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SP: Rebanho deve ser vacinado contra a brucelose

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo prepara-se para começar a multar os pecuaristas que não vacinarem o rebanho contra a brucelose. Segundo resolução baixada em abril de 2002 pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, devem ser vacinadas todas as fêmeas bovinas e bubalinas com idade entre três e oito meses. A vacina, diz a norma, deve ser aplicada uma única vez, por veterinário credenciado nos órgãos da Defesa Agropecuária, sendo obrigatória a marcação do animal.

Segundo o coordenador do Grupo de Defesa Sanitária Animal do Estado, Reginaldo Canelada Campanhã, a fase de adaptação à lei federal que obriga a vacinação está acabando. “Já estamos fiscalizando e logo começaremos a autuar quem não cumprir a norma”, afirmou. A multa é de R$ 57,45 por fêmea não vacinada e começará a ser aplicada a partir de 1o de julho. Até lá, quem não cumprir a lei será apenas advertido.

A reportagem apurou, em levantamento informal, que mais de 70% dos criadores paulistas ainda não vacinaram o rebanho. Na faixa etária exigida, a população de animais no Estado de São Paulo é de cerca de um milhão de cabeças, distribuídas em 150 mil propriedades. A secretaria admitiu que, por se tratar de uma campanha em fase inicial, a adesão obtida, de 30% no primeiro ano, é razoável.

Ao contrário das vacinas contra febre aftosa e raiva, que podem ser adquiridas e aplicadas diretamente pelos criadores, a da brucelose só é vendida com receituário do médico veterinário. “O estabelecimento que vender fora dessas condições será autuado e punido com o descredenciamento”, alertou Campanhã. Ele defende a importância da vacina inclusive para a economia do País. “A brucelose é hoje o que era a aftosa anos atrás. Ela está causando restrições internacionais e países como a Rússia já colocam empecilhos à nossa carne”.

Vacinação é avanço no controle de sanidade

O presidente da Associação Paulista de Criadores de Gado Pardo-Suíço, José Lopez Fernandez Netto, considerou um grande avanço para a pecuária nacional o programa sanitário que visa à erradicação da brucelose e da tuberculose. “Quanto melhor o Brasil manejar o seu rebanho, sobretudo no aspecto sanitário, mais a carne brasileira será valorizada no exterior”, afirmou.

A Secretaria de Agricultura informou que o abastecimento de vacinas para o rebanho bovino e bubalino do Estado de São Paulo está garantido até o fim de 2004. Os laboratórios estão produzindo o medicamento com boa margem de segurança. Também não há risco de que produtores deixem de fazer a vacinação por falta de veterinários. Só no Estado, foram cadastrados cerca de três mil profissionais. Os nomes estão disponíveis no site www.cda.sp.gov.br.

Fonte: O Estado de São Paulo/Suplemento Agrícola (por José Maria Tomazela), adaptado por Equipe BeefPoint

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