A Abiec está entrando em uma nova fase, com a mudança na diretoria na semana passada. JBS Friboi volta a entidade e Antonio Camardelli se torna o novo presidente da associação. Na mesma semana, Otávio Cançado, diretor executivo e que atuava interinamente como presidente, deixa a entidade. O que podemos esperar desse novo momento? Esse artigo é uma tentativa de analisar a situação atual da entidade. As tendências para os próximos anos são muito promissoras para o Brasil. Ainda há muito o que ser feito no mercado exportador. Acredito que a Abiec pode (e deve) ter um papel decisivo nessa evolução.
A Abiec está entrando em uma nova fase, com a mudança na diretoria na semana passada. JBS Friboi volta a entidade e Antonio Camardelli se torna o novo presidente da associação. Na mesma semana, Otávio Cançado, diretor executivo e que atuava interinamente como presidente, deixa a entidade. O que podemos esperar desse novo momento? Esse artigo é uma tentativa de analisar a situação atual da entidade.
Um breve retrospecto. O JBS contratou executivos da Abiec, inclusive os dois principais: o ex-ministro Pratini de Moraes e Antonio Camardelli. Um pouco depois, deixou de ser sócio da entidade. Na época, a empresa já tinha um porte (volume de abate mundial e faturamento) muito grande e distante do tamanho médio dos outros associados. Passou uma impressão de que o JBS estava esvaziando a Abiec e buscava um caminho solo.
Por outro lado, é compreensível que a agenda e objetivos do JBS pelo seu tamanho, faturamento, abrangência multinacional e multiproteína fossem diferentes dos associados da Abiec, que em sua maioria operam apenas no Brasil e apenas com bovinos.
Esse ano, algumas coisas mudaram. O mercado está diferente de 2009: preços mais altos da arroba e da carne, consumo interno firme e exportação se recuperando acima do se esperava com o patamar atual do câmbio. O JBS teve problemas com resíduos na exportação de carne processada aos EUA. A questão dos resíduos é mais ampla, envolve método de análise, níveis máximos que são diferentes dependendo se é carne, fígado ou produto final. E envolve também o uso responsável de medicamentos pelo produtor.
Logo depois, o JBS se associou a Abrafrigo, uma entidade que reúne pequenos e médios frigoríficos e que tinha como principais bandeiras a luta contra a opressão comercial dos grandes varejistas e concentração da indústria, patrocinada/estimulada pelo BNDES. Pode ser que essa questão com os resíduos na exportação aos EUA tenha servido como um estímulo ao JBS voltar a se associar a entidades setoriais. Primeiro se associou a Abrafrigo e agora volta a Abiec.
É preciso deixar o passado para trás e olhar o que pode ser feito agora. Devemos esperar o melhor.
Uma Abiec forte pode fortalecer ainda mais o setor exportador brasileiro de carne bovina. A presença do JBS e contando com um presidente atuante pode acelerar isso. O principal desafio é a busca pelos interesses convergentes. É claro que as empresas também têm interesses divergentes, em especial quando porte, posicionamento e desafios do momento são diferentes. Mas há muito em comum, podendo ser facilmente elencado: acesso a mercado, negociação com países compradores chave (como a Rússia), defesa da carne brasileira contra ativistas anti-carne e anti-Brasil, promoção e marketing da carne.
Uma entidade setorial pode desenvolver uma série de ações de forma mais eficiente do que empresas individualmente, mesmo as muito grande. Em uma série de negociações, com o ministério, com o governo, com serviços de inspeção de outros países, pode ser muito mais eficaz e menos arriscado ter uma entidade negociando e pressionando do que uma empresa diretamente.
A Abiec tem focado nos últimos anos na construção de acordos e negociações para acesso a mercado, passando por inúmeras questões como sanidade, bem-estar animal e mais recentemente sustentabilidade. Uma entidade pode ser a ponta de lança para que o setor brigue e defenda seus interesses.
Outra tarefa importante é o fortalecimento do Brazilian Beef, a marca, a cara, a reputação da carne brasileira no exterior. Várias entidades e empresas do agronegócio estão organizando um grande trabalho conjunto para promover, explicar e desmistificar o agronegócio brasileiro, aqui e no exterior. Um setor que é percebido pela população como muito menor do que é na realidade. E a carne bovina é o melhor exemplo disso: tem grandes qualidades e é a mais atacada de todos os lados. Faz todo sentido que a pecuária de corte brasileira faça parte desse trabalho conjunto de melhoria da imagem do agronegócio brasileiro.
Arrisco que podemos ter mais avanços no médio prazo. Faz sentido a Abiec incorporar – ou se fundir com – a Abrafrigo. Vale lembrar que vários frigoríficos são associados das duas entidades. Isso daria mais força a entidade, direcionando os esforços de todos para os interesses convergentes da indústria.
Não faz sentido grandes contra pequenos, exportadores versus mercado interno. Há muito que pode ser feito e melhorado que é do interesse de todos. Focar a energia de uma associação nisso é o que traz seu sucesso.
O mesmo poderia ocorrer, no médio-longo prazo, com as entidades de empresas exportadoras de suínos e aves. BRFoods, Marfrig e JBS têm atuação nas três proteínas animais. Em muitos países há apenas uma entidade que represente as três carnes, com muito mais força e poder de negociação. Não é facil de arquitetar e executar, mas também não é impossível.
As tendências para os próximos anos são muito promissoras para o Brasil. Ainda há muito o que ser feito no mercado exportador. Acredito que a Abiec pode (e deve) ter um papel decisivo nessa evolução.
Qual é a agenda positiva para 2011? Essa é a grande pergunta. Em breve, vamos fazer uma entrevista em vídeo com o novo presidente, Antonio Camardelli.
16 Comments
Por que saiu? Por que voltou?
A situação da Abiec quando o JBS a abandonou, está muito diferente da situação atual?
Será que o presidente “saído” teria algum esclarecimento um pouco mais técnico do que a nota publicada quando de sua saída?
Difícil acreditar que por trás deste movimento não existe alguma “grande jogada”, que provavelmente não beneficiará todos os associados…
Como o JBS anda comprando tudo, fico na dúvida: Ele agora é um novo Associado, ou o novo Dono?
Parabens pelo excelente artigo Miguel.
Vale apena ressaltar que os especialistas ao analisarem o sistema agroindustrial da carne bovina, via de regra o primeiro ponto franco identificado é a falta de coordenação da cadeia e relações agonisticas entre os elos e agentes. Com a mudança na diretoria da ABIEC o que espera-se é um maior direcioamento da entidade e desenvoleimento de ações voltadas a tomada de qualidade pela cadeia.
Um grande Abraço
Anderson Polles
Pesquisador de Mercado
Miguel,
Espero, como você, que a ABIEC consiga focar suas ações nos temas convergentes e evitar os temas polêmicos. Uma associação forte auxilia na conquista de novos mercados e na divulgação da qualidade de nossa carne. Não sei avaliar a viabilidade real da fusão da ABIEC e ABRAFRIGO, mas não vejo porque não possa ao menos ser discutida.
Abrs
Olá José Manuel,
A volta do JBS e o Camardelli ser o novo presidente devem ter sido muito bem avaliados por todos. E pelo menos a maioria simples comprou a ideia.
Eu não subestimaria a capacidade de avaliação e análise das outras empresas associadas a Abiec.
Em breve teremos uma entrevista em vídeo com Camardelli e vamos procurar responder a todas essas perguntas.
Abs, Miguel
Em breve vamos realizar uma entrevista em vídeo com o novo presidente da Abiec, Antonio Camardelli.
Envie suas melhores perguntas e nos ajude a fazer essa entrevista.
Um abraço, obrigado, Miguel
Prezado Miguel – Sem duvida alguma temos que aplaudir a volta do Dr Camardelli a Abiec – nao existe no setor pessoa mais experiente e conhecedora de tudo o que envolve nao so o setor em termos de mercado mundial como tambem o domestico – uma entidade forte e sem divisoes eh fundamental – tambem acho que a abrafrigo e a Abiec deveriam de alguma forma juntar as forcas e nao agir isoladamente – e tambem acho que deveria haver uma so entidade que defendesse os interesses das empresas produtoras/exportadores de carne bovina suina e aves – seria o que de melhor poderia acontecer para o setor ter uma entidade realmente forte e representativa que possa alem de defender os interesses do setor especialmente em buscar novos mercados – isto o Camardelli tem em mente muito claro e ja declarou – pois nao podemos ficar fora de mercados como por exemplo Japao Coreia Taiwan Malasia e depender dos atuais mercados , onde a cada dia perdemos nosso market share tao duramente conquistado -vejam em 2007 exportamos em carne bovina 1.285.866 tons (media mensal 107.155 tons) – em 2008 exportamos 1.022.882 tons (media mensal 85.240 tons) em 2009 exportamos 926.082 tons (media mensal 77.173 tons) e em 2010 ate setembro exportamos 761.136 tons (media mensal 84.570 toneladas) -se considerarmos que a reducao do volume foi de 20% em relacao a agosto de 2010, deveremos chegar a umas 920.000 tons em 2010 – ou seja PERDEMOS PARTICIPACAO DE MERCADO DE QUASE 30% em relacao a 2007 – esta é a realidade nua e crua!
E para que mercados estamos exportando hoje em dia? Mercados irregulares com serios problemas economicos e politicos -para citar os 4 principais – Russia – Iran – Egito – Venezuela -basicamente dianteiros ,sendo que os dois primeiros paises levam mais de 50% de nosso volume exportado – para a Uniao Europeia nosso volume caiu drasticamente por questoes de preco e da recessao economica que afeta aquela regiao – outros paises a coisa mais ou menos se mantem, as duras penas, pois hoje temos alguns fatores totalmente adversos a exportacao – taxa do dolar baixo – boi em alta (atualmente um dos mais caros do mundo!) – um mercado domestico forte pagando melhores precos do que as exportacoes – entao COMO podemos ser otimistas em relacao a exportacao de carnes quando analisamos a situacao atual e o que está por vir? Copa do Mundo -0limpiadas -uma economia andando bem….muito investimento estrangeiro chegando ao pais empurrando a taxa do dolar para baixo -uma possivel recuperacao do plantel para 2012 0u 2013 sem perspectivas de uma baixa no preco do animal – uma recuperacao economica muito lenta dos principais mercados (Uniao Europeia por exemplo quanto tempo ..2..3 anos ??) -frigorificos todos pequenos medios grandes sem rentabilidade suficiente para se manter – ora se nao conseguirmos abrir novos mercados que possam pagar melhor por nossas carnes a coisa nao tem como melhorar nos proximos anos – utopias e sonhos oniricos ja nao cabem na realidade atual -temos que enfrenta-la!
É…o Sr Carlos Massoti está absolutamente correto…volume sem rentabilidade não põe empresas de pé. E a retração das vendas para a UE foi um duro golpe para o setor. Mas precisamos abrir urgentemente outros mercados capazes de adquir os cortes trasseiros a bons preços. Japão, Coréia, etc…quem ficar contando apenas com a redução dos preços internos dos animais pode não sobreviver.
Senhores,
Avaliações precipitadas geram, normalmente, conclusões equivocadas.
Um abraço do,
Otávio
Caro Miguel,
Aproveito a carona do teu editorial, do comentário do Senhor Massotti (profissional do setor há anos !) e, sobretudo, do último sucinto comentário do Senhor Cançado para recordar uma frase do Steve Jobs na Universidade de Stanford – “be foolish…be hungry” e eu tenho a absoluta certeza que estas características não faltam no novo Presidente da ABIEC, Dr. Antonio Jorge Camardelli, que com certeza utilizará seus conhecimentos técnicos (veterinário), sua experiência de governo no MAPA, sua atuação no setor privado, inclusive como ex-Diretor Executivo da ABIEC no período que a Associação se projetou de tal forma a ultrapassar a poderosa ABEF construída pacientemente e profissionalmente pelo Senhor Claúdio Martins com o apoio de Presidentes de empresas que tinham visão do setor de aves.
Espero que com o retorno do Dr. Camardelli como Presidente da ABIEC e, igualmente, do Grupo JBS como associado da entidade o Presidente consiga fazer com que as demais empresas associadas – grandes, médias ou pequenas – tenham o bom senso de apoiar as suas iniciativas que podem contribuir consideravelmente com todo o setor produtivo de carne e com o Brasil.
Longa vida ao Presidente Camardelli é o que desejo daqui da capital da União Européia caso tenhamos o objetivo de retomar as exportações de carne in natura de outrora para o mercado comunitário e ter, igualmente, acesso a novos mercados levando em consideração os temas importantes mencionados no teu editorial.
À este propósito, caso acreditem oportuno, sugiro que o teu Editorial junto com todos comentários substituam o depoimento do Senhor Otávio Cançado no Espaço Aberto do BeefPoint, levando em consideração que a carta foi endereçada aos Conselheiros da ABIEC e, ao meu ver, ela não tem nada a acrescentar aos leitores do BeefPoint que não são associados da referida entidade e que os referidos Conselheiros simplesmente a ignoraram, assim como fizeram os leitores levando em consideração que o artigo teve somente um comentário apesar do tempo enorme que está ocupando o espaço que poderia ser melhor utilizado de forma sempre positiva e não negativa.
Na próxima semana tem a SIAL, em Paris, e lá nos encontraremos como de costume para inclusive discutir pessoalmente temas vários sobre o setor. Até breve pessoal !!!
Cordialmente,
Jogi Humberto Oshiai
Respeito as posições do Sr, Jogi Humberto Oshiai, da mesma forma que respeito a opinião de todos que doam seu tempo ao partilhar seus conhecimentos e opiniões, que de outra forma nunca teríamos acesso.
Acredito ser incompatível o livre pensamento com qualquer tipo de censura, mesmo que “póstuma” a algum artigo aqui publicado, a não ser que comprovadamente e de forma consciente não represente a verdade, ou que se aposse de opiniões ou trabalhos, que não sejam de sua própria autoria.
A sugestão dada pelo referido Sr. e transcrita a seguir são como as dos comunistas russos, que apagavam os escritos, as imagens e a história de seus antigos aliados, que por algum motivo caiam em desgraça:
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“À este propósito, caso acreditem oportuno, sugiro que o teu Editorial junto com todos comentários substituam o depoimento do Senhor Otávio Cançado no Espaço Aberto do BeefPoint levando em consideração que a carta foi endereçada aos Conselheiros da ABIEC e, ao meu ver, ela não tem nada a acrescentar aos leitores do BeefPoint que não são associados da referida entidade e que os referidos Conselheiros simplesmente a ignoraram, assim como fizeram os leitores levando em consideração que o artigo teve somente um comentário apesar do tempo enorme que está ocupando o espaço que poderia ser melhor utilizado de forma sempre positiva e não negativa”
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Quem julga se o que leio ou o que penso, é ou não importante, não é o Sr. Jogi, e sim minha consciência… poucos comentários sobre uma determinada matéria, não significa que não foi lida ou que não é relevante, ou mesmo que seja usado como argumento para retira-la do espaço já publicado.
Espero realmente que o espaço BeefPoint continue democrático, e que as pessoas continuem escrevendo, se expondo, assim como cada um de nós tem feito até agora… Pode desagradar alguns, mas é uma excelente forma de conhecer os limites democráticos de cada um, quando opiniões contrárias fazem aflorar o “ditadorzinho” que se esconde em cada um de nós.
Fico imaginando o tamanho dos “interesses contrariados” no assunto “Saída + Retorno do JBS na Abiec”, para que alguém da importância do Sr. Jogi Humberto Oshiai, se exponha dessa forma, com uma declaração tão infeliz…
Vivendo, vendo, ouvindo, pensando e aprendendo… como é difícil conciliar democracia com interesses contrariados…
Jogy, meu amigo,
o Deputado Vadão lhe manda um abraço.
do amigo,
Otávio
Meu caro Jogi,
Desculpe-me, mas não sabia que você era o mais novo moderador do beefpoint, decidindo o que deve ou não ser publicado ou o que é ou não interessante aos leitores deste portal. Prometo que não vou mais enviar comentários irrelevantes nem tampouco artigos ou cartas que imagino possam não ser do seu agrado e do seu estilo literário. Afinal, um profissional como você que já contribui tanto com o Brasil e com o setor não pode se aborrecer com as pequenas coisas do dia-a-dia, não é?
A propósito, meu amigo, o Deputado Vadão lhe mandou um forte abraço.
Um abraço do,
Otávio
Prezado Senhor Miguel,
Devo congratular o seu editorial que tem dado oportunidade inclusive a comentários que extrapolam o tema proposto “Situação da ABIEC uma análise preliminar” ao ponto de um determinado senhor se manifestar mencionando o comunismo (acredito da época de Stalin) ainda que o Muro de Berlim tenha caído há anos. O mundo mudou e alguns indivíduos ainda não entenderam que o mundo globalizou e até o nosso setor mudou !
Acredito que com a experiência que acumulei ao longo de minha vida profissional no setor deveria, por princípio, neste sucinto comentário mencionar que o Senhor do Comunismo, o Sernhor Otávio Cançado, ex-Diretor Executivo da ABIEC, e eu perdemos a grande oportunidade de estar presente no Salão Internacional de Alimentos (SIAL), em Paris, que foi anunciado no comentário do Senhor Oshiai que, ao contrário, do que menciona o Senhor do Comunismo, o profissional que atua profissionalmente em Bruxelas há decênios sempre defendeu os interesses de temas de agronegócios de pequenos, médios ou grandes empresas, associações, federações e estados brasileiros de forma muito democrática e imparcial. Devo recordar que devemos ao Senhor Oshiai e a Dra Cristina Lombardi inclusive o nome da marca “Brazilian Beef” por terem os dois profissionais, no período da exigência comunitária de certificação de carne bovina, inventado o nome que vige até hoje.
Lamento não ter ido a SIAL este ano, principalmente pelos comentários que até mim chegaram, para constatar in loco o sucesso do Brasil, especialmente de suas grandes empresas do setor de proteínas, JBS, Marfrig, BRFoods e de todas as outras pequenas e médias empresas que no SIAL estiveram presentes.
No que se refere a ABIEC, tenho também conhecimento, que o novo Presidente Camardelli deslumbrou a todos os associados pequenos, médios e grandes pela sua atuação imparcial, respeito pelos colegas da entidade e demonstração de grande classe ao colocar toda a sua experiência do setor e de sua rede de contatos a disposição da entidade que representa com classe e muita garra. Fui inclusive informado que os Presidentes do Conselho Nacional da Pecuária e Corte (CNPC), Senhor Sebastião Costa Guedes, do Forum Nacional Permanente de Pecuária e Corte da CNA, Senhor Antenor Nogueira, e da SICADERGS, Senhor Ronel Alberto Lauxen, Embaixadores e autoridades competentes de governos e entidades privadas brasileiras e internacionais foram prestar homenagem ao Presidente Camardelli que os recebeu com o excelente churrasco brasileiro e, desta vez, renovou o menu tradicional incorporando os melhores vinhos das melhores marcas brasileiras em colaboração com a entidade Wines of Brasil. Fiquei com uma vontade enorme de ir até o SIAL, pelo menos, por um dia para dar um abraço nos amigos e colegas do setor e beber com eles especialmente o “Valduga Reserva Especial” para festejar o retorno do Dr Camardelli para defender todo o setor por meio da ABIEC, que apesar de seu grande nome, encontrou-se abandonada, especialmente depois da saída dos ex-Presidente Pratini de Moraes e Giannetti da Fonseca.
Meus prezados senhores do Comunismo e Cançado, perdemos uma grande oportunidade para rever amigos e colegas, fazer novos contatos e participar da festa da ABIEC, sob o comando do Presidente Camardelli, com o apoio de todos os seus associados, que atraiu os mlhares de participantes do SIAL para o lado verde amarelo do “Brazilian Beef”. Fato este que devemos estar mesmo aqui no Brasil honrados com o trabalho desenvolvido pelos amigos e colegas que no SIAL defenderam direta ou indiretamente os nossos interesses que é o do Brasil.
Feliz do Senhor Cançado que tem a liberdade de se endereçar ao Senhor Jogi Humberto Oshiai como “Caro amigo Oshiai. Devo salientar que Senhor Oshiai é altamente respeitado pelos profissionais do setor brasileiro e internacional pelo seu desempenho profissional junto à União Européia de considerável importância para o setor e para o Brasil, seja durante os anos que colaborou com o governo brasileiro, seja a partir do momento que passou para o setor privado. Não creio que seja uma lenda o fato de que os representantes das empresas, de associações e de estados afirmam que o Senhor Oshiai sempre conseguiu os objetivos solicitados pelas indústrias brasileiras e nunca perdeu nem mesmo uma negociação junto à UE seja para defender pequenas e médias empresas seja as grandes. Consta que em um contencioso recente no setor brasileiro de frangos o senhor Oshiai defendeu pequenas e médias empresas brasileiras com brilhantismo.
Para não alongar devo reiterar somente a frase do Senhor Oshiai que mencionou no seu comentário – “utilizar as nossas energias sempre de forma positiva !” Concordo plenamente com ele e tenho a certeza que iremos todos sair ganhando caso a nossa liderança siga o exemplo do senhor Oshiai para que profissionais inclusive com a minha experiência possam doravante atuar no Brasil de forma séria e competente para colaborar no desenvolvimento de toda a cadeia produtiva do setor de carnes que produz buscando dar inclusive sustentabilidade aos seus negócios !!!!
Cordialmente,
Fernando Saldanha
Diretor Técnico da Cugnier
Prezado Sr. Fernando Saldanha,
Meu comentário sobre sua carta encontra-se em:
00:27 – José Manuel de Mesquita
Novo post adicionado: “Abiec – Resposta ao Sr. Fernando Saldanha”.
Cordialmente,
JMM
Prezados,
Parabenizo a volta de Camardelli junto à Abiec, conforme mencionei em nosso último editorial. (revista feed&food edição 43 – http://www.feedfood.com.br)
Estava na Ubabef, a convite do ex-ministro Turra, e ele mesmo me disse na semana retrasada, ocasião quando a comitiva saudita estava naquele escritório, que Camardelli participou daquela reunião.
Quero aqui registrar um comentário muitas vezes proferido pelo Dr. Osler Desouzart, consultor-diretor da OD Consuting, “o Brasil cárnico precisa agir em bando e caçar em bando”. Assim como vimos com a fusão da Ubabef, onde os senhores poderão ler na próxima edição de feed&food (reportagem de CAPA – edição 44).
Ou seja, o CV de Camardelli diz por si só. Todo este esforço já pode ser visto nas primeiras semanas que assumiu a Abiec e mais recentemente na SIAL. Já sobre Abrafrigo e Abiec, quem sabe o setor não ache por bem caçar em bando!?!
O mundo hoje não pode estar singularizado, a pluralização dos segmentos se tornará cada vez mais uma ordem de mercado. A multiproteína é fato, e cada vez mais todos deverão sentar em uma mesma mesa, independentemente de interesses X ou Y.
Recordo aqui uma ponderação feita pelo Dr. Sebastião Costa Guedes: “a carne, o leite, os ovos brasileiros devem ser encarados de fato como soberania nacional”.
Pois é… mais um tema polêmico…
Soberania Nacional… em um país dito Democrático seria : Educação, Saúde, Segurança e Liberdade (de expressão e pensamento)…
Produtos e serviços não ligados as áreas acima, ou correlacionadas a elas, deveriam ser assuntos da iniciativa privada. O “ente estado” não deveria se envolver, pois quando se envolve, em geral o resultado é : “sacrifício de muitos” em “benefício de poucos”…
Gestão, foco, e trabalho sério… deveriam nortear as atividades empresariais neste país.
Os riscos que envolvem qualquer empreendimento deveriam ser reais e sempre sem a possibilidade de parasitar o “ente estado”…
Quem sabe assim sobrariam recursos para a desenvolver a verdadeira Soberania Nacional, com empresários competentes, trabalhadores cultos e políticos com real espírito republicano… Todos conscientes de seus deveres e obrigações…
Os interesses de X, Y ou Z estariam todos bem representados, e o tal “Mercado” com certeza não teria oportunidades de ser tão “predador”.
Pelo que tenho observado, não será nesta eleição que iniciaremos tal processo, independente de quem seja o vencedor…