A balança do agronegócio atingiu superávit de US$ 29,02 bilhões entre janeiro e outubro, resultado de exportações de US$ 33,054 bilhões e importações de US$ 4,025 bilhões. Em igual período do ano passado, o agronegócio registrava superávit de US$ 21,55 bilhões, fruto da diferença entre US$ 25,5 bilhões de exportações e US$ US$ 3,97 bilhões de importações.
“Em 2004 o Brasil comprovou o potencial de sua agropecuária, o que pode ser comprovado pelos resultados de exportações”, diz o chefe do Departamento de Comércio Exterior (Decex) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio Donizeti Beraldo.
Destaques foram os aumentos de remessas dos produtos dos complexos soja e carnes, assim como a redução de importação de trigo, devido ao aumento da produção doméstica do grão.
Para o economista, os números já acumulados permitem projetar que em todo o ano de 2004 o agronegócio registrará superávit comercial de US$ 30 bilhões, resultado de US$ 35 bilhões em exportações e US$ 5 bilhões em exportações. Com esse resultado, o agronegócio será o principal responsável pela sustentação do saldo positivo do conjunto da balança comercial brasileira, estimado em US$ 33 bilhões pelo Banco Central para este ano. No ano passado, o agronegócio exportou US$ 30,639 bilhões e importou US$ 4,799 bilhões, gerando superávit de US$ 25,849 bilhões.
Soja e carnes são os destaques nas exportações. No setor de carnes as exportações somaram US$ 5,049 bilhões entre janeiro e outubro, 53,6% a mais que os US$ 3,287 bilhões de igual período de 2003.
Isoladamente, foram as exportações de carne bovina que mais cresceram, saltando de US$ 1,223 bilhão nos primeiros dez meses do ano passado, para US$ 2,051 bilhões entre janeiro e outubro deste ano. É um incremento de 67,7%.
As importações do agronegócio registraram tímido aumento nos valores despendidos, mas queda em volumes. O total de compras do agronegócio no Exterior entre janeiro e outubro somou US$ 4,025 bilhões, apenas 1,3% a mais que os US$ 3,973 bilhões de igual período do ano passado. Em volume, as importações atingiram 9,768 milhões de toneladas, 21,6% a menos que as 12,467 milhões de toneladas, entre janeiro e outubro do ano passado.
Fonte: CNA (por Ayr Aliski), adaptado por Equipe BeefPoint