Quando digo que identificação individual e banco de dados central são pilares me baseio no que está sendo implantado pelos principais paises produtores. É verdade também que todos estes paises enfrentam dificuldades e resistências que ainda precisam ser superadas. Mas não é abandonando estas premissas que solucionaremos nossos problemas, só os agravaremos. Para superá-los o que precisamos é mais debate com toda a cadeia, inclusos o comércio e os consumidores.
O leitor do BeefPoint José Ricardo Skowronek Rezende (Produção de gado de corte), de São Paulo, São Paulo, enviou um comentário ao artigo “MS: Grupo começa a debater conceito e abrangência da rastreabilidade“. Abaixo leia a carta na íntegra.
“Entendo a insatisfação com o SISBOV e com os erros cometidos.
Mas quando digo que identificação individual e banco de dados central são pilares me baseio no que está sendo implantado pelos principais paises produtores: USA, Canada, UE, Argentina, Uruguai, Paraguai, etc.
É verdade também que todos estes paises enfrentam dificuldades e resistências que ainda precisam ser superadas. Mas não é abandonando estas premissas que solucionaremos nossos problemas, só os agravaremos. Para superá-los o que precisamos é mais debate com toda a cadeia, inclusos o comércio e os consumidores.
Acredito que foi justamente a falta de discussão prévia e exaustiva da cadeia na implantação do SISBOV que o Sr Cesário apontou com muita propriedade. Pela mesma razão escrevi:
“Mas como a implantação de um novo sistema de rastreabilidade demandará tempo e esforços consideráveis é importante que as discussões prévias da cadeia produtiva sejam exaustivas, pois não podemos correr o risco de errar novamente.”
Concordo ainda que o modelo de adesão voluntária é o mais adequado para nossa realidade. Tão pouco vejo como identificar e rastrear um rebanho do tamanho do nosso de uma hora para a outra.
Mas negar as novas exigências dos compradores/consumidores é incorrer no pior dos erros: o risco de perda destes mercados.”
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Nos não podemos desconsiderar estes sete anos de exaustivas lutas na adaptação das normas do sisbov, para simplesmente começar algo novo com adesão obrigatória.
Sendo que nos sulmatogrossenses sabemos da dificuldade do pantaneiro em aderir a essas novas regras, vamos tentar através do mapa que ele consiga facilitar um pouco mais para o produtor na próxima normativa, sabendo no entanto que estas facilidades a que me refiro já estão quase no limite da não aceitação para estes países.
Queremos exportar, portanto vamos nos organizar e criar nossos próprios meios, com pessoal capacitado a administrar e implantar o sistema , que facilite o nosso trabalho dentro das nossas propriedades.
Caro José Ricardo,
Parece que finalmente vamos caminhar para uma solução, após anos de prejuízos causados ao nosso setor por uma infeliz canetada do MAPA. Eu mesmo joguei fora mais de R$ 50.000,00.
Lygia Pimentel informa hoje no site da Scot Consultoria que:
“O sistema de rastreabilidade bovina do Brasil esta prestes a sofrer novas modificações. As medidas ainda estão sendo discutidas, mas já ganharam a atenção de pecuaristas, certificadoras e profissionais do ramo.
A proposta em pauta tiraria a exdusividade de monitoramento do SISBOV das 46 certificadoras existentes no Brasil. 0 que se propõe é que profissionais do meio (agrônomos, veterinários e zootecnistas) possam se cadastrar no MAPA e realizar as vistorias e certificações de ERAS.
As regras em discussão propõem que a rastreabilidade seja apenas para as animais de abate. A propriedade teria um brinco padrão e a certificação passaria a ser dos lotes, e não mais dos animais individualmente, como acontece hoje
As novas regras são favoráveis aos pecuaristas, pois facilitariam o processo, reduzindo a burocracia.”
Aleluia!