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SP: Preços agrícolas caem 2,16% no mês de maio

Os preços agrícolas em São Paulo caíram 2,16% no mês de maio, mas ficaram 0,57 ponto percentual acima da variação de abril (-2,73%). A intensificação da colheita da safra 2002/03 e a manutenção da valorização do real foram responsáveis pela variação mensal negativa, em maio, do índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR).

Na tabela abaixo, podem ser vistas variações dos preços agrícolas de alguns produtos, no mês de maio e no acumulado de 2003 e em 12 meses.


Dos 19 produtos pesquisados, treze apresentaram reduções no preço (algodão, banana, café, feijão, laranja, milho, soja, tomate, trigo, aves, boi gordo, ovos e suíno). Entre os vegetais, o recuo nos preços de nove produtos, apesar do crescimento em quatro produtos, gerou queda de 0,04% no índice de preços do grupo. Já no segmento animal, a retração nas cotações de aves, boi gordo, ovos e suínos, aliada à estabilidade no preço do leite, levou à diminuição de 6,58% nos preços deste grupo. O resultado foi a redução de 2,16% no índice geral de preços agrícolas.

2003

Nos primeiros cinco meses do ano, a variação acumulada do IPR foi de -0,07%, em comparação com 6,97% do IGP-M e com 5,51% do IPC-Fipe (estimativa). Isto indica perda no poder de troca dos agricultores de 7,04 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 5,58 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe. Assim, os preços agrícolas, em 2003, estão crescendo em níveis muito inferiores do que os dos indicadores de inflação.

Últimos 12 meses

A variação mensal anualizada do IPR indica crescimento contínuo a partir de setembro de 2002, com o primeiro recuo ocorrendo em maio de 2003, quando atingiu 36%, em comparação com 31,53% do IGP-M e a estimativa de 14,61% do IPC-Fipe. Assim, os preços agrícolas estão ganhando, nos últimos 12 meses, 4,47 pontos percentuais em relação ao IGP-M e 21,39 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.

Milho

Em maio e também no ano de 2003, o destaque entre os produtos analisados foi o milho, cuja forte queda nas cotações foi provocada pela colheita da maior safra do país, quando consideramos a boa safrinha. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores de milho pode ser observado no gráfico seguinte.

Fonte: Instituto de Economia Agrícola (por Nelson Batista Martin), adaptado por Equipe BeefPoint

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