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24 de outubro de 2005
Vacina é a principal ferramenta na erradicação da aftosa
26 de outubro de 2005

SP: Secretaria de Agricultura nega suspeita de aftosa

De acordo com a Secretaria de Agricultura de São Paulo, não há suspeita de foco de aftosa no estado.

Medidas preventivas com relação aos animais vindos do Paraná (que ainda não têm casos confirmados, apenas suspeita) começaram a ser tomadas logo após o fechamento das barreiras do estado.

A Secretaria de Agricultura de SP solicitou que o governo do estado do Paraná enviasse as GTAs (Guia de Trânsito Animal) de todos os animais que entraram em São Paulo desde 1o de outubro para que fossem rastreados e possam ser monitorados pelos técnicos da Secretaria.

Até o momento, 806 cabeças foram identificadas como provenientes do PR. Os animais estão distribuídos em 31 propriedades espalhados em 24 municípios pertencentes a 17 regiões diferentes do estado.

Os animais provenientes do PR estão sendo isolados dos demais animais dentro das propriedades e estas propriedades tiveram o movimento de animais interditado.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, a interdição de animais é diferente da interdição de área, já que envolve apenas a movimentação de animais, e não homens, veículos, etc, como tem sido feito em locais onde a doença foi detectada.

A interdição de animais tem como objetivo o acompanhamento dos sintomas da febre aftosa. Até o momento, segundo o assessor, nenhum animal apresentou os sintomas característicos da doença.

Corredores

O Estado de São Paulo estabelece critérios para entrada de produtos e subprodutos de origem animal do estado do Paraná com exceção daqueles vindo dos 4 municípios interditados com suspeita de foco de febre aftosa.

Com a portaria, fica autorizado o ingresso de carne bovina desossada e maturada, produtos de carne devidamente embalados e acondicionados; carne suína desossada, proveniente de estabelecimento com Serviço de Inspeção Federal (SIF); carne suína com osso, destinada a outro estabelecimento com SIF ou Serviço de Inspeção do Estado de São Paulo (SISP); miúdos de animais com SIF para fins opoterápicos (médicos), produtos in natura congelados, aqueles destinados à alimentação animal (“pet-food”), desde que procedentes de estabelecimentos com SIF e destinados a outro estabelecimento com SIF ou SISP.

Os corredores de entrada para trânsito, via rodoviária, de produtos e sub-produtos de origem animal, fica autorizado somente por 4 corredores: Rodovia SP 425, município de Itororó do Paranapanema, na região de Presidente Prudente; Rodovia BR 153, município de Ourinhos, Rodovia SP 258, município de Itararé; Rodovia BR 116, município de Barra do Turvo, na região de Registro.

São Paulo começa a vacinar o gado esta semana

Os pecuaristas paulistas vão começar a vacinar o gado contra aftosa esta semana. A decisão é Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que decidiu antecipar o início da vacinação, prevista para novembro. O secretário Duarte Nogueira disse que a rede de assistência da Secretaria está sendo orientada para dar início imediato aos trabalhos de vacinação. O Estado de São Paulo está em estado de alerta contra a doença por causa dos focos suspeitos surgidos no Paraná.

A Secretaria informou que vai rastrear os 1.658 animais vindos do Paraná desde 1º de outubro. Eles terão o trânsito impedido para fora das propriedades de destino, até que seja afastada qualquer suspeita de contaminação de febre aftosa. A medida foi adotada após a notificação de focos da doença no Paraná, na última sexta-feira.

De acordo com a Secretaria, dos 1.658 animais sujeitos à doença, 806 são bovinos, 793 suínos, 39 ovinos e 20 caprinos. Eles estão espalhados em propriedades rurais de 24 municípios e foram localizados por meio das Guias de Trânsito Animal (GTAs) emitidas no Paraná.

Veterinários estão visitando essas propriedades e fazendo análises clínicas para avaliar se os animais têm sintomas da doença. O fato de o vírus da febre aftosa ter período de incubação de 14 ou 15 dias e de até agora não haver relatos dos sintomas da doença no rebanho paulista pode ser sinal de que a aftosa não chegou a São Paulo.

O secretário informou que até ontem, no rastreamento realizado no interior de São Paulo, não foi localizado nenhum animal com sintomas da doença.

Nogueira lembrou que, na última vacinação, realizada em maio, o índice de cobertura atingido no Estado foi de 99,41%. Ele considera que, pelo menos em tese, o Estado, que é o maior exportador de carne bovina do País, está protegido contra a aftosa.

Fonte: Equipe BeefPoint, com informações da Assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP

0 Comments

  1. Irene Francioli Pedroso disse:

    Um país que tem o maior rebanho do mundo e que almeja ser o maior exportador de carne bovina do planeta, não pode de maneira alguma ser pior do que alguns países que nem fazem parte deste ranking.

    O México, por exemplo, há cinqüenta anos está livre da aftosa (totalmente erradicada nos anos 50). Como podemos entender isto? É uma falta de incapacidade muito grande das pessoas que governam e já governaram este país!

    Falta de recursos, não é. Falta gerenciamento. Dinheiro e pessoas o Estado tem. Existem, somente no Rio de Janeiro, 250.000 funcionários públicos (1/3 do total empregado neste país!). Remaneja este povo. Põe para trabalhar. Qualquer um, desde que treinado, aprende a fiscalizar.

    Não adianta “querer” ser o maior exportador mundial de carne, sendo o pior na sanidade animal. O que importa acima da quantidade é a qualidade. Deixemos de ser um país que precisa disputar o campo com grupos sem terra, com agricultores despreparados, com vigilância sanitária desequipada.

    Acorda Brasil!

    Quem vive de esperança socialista já está à beira da morte, ou já morreu!

    Leocádio Cunha.
    Antonina – Paraná

  2. Paulo Antonio Fadil disse:

    Algumas perguntas que não querem calar…

    – Que dia o estado de MS ficou sabendo da aftosa no estado?

    – Será que foi somente no dia 26 de setembro? Ou foi antes?

    – Por que o MS só comunicou o foco dia 09 de outubro?

    – Por que animais vieram de MS para o PR no dia 04 de outubro?

    – Por que MS não proibiu a saída de animais? Será incompetência ou má intenção?

    – Por que as barreiras sanitárias demoraram tanto a ser implementadas? Por que não se mantém barreiras funcionando em tempo integral?

    – Por que demoraram tanto para antecipar a campanha de vacinação?

    – Por que a iniciativa privada (pecuaristas), não participa de decisões nas ações de defesa sanitária, já que são os mais prejudicados?

    – Por que iniciativas como o Fundepec de São Paulo, foram destruídas pelos governos, tanto federal como estaduais?

    – Será que as decisões de como aplicar o dinheiro do governo (que vem do próprio pecuarista), não seriam mais transparentes, se o próprio participasse das decisões?

    – Será que ainda assim, o pouco dinheiro que vem de Brasília, seria gasto em veículos e Vans altamente incrementadas, que só ficam em demonstração nas feiras agropecuárias? Será que seria investido em compra de camionetes L 200? Será que seria destinado a pagamentos de diárias para complementar salários? Será que seria gasto em reforma de prédios e compra de ar condicionado?

    – O dinheiro que o pecuarista paga em impostos e taxas (emissão de GTA) está sendo empregado de modo correto?

    Parece que o “vírus” da incompetência e da desonestidade se propaga mais rápido que o vírus da aftosa! Enquanto o corporativismo e os políticos estiverem determinando as ações de defesa sanitária animal no país, não chegaremos a lugar nenhum!