que o trabalhador tradicional não esta apto a maneja-lo.

        Reinventar a MÃO de OBRA é o grande desafio da MODERNA PECUÁRIA BRASILEIRA é a única maneira de conseguirmos rastrear nossa produção.

       Todos nós Pecuaristas, Técnicos, Indústria, Associações, somos responsáveis por esta empreitada.

        Façamos nossa parte.

  25. Fernando Lopa disse:

    Lendo esses posts fico pensando…onde estamos…esses comentários nos levam a pensar que nossos  produtores e técnicos são incompetentes…

    Para fazer gestão precisamos do SISBOV??? por favor…reflitam nisso…desde quando o SISBOV é necessário para gerir uma propriedade ou um rebanho, ao contrário, quanto maior o rebanho pior é o SISBOV para a gestão, pois o mesmo foi montado sem combinar com o principal elemento… o boi…ele  pula a cerca, arranca brinco, detona o bottom…também esqueceram de combinar com a peonada..afinal, são eles que fazem o trabalho campo..para os consultores..e esses infelizmente, na sua maioria, não tem nem o ensino básico completo.

    Nessa nova normativa , que está sendo gestionada a dois anos, também esqueceram de combinar com as inspetorias veterinárias, onde volta e meia se soma 2+2 = 5 e nos leiloes de gado geral..vc tira uma GTA de 10 novilhas de 13 a 24 meses, o pisteiro escreve na boleta 10 vacas e o escritório tira uma gta de 10 vacas e a inspetoria coloca + de 36 meses.. e por ai vai…proprietário louco até provar o erro ….

    Sob aspecto de segurança alimentar então…sisbov vai impedir o abate clandestino..uma piada…é só vc dizer ao sistema que o boi sumiu…sisbov vai garantir o controle  por onde anda o animal????…amigos..é só trocar o brinco…pede..coloca brinco novo…

    O pior de tudo ninguém falou..vamos perguntar a industria como fica o controle da rastreabilidade  individual quando as carcaças vão para a dessossa..NÃO ESQUEÇAM ESSA!!!!

    Tudo bem, é tudo muito bonito, mas no mundo real, para garantir segurança alimentar precisamos de fiscalização nos frigoríficos, nas estradas, nas gondolas…temos que fiscalizar se o produtor está vacinando o seu rebanho ou se conseguimos impedir qe o gado passe pela enorme fronteira seca brasileira. não puní-lo com um sistema de controle como o SISBOV…aliás que dá subsidios ao governo até para melhor se assessorar nas questões latifundiárias.

    Na questão econômica…estamos retomando o ritmo das exportações, a arroba no mercado interno não para de subir, pelo aumento da demanda interna  (não deixem de ler e estudar a história..crescimento econômico = aumento por consumo de proteína animal)…quantos países exigem rastreabilidade?? quantos pagam a mais por isso??? e o mais importante que quantidade eles podem comprar???

    Temos tanta coisa a fazer..educãção rural, melhoramento genético em larga escala, combate a aftosa, auto suficiencia em insumos, extensão rural….mas preferimos gastar dinheiro para provar para o "olho azul" que somos bons…e eles é que tem vaca louca, antibióticos e aftosa também…

    Para refletir..e finalizar.. temos tantos bovinos quanto pessoas no nosso Brasil…todas as pessoas tem registro de nascimento ou carteira de identidade??? Conseguimos impedir falsificações ou pessoas se passar por outras??? Mas alguns acham que sim… rastreabilidade bovina no Brasil é para quem pode e não para quem quer, por isso não pode ser obrigatória

  26. Fernando Lopa disse:

    Completando….Lendo esses posts fico pensando…onde estamos…esses comentários nos levam a pensar que nossos  produtores e técnicos são incompetentes… e não são..podemos não ser o exemplo de gerencia…mas incompetentes não somos…

  27. Eduardo Miori disse:

    Prezado Luciano

    Acabo de ler na DBO Rural de Novembro 2011 à pagina 42 que  a  Presidente da República deve assinar nos próximos dias o decreto-lei que regulamenta  a lei 12.097/2009 estabelecendo o "Sistema Público Informatizado de Inclusão e Gerenciamento de Dados e Informações" com a criação da "Plataforma de Gestão Agropecuária" (PGA) desenvolvida junto com a CNA.

    Esta plataforma integrará o Banco de Dados Unico (BDU) , a GTA Eletrônica e o  Serviço de Inspeção Federal

    Além do mais informa que o produtor poderá inserir suas informações sem recorrer a certificadoras para integrar o ERAS.

    Isto não é novo?

  28. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro Eduardo Miori,

    A Lei 12.97/ 2009 sempre teve prazo para ser implantada. E o prazo esta se esgotando. O executivo tenta apenas cumprir com suas obrigações.

    Mas é muito importante entender que ela não vem substituir o SISBOV e sim implantar um "tipo" de rastreabilidade bovina obrigatória sem uso de identificação individual. Particularmente acho o termo adotado ruim, mas a iniciativa boa. Será um incremento de controles sobre a maior parte do rebanho nacional que não participa do SISBOV, mas ao menos por hora não garantirá acesso ao mercado europeu e outros simalares. E por ser obrigatória esta "rastreabilidade" não diferenciará os produtores e não gerará nenhum diferencial de preços.

    A GTA eletrônica não é um tema novo. Muito pelo contrário. Sua implementação imediata já foi anunciada como certa pelo menos meia dúzia de vezes ao longo dos últimos 3 a 4 anos. Basta conferir aqui mesmo no Beefpoint.

    Sem dúvida a GTA eletrônica é um avanço necessário, desejável e inevitável das ferramentas de nossa defesa sanitária, mas o tema já gerou muita confusão.

    O grande entrave a implantação, na minha opinião, é a criação de um cadastro único de propriedades com garantia de unicidade nacional. Este recadastramento de propriedades, apesar de previsto em lei, ainda não foi levado a termo. Não sei se por restrições econômicas ou falta de interesse. Sem contar com este cadastro único de propriedades, na minha opinião, os benefícios da implantação da GTA eletrônica ficam comprometidos.

    Já a solução da GTA eletrônica depender de algum hardware especializado, como as vezes se aventou, não tem qq fundamento. Basta que os órgãos de defesa estadual contem com banco de dados centrais e um bom software web e que cada posto de vigilância conte com um computador básico, impressora comum e acesso a internet.

    Sinceramente, apesar de ainda estarmos longe, não vejo maiores obstaculos nos dias de hoje para equiparmos os postos de vigilância da infra-estrutura necessária.

    O dificil será oferecer treinamento e suporte para pessoas esparramadas por todo território. E ter persistencia para depurar os bugs inevitáveis em qq sistema novo. Muitas vezes é aqui que boas idéias morrem. Fica o alerta.

    O mesmo vale para o SIG/SIF.

    Em suma, o que a lei 12.097/2009 institui não são obrigações para os pecuaristas e sim para os órgaõs de defesa e inspeção. E os benefícios para a nação serão  amaior trasnparência e controle da cadeia prodtiva. Mas tão pouco ajuda o produtor diretamente, seja financeiramente seja gerencialmente.

    Att,

  29. Walter Magalhaes Junior disse:

    É isso aí Fernando, você disse tudo. Rastreabilidade no Brasil é para quem pode (entenda-se organizados) e não para quem quer. Aí é que o governo e essas certificadoras, somadas aos frigoríficos erraram. Acreditaram que com a obrigatoriedade conseguiriam ter o animal que necessitavam e, ainda, segurariam o preço da arroba desses animais rastreados.

    Concordo plenamente com a afirmação de que se pecuarista precisasse de SISBOV para ser organizado eles estariam fritos. Imagine só, dizer que SISBOV ajuda a administrar uma propriedade pecuária é um absurdo típico de novatos no setor.

    O que eles não sabem é que o programa é tão perfeito, tão bom que, eu que era organizado, tenho os animais numerados sequencialmente desde o nascimento, colocava os brincos do SISBOV, levava os animais todos controlados para o frigorífico, com a documentação necessária corretamente apresentada e me SURPREENDIA ao ver que outros pecuáristas levavam seus bois com os bricos todos novinhos dentro de um saquinho plástico separado. E sabe o que acontecia com esses pecuaristas: ABSOLUTAMENTE NADA.

    Portanto, portar-se contra não é simplesmente uma questão de ser contra, mas de não acreditar na enganação que acompanha o que está aí.

    Depois, registrar animais no SISBOV  é um santo remédio, isto porque, animal do SISBOV não morre mais doente na fazenda. Sabe por que? Porque se morrer será, acreditem, substituido por outro. E não me venham com essa argumentação ingênua de  que acreditam que quem participa do SISBOV estará propenso a ser transparente e dar informações corretas sobre o seu produto, como alguém afirmou acima. Isso demonstra nada mais do que o total desconhecimento e uma tremenda falta de experiência na atividade.

    Agora, fico profundamente surpreso com a informação dada acima pelo Eduardo Miori, pois esta sim será uma iniciativa que contribuirá, em muito, para o sucesso de um programa que busque efetivar o controle de bovinos neste país continental em que vivemos. Um programa de sucesso tem que fugir da obrigatoriedade de adesão, aproveitar os controles internos das propriedades e ficar distante dos interesses dessas certificadoras e da indústria frigorífica em geral.

    Se a informação do Eduardo se materializar, acredito que conseguiremos implementar um programa efetivo de controle bovino no país.

  30. Airton Pando Rodrigues disse:

    Prezados senhores: vejo que as certificadoras não se movem para responder aos problemas que ocorrem a nível de campo e que a grande maioria dos produtores tem ou teve problems com a RASTREABILIDADE.Não vou repetir o que está colocado por outros produtores,mas tivemos todos os problemas citados acima e ao questionar a certificadora vieram  explicações sem nenhum fundamento.Parece que pensam que o produtor é "palhaço" !Se fosse tão bom já teriamos a grande maioria das propriedades rastreadas.

  31. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro Walter Magalhães Junior,

    Impossível discordar do seu relato de pecados passados do SISBOV. Eu também me revoltei ao constatar que apesar de meus esforços até 2008 poucos de fato seguiam as regras estipuladas. Mas não separar a realidade atual da anterior a 2008 é um erro que pode ser constatado indo as fazendas que continuam no SISBOV. O sistema e principalmente a mentalidade de todos os envolvidos mudou muito.

    Já falar que no SISBOV atual não morrem animais, por exemplo, é simplesmente ignorar completamente os registros existentes na BND e os dados existentes nos laudos de vistoria emitidos. Se os cotejar verá que morrem animais no SISBOV da mesma forma que fora dele.

    Notem ainda que se alguém usar o código de um animal morto para identificar outro animal terá que violar o lacre dos identificadores do animal original, correr o risco de ser pego em uma vistoria e/ou auditoria ou ainda no abate e ainda restringir o uso deste identificador violado a um animal de mesmo sexo, raça e idade, pois qq alteração destes dados implica na recontagem automática dos prazos de quarentena e noventena. Isto para não falar que este novo animal teria que "brotar" na propriedade sem ser oriundo de um transito regular, com emissão de GTA, pois as fichas dos órgãos de defesa são comparadas sistematicamnete com os registros do SISBOV a cada 2 ou 6 meses. Mal negócio ao meu ver.

    Posso ainda garantir que para mim, que atuo no setor pecuário a 30 anos e cuja família atua desde o inicio do século passado, a implantação do controle individual dos animais foi uma verdadeira revolução. Nas tentativas anteriores ao SISBOV de implantação de controles individuais confesso que acabei fracasando justamente por falta de capacitação da mão de obra. Mas este papel é nosso, não de terçeiros. e não podemos fugir dele eternamente. E uma vez enfrentado este problema as coisas começam a acontecer como desejado. Sei que ainda tenho muito que aprender mas francamente já não me considero mais um novato.

    Da mesma forma é impossível discortar dos argumentos do Sr Fernando Lopa pró maiores investimentos em  fiscalização das fronteiras, da vacinação nas propriedades, dos abates nos frigoríficos, do trânsito nas estradas e nas gondolas, bem como na educação rural, no melhoramneto genético, etc. Simplesmente entendo que a importância de um não anula o outro.

    Concordo ainda que a implantação da lei de rastreabilidade elevará os controles do governo e com isto a cadeia será fortalecida. Mas justamente por ser uma lei será obrigatória a todo o rebanho e, ainda que demande pouco esforço adicional do produtor, pois o maior peso será do Estado, não agregará valor imediato ao produtor.

    Por isto entendo que sabiamente o legislador deixou espaço para adoção voluntária de escopos complementares, de acordo com demandas de mercado. O SISBOV  é justamente um destes escopos complementares que provavelmente continuará existindo enquanto houver interesse comercial em atender exigências específicas.

  32. Renan Aires de Alencar disse:

    Cota hilton não preenchida, valor do boi rastreado a menor dos ultimos anos, carne exportada com problemas sanitários, gente alimentando boi europa com cama de frango, embargos aqui e acolá, e ainda estão nos tentando convencer que a aderir ao sistema é o caminho…
    Temos o boi mais saudavel do planeta, mas tentamos a todo custo provar para o mundo que não temos o pior…

  33. Francisco de Assis F. Rodrigues disse:

    Trabalho no seguimento pecuário ha mais de 40 anos atuando  nas áreas de Defesa Sanitária , Prudução etc.  aderir ao SISBOV desde sua implantação e  confesso,   tenho de  aprender muito sobre todos os assuntos. Li atentamente todos os comentarios postados a respeito do assunto e notei que grande parte dos comentaristas tem posições bem fundamentadas, outros não.

    É fato, de  que houve muitos erros no início da implantação do SISBOV e ainda existem,

    mas  temos  que pontuar e  melhor;.

    Eu pergunto, qual é o Sistema que foi implantado em qualquer atividade, e não tem erros? A gestão de sua atividade principlal, seja ela qual for, é perfeita?,  qual o sistema de governo no mundo que é perfeito.Pode até ser, mas os executores e participantes, não o são. A Sistema Republicano no Brasil foi implantada ha muitos anos e constantimente necessita de ajustes, sempre tem alguem insatisfeito.

    Dizer que o SISBOV não ajuda na gestão de uma propriedade, ou que, quem acha que ajuda não sabe nada de gestão, é no minimo excesso de  preciosismo,

    Conheço muitos e muitos  grandes produtores que se apoiam no SISBOV  como uma ferramente que auxilia   na gestão de seus ERAS, afirmando que esta melhorando a   lucratividade, exigindo funcionarios com maior grau de escolaridade (educação) dos funcionarios de sua propriedade, devido o alto grau de exigencias do novo SISBOV.

    Lembremos que, apartir de março de 2008, não se fala mais em rastreabilidae de animais e sim CERTIFICAÇÃO de propriedades "ERAS" e  que sua adesão é VOLUNTÁRIA, não é obrigatoria, como tem gente que ainda postou, mostrando desconhecimento do assunto.

    Portanto, aderir ao sistema, é para quem pode e não para quem quer, porque quem adere é obrigado a cumprir as exigencias que o sistema impõe.

    Não podemos  apostar na Exitinção do SISBOV ou das Certificadoras pois se assim acontecer, podem apostar  em  mudanças do Regulamento Europeu, o que é muito dificil.

    Seria bom, tratarmos de melhorar aquilo que ja existe e esta dando certo,exeigindo:

    DA INDUSTRIA- exigir prêmios para nosso produtos;

    DOS ÓGÃOS de DEFESA- EXIRGIR que o não preencham o  campo -17 da GTA, automaticamente sem a autorisação do produtor, abrindo assim um campo de negociação entre o produtor e a Industria.

    Quem tem de dizer se seus produtos devem ser Exportados para a Europa ou Chile é o Produtor e não os Órgão de Defesas estaduais.

    " diga se passagem que em alguns Estados, ja se conseguiu o não  preenchimento automático do campo 17 da GTA para animais destinados a exportação para a EUROPA, mas continua  automático para o CHILE". Prejuizo para o produtor.

    DAS CERTIFICADORAS-  O produtor deve xigir um trabalho serio,  profissional,  de qualidade e até mesmo decnunciar os maus profissionais ao MAPA;

    OS PRODUTOTES- acreditar no que ja existe, atuar com profissionalismo, se modernizar, ver a grande evolução técnica e genetica que aconteceu.

    Francisco de Assis F. Rodrigues.

    Médico Veterinario

  34. Francisco de Assis F. Rodrigues disse:

    Quero pedir minhas escusas e corrigir meu comentario:

    ao falar:

    1 que o não preencham o campo 17….. "lê: exirgir que não preencham o campo 17 da GTA….."

    2-OS PRODUTOTES " lê : OS PRODUTORES"

    Obrigado….

  35. Marcia Pires disse:

    Prezados,
    Muito interessante o artigo, e assim verificamos o quanto é discutível a questão "rastreabilidade" para países de extensões continentais como o Brasil.
    Porém identificamos nestas matérias, os diversos interesses que envolvem a cadeia da carne e sua comercialização.
    Por outro lado, jamais podemos esquecer que o objetivo final é um alimento de qualidade na mesa do consumidor e sanidade animal de estados  e País.
    Quando focamos isoladamente a rastreabilidade bovina e garantia de permanência de animais por noventa dias na última propriedade, falamos de segurança alimentar e sanidade localizada na propriedade específica.
    Portanto, não podemos simplificar ações de governo como foi feito pelo autor da matéria.
    Ora vejam, um estado está embasado em garantir os diversos programas nacionais de controle de doenças que afetam suínos, aves entre outros, e que também são de suma importância para o desenvolvimento do estado. Acredito que muitas vezes geram mais divisas com a exportação que o próprio bovino rastreado para UE.
    Neste enfoque, devemos entender que a rastreabilidade de todo o rebanho de um estado, favorece o controle integral para atender exigências internacionais e da OIE para o reconhecimento de zona livre sem vacinação para AFTOSA – este sim caminho sem volta para o Brasil e seus estados.
    Como sitado o estado vizinho SC – realizou tal tarefa e atualmente tem os melhores mercados suínos e de aves no mercado internacional e além disso devem alçar novos vôos para UE, Coréia, Japão entre outros.
    Não podemos ser tão egoistas ao avaliarmos isoladamente a bovinocultura e as não mais de 150 propriedades do RS que são habilitadas para exportação e uma certificadora que sofreria       com a identificação total do rebanho Gaúcho.
    Porém nada impede a propriedade rural, manter um rastreamento voluntário "SISBOV" com brincos, e seus animais atenderem os requisitos de rastreamento estadual com "chip" que por sinal, reduziria grande parte dos transtornos operacionais encontrados hoje.
    Ou melhor, será que não é o momento do SISBOV evoluir para CHIP?

    Emfim, os interesses são complexos, mas o futuro é um, RS sem vacina e com mercados abertos indiferente do SISBOV.

  36. rafael rodrigues de paula disse:

    Prezados,
    A princípio que parabenizar o Luciano Antunes pelo excelente artigo que escreveu e que culminou nessa extensa e saudável discussão, reunindo as mais diversas opiniões e oriundas de vários personagens do sistema.

    Tenho acompanhado a evolução dos comentários, e a cada dia tenho corroborado uma teoria que tenho desenvolvido ao longo da minha vivência como técnico atuante na área. Essa teoria tem três pontos principais: Em primeiro, temos um grande preconceito daqueles que não conseguiram se adequar ao novo Sisbov e se utilizam das falhas e vícios do antigo Sisbov para embasar seu argumentos contrários ao sistema. Depois temos um grande desconhecimento de grande parte dos produtores sobre as regras atualmente em vigor e sobre como, tão bem, tem se desenvolvido a rotina nas propriedades certificadas. E por fim, temos a realidade de que aqueles que se aderiram ao Sisbov e fazem parte da Lista Trace, não querem abandonar, de forma alguma, sua conquista.

    Acredito que hoje o Sisbov está consolidado. Tornou-se um sistema estável e confiável, além de estar bem mais ágil. Situação muito diferente daquela encontrada em 2008 e meados de 2009, que foi o período mais crítico desse modelo que temos hoje, em que nem ministério, nem certificadoras, e nem produtores se entendiam, e, consequentemente, nem frigoríficos faziam o que lhes competem. Enfim, todos apanharam, todos erraram, e com os erros, todos aprenderam. E com o aprendizado, nosso sistema tem conquistado a cada dia, mais confiança e respeito.

    Por isso, acredito que quem espera grandes mudanças no sistema de rastreabilidade brasileira vai continuar frustrado, pois elas não virão. O que poderá acontecer, acredito que seja algumas adequações ao modelo que temos hoje, desburocratizando algumas exigências, com uma maior integração digital entre os elos da cadeia (ministério, órgãos de defesa local, certificadoras, produtores e frigoríficos).

    Com relação a remuneração paga ao produtor, o que posso afirmar pelo que tenho presenciado aqui no MS, é que ainda não há garantia de bonificação em todas as negociações. Há dias em que os frigoríficos compram e bonificam o gado Lista trace, e dias que não. E em média, tem se pagado R$2,00/@.
    Para aqueles que trabalham com profissionalismo e levantam seus custos de produção, sabem que essa cifra, apesar de parecer pouca, já agrega valor a produção. De qualquer forma, a remuneração que o Sisbov pode trazer, tem chances de ir muito além desses R$ 1,00 ou R$ 2,00 tão criticados. Pois fazer parte da Lista Trace é pré-requisito para outros tipos de incentivo pagos ao produtor, como a Cota Hilton e alguns programas desenvolvidos diretamente pela indústria. Basta se informar e buscar esses mercados.
    Por fim, há dois caminhos a seguir: Ou fica-se parado, vendo as coisas acontecerem e criticando o que está sendo feito. Ou parte-se pra briga, trabalha-se com afinco, se adequa ao que está sendo proposto e colhem-se os frutos do profissionalismo.

  37. Carlos Augusto Mendes de Oliveira disse:

    Caro Fernando e demais colegas, pois alem de engenheiro sou criador.

    Desde 2007 e 2008, quando estavam implantando o SISBOV, sempre comentei que isto me parecia coisa de "entidade de classe" defendendo e fomentando o emprego de tecnicos, discutia até com um irmão que é veterinário. Isto foi feito como muitas de outras nossas leis,avançadas, modernas, mas distantes da realidade; claro que näo funcionaria, este modelo foi copiado para trabalhar em pequenas quantidades, controle muito centralizado. Assim seguimos na burocracia publica.

  38. Jogi Humberto Oshiai disse:

    Daqui de Bruxelas envio esta informação oficial da FAMASUL que acredito ser interessante para os participantes deste Grupo de debate sobre o Sisbov :

    21/11/2011 | Pecuária de corte

    Liminar libera GTA sem embarque acompanhado

    Como resultado de um mandato de segurança impetrado pela Federação de Agricultura e Pecuária de MS – FAMASUL para agilizar a liberação de guias de transito animal (GTA) de bovinos e bubalinos, foi concedida na noite da última sexta-feira, 18 de novembro, uma liminar pelo desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva que autoriza a emissão da guias sem a exigência de embarque acompanhado pelos fiscais da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro). A medida foi solicitada pela instituição em função da morosidade gerada pela operação padrão adotada no último dia 17 pelos fiscais de condicionar a emissão da guia ao acompanhamento.

    A pedido da FAMASUL, o Governo do Estado estará cadastrando e treinando os sindicatos rurais do Estado para que emitam as GTAs. Até então, a guia era emitida somente nas unidades locais da Iagro nos municípios.  Segundo dados da Iagro, pelo menos 900 mil animais por mês são movimentados no Estado, sendo que a maior parte, ou cerca de 40%, com a finalidade de abate. Mas o transporte também movimenta bovídeos para engorda, exposições, leilões, reprodução, esportes e serviços.

    Federeção da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul – FAMASUL

    http://www.famasul.com.br