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Sr. “Programa Fantástico”, que tal agora mostrar o lado bom da moeda? veja aqui um exemplo #carnebovina

Senhor “Programa Fantástico da Rede Globo”, olá.

Sou Marcelo Whately, zootecnista, consumidor e defensor da carne bovina.

No seu último programa (10/mar/13) vimos uma matéria sobre as condições ilegais de abate e comercialização de carne bovina. Isto realmente faz parte de nossa realidade, não negamos que há falta de estrutura e capacitação de muitos abatedouros municipais e estaduais, sem contar os ilegais.

Portanto, acredito que seria interessante mostrar também em rede nacional as condições Legais de abate e comercialização da carne bovina. Afinal, reprsentam 70% da carne consumida no país, não é isso? Uma reportagem como a do último domingo pode influenciar à conclusão generalizada dos telespectadores, passando a acreditar que 100% da carne bovina é originada naquelas condições.

O que não é a verdade, a realidade é outra. Existem sim pessoas trabalhando para acabar com condições ilegais de abate e comercialização.

Além disso, o tema apresentado deixa a oportunidade para mostrarmos ao consumidor o que há de bom sobre carne bovina. Acredito que matérias como esta são necessárias, pois incomodam e acabam incentivando as pessoas que fazem do jeito certo a saírem da zona de conforto e mostrar o que fazem!

Para isto, deixo aqui um exemplo: a Frigo Central de São Paulo, capital. É uma empresa familiar, está no mercado há quatro gerações e a família é de origem portuguesa onde já tinham uma casa de carnes.

A empresa distribui carne bovina no atacado (restaurantes e empresas), no varejo e para cursos de gastronomia. Eles têm 12 lojas na cidade sob fiscalização da Vigilância Sanitária e também têm o SISP, a autorização estadual para manipulação, industrialização e comercialização de produtos de origem animal da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Toda a carne vendida pelo Frigo Central é comprada de frigoríficos com S.I.F. (Serviço de Inspeção Federal), aptos para exportação. A carne é pesada, porcionada, embalada, rotulada, maturada e distribuída. Todo o armazenamento é feito em câmaras frias, monitoradas e em ótimo estado de funcionamento.

Portanto Sr. “Programa Fantástico”, deixo aqui esta mensagem para você. Um exemplo entre centenas de fornecedores Legais de carne bovina. Pode conferir, visite açougues autorizados e fiscalizados, frigoríficos com SIF e consumidores satisfeitos!

Seguimos juntos nesta luta em busca da segurança alimentar e qualidade do alimento.

Um abraço,

Marcelo Whately.

PS: seguem algumas fotos do FrigoCentral. Reparem que há também agregação de valor, carnes com qualidade garantida de raças zebuínas e britânicas.

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IMG_4961(Leandro e eu)

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18 Comments

  1. Paula Marcondes disse:

    O lado bom não mostram, mas não será que são mesmo 70% de carne inspecionada?
    Não sei, eu como médica veterinárua e pecuarista duvido desse %
    Acho que é menos, em SP é tudo muito limpo Emporio Santa Maria, Sta Luzia como vc mesmo mostrou outr dia, mas no INTERIORZÃO do Brasil o povo quer “carne fresca, ainda quentinha” que matou na fazenda.
    Infelizmente!!!!
    Eu ouço diaramente me dizerem ” Doutora eu compro carne do boi que mataram da Fazenda do Ze do Açougue, que com 100 reais eu compro carne para 3 meses” . E com 100 reais no emporório Santa Maria nenhuma picanha maturada se compra.
    A realidade é triste, pessoas não sabem o risco que correm.
    Te convido a visitar o interior do MT onde estou e verás que Emporio Santa Maria é a Daslu das Carnes, inacessível a maioria dos brasileiros

    • Marcelo Alcantara Whately disse:

      Oi Paula, obrigado pelo comentário.

      Sim, concordo que no interior do país a situação é diferente da capital paulista. O Empório Santa Maria é o outro lado extremo, com alto valor agregado direcionado para pessoas de um nicho específico de mercado.

      Já acompanhei abates em fazendas do Centro-Oeste (também já comi desta carne) e já fui em feira nordestina por exemplo (esta não consumi).

      No Brasil a realidade é formada por realidades distintas, tanto boas como as ruins. Devemos combater as ruins e mostrar as boas!

      Um abraço,
      Marcelo

  2. limão disse:

    Bom dia Marcelo/Miguel,
    Sabe o que ta pegando????
    Cansou muito esse blablabla do FAZENDEIRO ficar na retaguarda, tomando porrada de todos os lados, sem representação fervorosa, que briga, luta, da porrada de volta. Sai uma matéria dessa no Fantástico, e aí??? Por enquanto nada. Tínhamos que ter tido resposta imediata e à altura. É excelente a matéria ai de cima do Marcelo, mas infelizmente, chove no molhado. Todos nós que a lemos e gostamos, já sabemos disso. ela não vai chegar onde é preciso, que pena.
    No Brasil as pessoas têm vergonha de dizer que são fazendeiros. Ai inventaram um subterfúgio, vamos chamar de produtor rural, assim, NEGAMOS a nossa origem de ser fazendeiro. Quem sabe param de dar porrada em nós. Para nada. Essa turma que tá aí, combatendo em quem produz alimento, são organizados e vão continuar batendo.
    Temos que de alguma forma pararmos com esse sentimento de culpa, que nos enfiaram goela abaixo………. desmatamos, depredamos, acabamos com a água………. Puxa vida, chaga de ter vergonha do que fizemos, estamos aí como celeiro do mundo. Agricultura tropical de primeiríssima qualidade. Exemplo para o mundo.
    Pensa bem, se levarmos em conta, p.e. os Estados Unidos, onde todos estes sentimentos que citei acima são inversos (vide DODGE RAM), a VEGETAÇÃO ORIGINAL aonde se produz toda a agricultura deles, não existe mais. Ou seja, eles acabaram com ela e puseram agricultura. Tivemos que fazer o mesmo, mas deixamos a maior proporção de vegetação original intocada no planeta.
    Sinceramente, cansei deste politicamente correto extremamente chato que ta por aí. Não sou nenhum Eistein em computação ou redes sociais etc………… Mas, estão organizando manifestações em nível nacional, em alguns países. Por que não conseguimos fazer o mesmo com o nosso agro. Vamos fazer uma campanha e mostrar quem somos, com orgulho, do que fazemos. Abrir o peito e dizer: Sou fazendeiro , sim. Produzo o que vc come, veste, bebe, lê……………. E se a 30 anos atrás eu era incentivado pelo governo a conquistar o país, ótimo, o conquistei e tenho orgulho disso. Hoje, sou incentivado a produzir conservando, ótimo, da mesma forma estou me adaptando e vencendo meu desafio.
    Desabafei Miguelito. To cansado de ter que apanhar injustamente e ficar calado.
    Abração
    limão

    Acredito que segunda feira passada o consumo de carne deve ter caído a quase zero. E aí……………………………

    • Marcelo Alcantara Whately disse:

      Oi Limão, obrigado pelo comentário!

      Concordo contigo, e saiba que encaminhei e pedi para encaminharem este texto para pessoas urbanas, que vivem longe do agro.

      Um abraço,
      Marcelo

  3. Paula Marcondes disse:

    Caro Limão, concordo contigo
    Mas eu não tenho vergonha de dizer que sou fazendeira não, pelo contrário, se não fossem nós de onde viriam os alimentos?
    Precisamos de representantes, a ABIEC por exemplo quase nunca se manifesta sobre nada, só quando sofremos embargo.
    O governo só quer saber de copa do mundo
    E os ” fazendeiros” são desunidos, porque não boicotamos alguns dias por exemplo os animais que deriam ir a abate em frigoríficos, para ver se ia ter repercussão, queremos ter valor mas somos desunidos!!!

  4. Neilor Consentino Fontoura disse:

    Parabéns Marcelo, e façam-se minhas as suas palavras “Limão”, ótimo post!

  5. Vagner da Costa disse:

    Senhor Marcelo! É notório o esforço que você faz em defender o nosso produto, por isso gostaria de contribuir com minha opinião á respeito do que mencionou em suas reportagens e os comentários recebidos. Serei obrigado, neste post, mencionar a atuação de nossas entidades e membros de representação do setor pecuário. A agropecuária como um todo é uma atividade pioneira neste país e dado á este fato já passou por altos e baixos. Tanto pelos altos, como pelos baixos, o setor (pecuaristas como qualquer um de nós) criou, aliou-se e desenvolveu entidades de representação e conseguiu defensores nas esferas públicas para nossas causas, como raros setores no país possuem até hoje. É de praxe da mídia séria no Brasil buscar informações, em primeiro plano, com as autoridades competentes sobre qualquer assunto, disto provém meu blá-blá acima. Nunca seremos ouvidos como “Marcelo, João, Maria”, mas enormemente mais eloquentes e sérios nos tornaremos através de nossas representações (Faesp, Farsul, Acrimat, Acrissul, CNPC, CNA, etc). Não posso deixar de manifestar que, embora deficiente no aspecto da carne bovina, admiro o trabalho destas entidades e membros que estão atuando (poderia e pode ser eu, voce, qualquer pecuarista ou consumidor) nas mais diferentes questões que envolvem nosso setor, e aproveito para dizer que pelo baixo número de pessoas atuando nelas até conseguem efetuar uma boa representação. Mais do que cobrar nossos representantes, precisamos bater á porta das entidades e pedir para atuar ao lado dos corpos de membros, nos embrenhando em chapas, nos manifestando (há várias formas para isso) em reuniões, eventos, assembléias, votações, discussões de qualquer natureza. A economia e o setor se tornou complexo, novas exigências surgiram, portanto mais pessoas são necessárias, os mesmos sempre fazem sempre o mesmo. Todos envelhecem, a renovação é necessária do contrario qualquer empresa e qualquer setor da economia envelhece e morre junto com as pessoas que lhe carregam. Muito já foi feito pela pecuária, há coisas que já nem lembramos ou nem vemos, por exemplo, imagine se a dose de vacina aftosa custasse dez reais, em primeiro lugar nem o status sanitário atual teria sido obtido. Muitas pessoas se engajaram na questão da aftosa, e continuam se engajando, e precisaria até mais pessoas, e muito já foi feito por isso, mas essa é uma questão sanitária que bateu á nossa porta hà muito tempo. Também hà tempo essa questão da qualidade da carne bovina e tudo que ela envolve vem clamando por ações do setor. Na minha opinião esta é a maior das questões que o setor terá pela frente, tanto que sua resolução ou nao pode custar a sobrevivência da pecuária no Brasil. Vejo que o setor pecuário esta de frente para uma questão que pode resolver vários outros entraves importantes para o seu crescimento. A questão que me refiro foca no atendimento do mercado interno com qualidade, quantidade, biossegurança, economicidade, e tudo o mais que mercados exigentes nos pedem, de modo que se consolide um mercado interno com estas características em funcionamento estável e abrangente no país, do contrário seguiremos atuando num setor que cresce em nichos e sucumbe no seu balanço geral. Vejo que precisamos focar no mercado interno como um propulsor do mercado de carnes, assim como, atualmente, visamos o mercado externo e os nichos internos. Visão esta que setores concorrentes da carne bovina já tiveram e exitaram no passado, como avícola e suinícola. O setor segue uma filosofia de fazer o possível para vender uma picanha a cinquenta reais no mercado externo (renda do país com a venda) enquanto poderia crescer muito mais vendendo três cortes á vinte reais no “açougue do zé” (renda integral do país), e nem por isso deixar de exportar e manter seus nichos. A parte ruim de uma reviravolta neste sentido é que para atingir essa situação e trazer crescimento para o setor passamos por inúmeras questões como esta que você está carregando a bandeira, de que a carne bovina brasileira não é o vilão pintado por uma denúncia na mídia, que eu acho até necessária de ser feita. Mas para que tenhamos uma resposta na ponta da lingua para isto e meios de combate a abates em condições precárias precisamos jogar junto com nossos representantes, e aproveito para dizer que um site como o Beefpoint, pode se contituir num QG desde já muito bem montado para pessoas se engajarem e discutirem questões como essa que ao meu ver vem diretamente ao encontro do interesse de todos que frequentam o site (e há varios sites cognatos) e de todas as questões levantadas pelas reportagens (lembro especialmente do artigo sobre carnes com gosto de fígado), visto que neste contexto de fatos fica evidente a chuva de oportunidades para um movimento que aproveite a manifestação dos usuários em sincronia com a opinião pública. Seguindo esta visão vemos que o fato de um programa de alta audiência dar espaço para questões envolvendo nosso setor não é um fato tão mal assim (“falem mal, mas falem de mim”), mal mesmo é o fato de estarmos mal articulados nessas horas. Aproveito a oportunidade para sanar uma dúvida que tenho como usuário á respeito da existência de ações extra site da rede Agripoint mais especificamente na questão do estímulo ao consumo da carne, uma vez que construiu rico acervo de artigos e abragente rede de relacionamento envolvendo o tema da qualidade da carne. Por fim parabenizo o site por abrir portas para este assunto e o empenho do Marcelo Alcantara na militância em torno desse assunto. Abraço

    • Marcelo Alcantara Whately disse:

      Oi Vagner,

      Entre as atividas offline do BeefPoint estão eventos e oportunidades para unir as pessoas que estão fazendo a pecuária do futuro hoje, ou as que querem fazer.
      Educação, compartilhamento de experiências e apresentando pessoas que precisam se conhecer para melhorar nossa pecuária.

      Um abraço,
      Marcelo

  6. limão disse:

    Prezada paula,
    Tenho certeza que vc não tem vergonha. Mas, na média, é isso que acontece.
    Sabe, eu acredito que uma coisa é importante. Essa vergonha me parece ser sub-clinica. Digo isso pelo seguinte:
    Eu uso chapéu e botas minha vida inteira. Enquanto fazia meu mestrado e doutorado nos EUA, usava boné, mas sempre de botas. Quando comecei a trabalhar aqui no Brasil, numa fazenda no MS, aí coloquei o chapéu de vez e nunca mais o tirei. Não importa se estou na cidade ou no campo, faz parte da minha vida não tomar sol na cabeça. É parte da indumentária. Pois bem, eu sou visto como um completo “extraterrestre”, e, moro em Campo Grande, lugar totalmente boiadeiro. Uma pessoa próxima, de fazenda, sempre que me via me perguntava onde eu tinha parado o cavalo. Aguentei isso, algumas (poucas) vezes, até que não aguentei e disse (com toda educação) que meu cavalo estava amarrado do lado da égua da mulher dele. Aí ele parou………….. Se vc vai pra Australia ou Estados Unidos, desde criança, este orgulho no estilo de vida, no negócio, na terra, no cheiro de bosta dum malhador, logo após uma garoa, está cravado na alma dos fazendeiros. Este orgulho em ser fazendeiro vem primeiro, depois o resto. Quantas vezes tenho ouvido que “este negócio é uma merda”; “boi é uma porcaria”; “essa merda não dá dinheiro”…… (desculpas pelos palavrões, mas eles são sempre usados nestes casos.)
    Enfim, Paula, para mim um dos principais motivos da desunião, vem disso. Mas, me parece que aos poucos estão mudando, bem deGAvarzinho, mas tá. Foi um prazer trocar idéias com você. Até a próxima. Abração.
    limão

  7. João Carlos disse:

    Primeiramente gostaria de parabenizar o site e ao Marcelo pela matéria.
    Meu negocio hoje é totalmente urbano,mas venho de uma família que ja teve muitos negócios voltado a pecuária de corte.
    Sinceramente, não entendo muito do assunto, o que entendo é de degustar a boa carne, então segue meu relato.
    Freqüentemente minha empregada fazia compras em um Acougue perto de casa (com preços altíssimos) e sinceramente não comia uma boa carne a tempos.
    Passei a assumir essa compra semanal e freqüentar o tal Acougue. O que pude perceber é que eles não tinham o menor cuidado com a carne, com o atendimento e muito menos com a qualidade. Muito insatisfeito continuei comprando carne lá pelo fato de achar que não havia algo melhor na região.
    Há um ano atras aproximadamente, um rapaz jovem, parou o carro no estacionamento que tenho no tatuapé, bairro que eu também resido.
    E na saída ele perguntou se eu gostava de uma boa carne, veio me falar de qualidade, de atendimentos, de rastreabilidade (ate entao desconhecido para mim), de uma tal raça angus que ele queria colocar a venda… Eletrico e empongado com o assunto, cheio de ideias Que eu jamais havia ouvido, Conversamos por aproximadamente uma hora e nessa uma hora fui convencido a ir até sua loja para ver se era isso mesmo.
    Hoje sou cliente da loja Frigo Central no tatuapé, onde freqüento semanalmente, recebo dicas de como consumir minha carne, sou otimamente atendido e vejo o que muitos consumidores só reclamam e não vão atraz, eles sempre informam a dada de abate, tempo de maturação, sexo e frigorifico sifado o qual procede sua carne.
    No final do ano me deparei com a tal carne, Angus da marca Ventura prime beef, foi quando lembrei do rapaz perguntei ao atendente sobre a marca, ao saber que era uma marca própria do Frigo central, não tive duvida e comprei. Independente do preço, ela vale muito mais do que pago por ela toda semana. E recomendo, meus finais de semana não foram mais o mesmo. Uma qualidade abissurda e uma maciez surpreendente.

    Parabéns ao Frigo Central pelo trabalho.

    José Carlos

  8. Josimari Regina Paschoaloto disse:

    Prezados companheiros de causa e trabalho,

    Eu como Zootecnista pós-graduanda em nutrição de bovinos, consumidora e defensora da carne bovina, assim como vocês, gostaria de postar aqui minha indignação pela forma como a mídia vincula a produção de carne nacional como algo terrível e abominável em alguns casos…..como ja mencionado, existem sim práticas errôneas de manejo e abate, mas isso será que não se deve a educação de má qualidade e a conceitos errados passados pelo governo e pela própria mídia? Será que, ao invés de passar reality shows, não seria bom mostrar programas educacionais, ah claro, eles não geram renda…..

    Bom, não esticarei o assunto, pois sei que é longo, apenas quis mostrar minha indignação e dizer que, apesar do que foi dito, a realidade brasileira apresenta dois lados, assim como existem abates clandestinos existem muitos estudos sobre a produção de carne (bovina, ovina, suína, etc) voltados para grandes, médios ou pequenos produtores…..

    Até a próxima….Abraços.

    Josimari Paschoaloto

  9. Patricio Rios disse:

    Prezado Marcelo,

    Coincidência ou não, num dos intervalos da programação da Globo, apareceu uma propaganda capitaneada pelo Tony Ramos mostrando a higiene e procedência das carnes da Friboi. Talvez, a análise do que apareceu na Globo deva ser analisada mais do ponto de vista do marketing e menos do ponto de vista da realidade do Brasil. Não seria a primeira vez – e nem será a última – que a boa fé de alguém será usada em nome de interesses inconfessos.

  10. Fernando Nascimento disse:

    Pessoal.
    Ontem assim que o Fantastico terminou, uma grande empresa mostrou para o Brasil o que e um frigorifico, o que e qualidade sanitaria em alimentos, mostrando a carne bovina. Acredito que isso ja e um comeco e deveria continuar.
    alguem viu ?

  11. Andre Luis B disse:

    Parabéns Marcelo pela manifestação. Infelizmente este tipo de manifestação é raridade no Brasil. Concordo com o limão, a desunião vem da vergonha que muitos têm de dizer que é fazendeiro. Ser fazendeiro no Brasil é pejorativo. Este estigma faz com que fiquem quietos, já que qualquer manifestação poderia gerar uma repercussão indesejada, mostrando o lado “roceiro” que tanto tentam esconder.
    As entidades de apoio são muito pouco expressivas. Não reivindicam para o agronegócio como as de outros setores fazem. Deixa a rentabilidade do setor automobilístico cair pra ver se não movimentam, vão em Brasília, conseguem IPI reduzido, financiamento subsidiado etc. E o agronegócio? Quem protesta quando o preço da arroba empata com o custo de produção? ou o preço do leite, do suino, ave ou o que seja? O único grupo que tem algum poder é o grupo do ethanol, e só tem poder pq estão diretamente ligados ao petróleo e tem uma outra fonte de renda (açucar), então eles tem como pressionar o governo, já que se usarem toda a cana de açucar na produção de açucar, o preço da gasolina e diesel vai às alturas, com isso o governo dá apoio ao setor. E eles não estão errados. Errados estamos nós, da pecuária e o resto da agricultura. que não temos uma entidade que veste a camisa 100%. O que vemos são entidades controlando o funcionamento do governo e da balança comercial, mas a preocupação com o sustento de cada produtor é mínima.

  12. Auro M L de Andrade disse:

    Prezados, parabens pela manifestação . A reportagem da Globo retrata a exceção, não a regra; não chegamos a este nivel de produção e exportação fazendo ” aquelas barbaridades que a reportagem mostrou ” temos um otimo nivel sanitario na carne que vendemos obviamente nos cabe sempre melhorar mais .

  13. limão disse:

    Caro André Luis B,
    Agradeço vc ter lido meu comentário. O que será que podemos fazer (rede social, internet em geral………………………………………..) para mudar este status quo que está ai.
    No fim das contas, o que vai mandar é se conseguimos arrecadar grana e usa-la eficazmente. Meu sentimento é que tem espaço para isso.
    Já debati várias vezes, desde 2006, pelo menos, com o Miguel, a idéia de estruturarmos algo como o MLA aqui no Brasil.
    Agradeço qualquer idéia.
    Abração
    limão

  14. Andre Luis B disse:

    Caro limão,
    Concordo com você, é preciso agir para tentar recuperar o tempo perdido. Digo tempo perdido porque a Austrália está a anos luz na nossa frente em organização do setor de carne. Analisando os vários vídeos e entrevistas colocados aqui no BeefPoint, fica nítida a discrepância entre os mercados brasileiro e australiano. A forma como a pecuária se mostra para o mercado australiano (o que demanda altos custos em divulgação – mas também ótimos retornos) e a forma como ela se organiza, principalmente nos focos de produção dependendo do mercado alvo. Eles devem servir de base para nossa estruturação. É claro que existem diferenças grandes entre as duas populações, mas o mercado mundial é um só, podemos aprender muito com eles.
    Acredito que além da falta de organização do setor como um todo no Brasil, ainda estamos órfãos de governo. O que existe hoje, como eu disse anteriormente, é uma tentativa do governo de garantir a oferta interna e regular a balança comercial, mas não existe uma vontade política de transformar o Brasil no maior produtor de carne de excelente qualidade, o governo está satisfeito (acomodado) com o desempenho atual da pecuária, ignorando um mercado cada vez mais exigente.
    Mas tenho esperança, já que algumas cabeças estão começando a pensar neste sentido.
    No curso superior que estou fazendo (Agronegócio) vejo alguns interessados em mudar a realidade local, quem sabe outros sejam contagiados…
    Abraços

  15. raul faria jose disse:

    Caros amigos, sou economista e tenho uma distribuidora de carnes(entreposto) estou no mercado a 30 anos, concordo com todos os comentarios colocados, todos tem uma visão de mercado que corresponde ao seu conhecimento. Mas temos que entender que a midia vive de divulgação e de receita.
    Não por acaso ao colocarem a matéria sobre os abatedores clandestinos nos confins do Brasil, em seguida passa a ser apresentada uma publicidade em rede nacional no horario nobre sobre a qualidade da carne do Frigorifico Friboi.
    Tudo isso faz parte de uma estratégia de marketing.
    E nos simplismente somos manipulados por esta empresa de comunicação que é a maior formadora de opinião no país.