A chegada da multinacional brasileira JBS após a incorporação da Bertin Alimentos, em setembro do ano passado, tem gerado certa apreensão ao município de Lins/SP, que sente os primeiros reflexos da mudança e não faltam incertezas entre os moradores quanto aos planos da JBS para a unidade linense. De sede da Bertin por mais de três décadas, Lins será agora apenas uma filial da multinacional.
A chegada da multinacional brasileira JBS após a incorporação da Bertin Alimentos, em setembro do ano passado, tem gerado certa apreensão ao município de Lins/SP, que sente os primeiros reflexos da mudança e não faltam incertezas entre os moradores quanto aos planos da JBS para a unidade linense. De sede da Bertin por mais de três décadas, Lins será agora apenas uma filial da multinacional, que tem 37 unidades no Brasil após a aquisição da ex-concorrente.
A primeira consequência da integração da Bertin à JBS, a partir de janeiro deste ano, foi a transferência do centro administrativo de Lins para São Paulo e a demissão de alguns diretores e gerentes da unidade no interior paulista. O movimento já reverberou no comércio local e alguns segmentos registraram queda em vendas – parte pela demanda menor, mas também pelo temor de empregados da companhia de se comprometerem com prestações no médio prazo.
O secretário de Desenvolvimento Sustentado de Lins, Israel Afonso, reconhece a apreensão e a insegurança em alguns setores, mas mostra otimismo com a chegada da JBS. “Vejo a possibilidade, agora, de termos duas grandes empresas na cidade”, afirma. Ele se refere ao fato de que a família Bertin mantém negócios na cidade, como a Bracol, para produção de equipamentos de proteção individual, hotéis e construção civil, por meio da Contern.
Tanto o secretário quanto o prefeito de Lins, Waldemar Casadei, reuniram-se com representantes da JBS recentemente e ouviram que o plano da companhia é continuar a crescer em Lins. “A empresa [Bertin] está sendo enormemente fortalecida com a JBS. Isso é bom para o município, que continua crescendo”, avalia o prefeito eleito pelo PMDB.
Há, entretanto, quem acredite que o fato de a JBS ter origem em outra localidade faz diferença e pode, sim, interferir na hora da definição de investimentos. “Os Bertin foram criados na cidade, jogavam futebol no campinho (…) Eles concentravam investimentos em Lins, a JBS fará diferente”, afirma Nivaldo Pupato, consultor da Associação Comercial e Empresarial de Lins. Assim, investimentos “extra-frigorífico”, como ele denomina, não deverão mais acontecer. Entretanto, segundo Pupato, haverá benefícios com o que chamou de “administração mais profissional” da JBS. “Quem está lá dentro só tem a ganhar”.
Do lado dos pecuaristas, que entregavam bois para abate na Bertin e continuam a fazê-lo para a JBS, a primeira impressão é de que pouco mudou, além da política de pagamento à vista pelos animais. André Junqueira, criador de gado de corte em Lins e em Ivinhema/MS, afirma que a JBS é mais agressiva nas compras. Mas, diz ele, “não faz diferença” fornecer para a multinacional. “O que preocupa é a concentração no setor de frigoríficos”, queixa-se, fazendo coro ao presidente do Sindicato Rural de Lins, Marcelo Junqueira.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
5 Comments
JBS é concentrador,usa dinheiro do governo via BNDS,centralizador de ações,manipulador de mercados,Lins,esquece e parte para outra.este pessoal do jbs,em breve fecharão os açougues,pois eles querem dominar todos os mercados o de compra(pecuaristas) e de vendas(area comercial)se preciso venderão carnes na rua,como se vende pamonhas.é o que está acontecendo,pelo menos estamos lendo estas noticias.Agora com dinheiro público,via bnds(segundo miriam leitão)jornalista.
A JBS ,hoje é uma multinacional brasileira de grande respeito fora do país.A sua agressividade e ousadia são marcas registradas,e,essas caracteristicas que a colocaram no topo.Não podemos esquecer que estamos num país capitalista,onde o mais capaz,agressivo,ousado se destaca,provocando incomodo em alguns
O governo deveria distribuir este dinheiro para a produção e não para a indústria, a indústria neste caso está virando monopólio, vão reger os preços e os lucros gordos ficam nas mãos de poucos,JBS e Marfrig,quem está no dia a dia produzindo não tem aapoio nenhum, enquanto a indústria acompanha o comércio,comprar pelo menor preço o boi e vender pelo maior preço a carne, eles só compram vendidos, tem o mercado nas mãos.Não reta dúvida que tem sócios do governo na diretoria destas empresas.
monopólio não é bom, e o governo parece que está apoiando isso, já que via BNDS, financia os grandes frigorificos e estes com inheiro no bolso compra os pequenos e acaba a concorrencia, ficanfo os pecuarista reféns dos que sobra, no Brasil em algumas regiões não temos mais opções para venda de nosso gado, temos que cair nas garras dos frigorificos que sobraram , já pensou se isso ocorresse também ,, com supermercados, padarias, drogarias, postos de combustivel etc………. e o pior tudo isso que é financiado pelo governo via BNDS.
ESPERAMOS QUE O PODER LEGISLATIVO FAÇA ALGUMA COISA SENADORA KATIA ABREU , SOCORRA-NOS..
De uma coisa é certa, eu pelo menos nunca vi o mar despejar no rio, e enquanto os elefantes chamam a atençào de muitos, vou trabalhando como as formiguinhas, onde o mercado é muito promissor.