Argentina volta a ser livre de aftosa com vacinação
21 de janeiro de 2005
Aumentar o consumo interno da carne bovina, um desafio de todos nós
25 de janeiro de 2005

Sisbov opcional divide setor produtivo

Embora o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do RS (Sicadergs) observe a normalidade na oferta de animais rastreados para abates externos, o Frigorífico Mercosul vê com preocupação a opcionalidade da rastreabilidade permitida pelo Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O diretor-presidente do Mercosul, Mauro Pilz, diz que o rastreamento é uma exigência do mercado internacional que fortalece o mercado interno. Para o empresário, a medida pode prejudicar a cadeia produtiva. “Ao invés de aumentarmos a valorização do nosso produto, corremos o risco dele ficar no mercado interno, o que pode refletir em queda de preço de até 15%”, assegurou.

Ele comparou a retração nos últimos 15 meses do valor pago pelo corte dianteiro no RS, argumentando o caminho inverso ocorrido quanto aos custos de produção e de mão-de-obra pagos. “Enquanto em 2003 pagava-se R$ 3,30 pelo quilo do corte, hoje o valor está em R$ 2,20/kg”.

O presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Fernando Adauto de Souza, lembra, no entanto, que o prazo mínimo exigido pelo Mapa, em 2004, de 40 dias para o animal estar rastreado antes do abate, ao invés do período de 365 dias que vigoraria a partir deste ano, facilitou para que não houvesse desabastecimento. O dirigente aponta, porém, para a dificuldade de negociação com a União Européia (UE), “principal parceiro de negócios com carne bovina”.

Conforme Adauto, cada país do Mercosul tem uma proposta de rastreabilidade diferente estabelecida, o que impede uma busca de cotas para o bloco. “O Mercosul está distante. É preciso adequar a rastreabilidade à nossa realidade. Nós já pedimos a unificação”, citou sobre medida do Fórum Mercosul da Carne Bovina, em 2004.

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Ronaldo Francisco de Lima disse:

    Eu penso diferente.

    O que vai regular a oferta de animais rastreado é o próprio mercado.

    Animais rastreados sempre terão diferencial no preço, com isso sempre terá gente produzindo esse tipo de animal.

    E a tendência será aumentar, pois se gasto em média $ 5,00 para rastrear e ganho em média $ 3,00 por arroba só não irá rastrear quem não quer ganhar dinheiro.